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A Importância do Controle Interno em uma Cooperativa Agrícola

Por:   •  16/11/2018  •  6.908 Palavras (28 Páginas)  •  285 Visualizações

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são as principais finalidades da ciência social contábil (NEVES; VICECONTI, 2006). Além disso, ela visa captar, registrar, acumular, resumir e interpretar o patrimônio, finanças e economia de pessoas jurídicas e físicas (IUDÍCIBUS, 1998).

Como visto, o objeto da contabilidade é o patrimônio dos indivíduos ou entidades contábeis (RIBEIRO, 2009) e seu controle é realizado por meio da coleta, armazenagem e interpretação das informações obtidas através dos fatos ocorridos na mutação do patrimônio (PADOVEZE, 2004).

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Quanto aos objetivos, o fornecimento de um conjunto de informações aos usuários, independente da sua natureza, se torna o principal deles (IUDÍCIBUS, 2010).

Também pode ser compreendido como objetivo primário desta ciência, a compilação de dados e cálculos apresentados através de resultados específicos, vinculados a um balanço que relaciona o atual período da demonstração com os futuros. Nesse contexto dá-se ênfase a coleta de dados (HENDRIKSEN, 2010).

A contabilidade é uma prática que pode ser executada para indivíduos que necessitam controlar seus negócios, independente da qualificação jurídica. Neste caso, serão registradas “todas as movimentações possíveis de mensuração monetária”, resumindo esses dados em relatórios objetivos e transparentes. Por sua vez, os documentos elaborados poderão ser entregues aos interessados em conhecer a real situação econômico-financeira da empresa ou pessoa física (MARION, 2009).

É possível afirmar que é a contabilidade que fornece as informações, a partir de relatórios, sobre a situação da cooperativa, tanto para cooperados quanto para instituições fiscalizadoras e demais usuários da contabilidade.

Diz MARION (2004, p. 27) que “os usuários são as pessoas que se utilizam da contabilidade, que se interessam pela sua situação da empresa e buscam na contabilidade suas respostas”. Ou seja, a empresa está prestando informações a diferentes públicos interessados, cada qual com seu motivo.

Os gerentes querem informações para tomada de decisão, os investidores para analisar rentabilidade da empresa e possível investimento na entidade, o governo quer saber a estrutura fiscal da organização e quanto de impostos a empresa recolheu para os cofres públicos, os fornecedores sobre a capacidade de pagamento da empresa e os bancos sobre emprestar ou não numerários.

2.2 Ramos da Contabilidade

A contabilidade em geral é uma só, porém é divida em ramos para melhor estudar essa área tão abrangente. Todos os focos possuem o mesmo objeto de estudo que é o controle e orientação do patrimônio, entre eles:

- Contabilidade Financeira: de acordo com MARION (2006, p. 27) “é a contabilidade geral, necessária a todas as empresas. Fornece informações básicas a seus usuários e é obrigatória para fins fiscais”. Neste foco, cada empresa ajusta a denominação da contabilidade conforme sua área de atuação, como agrícola, bancária, pública, comercial, industrial, entre outras;

- Contabilidade de Custos: “está voltada para o cálculo e a interpretação dos custos dos bens fabricados ou comercializados, ou dos serviços prestados pela empresa” MARION (2006, p. 27);

- Contabilidade Gerencial: é o ramo que não se prende a princípios fiscais, pois é, para MARION (2006, p. 28) “voltada para fins internos, procura suprir os gerentes de um elenco maior de informações, exclusivamente para a tomada de decisões”.

2.3 Técnicas Contábeis

As aplicações das ciências se dão por meios de suas tecnologias que provém do conhecimento científico. Entre as técnicas da ciência contábil estão tecnologias como a auditoria e a perícia. (SÁ, 2009).

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2.3.1 Auditoria

Conforme ATTIE (p. 5, 2010) “a auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.

A auditoria é uma revisão das demonstrações contábeis, financeiras, registros e operações de uma empresa com a finalidade de assegurar a fidelidade das informações e proporcionar credibilidade aos relatórios contábeis e administrativos. (ATTIE, 2010).

Existe nesta técnica contábil, o auditor externo e o interno. Para ALMEIDA (2003 p. 26) o “profissional, que examina as demonstrações contábeis da empresa e emite sua opinião sobre estas, é o auditor externo ou auditor independente”, ou seja, este contador não faz parte do quadro de funcionários da empresa, ele é contratado para prestar serviços de auditoria, principalmente para atender a legislação 6.404/76 e 11.638/2007 que obriga as Sociedades Anônimas de Capital Aberto e as Empresas Grande Porte (entidades com receita bruta anual de R$ 300.000.000,00 ou Ativo Total superior a R$ 240.000.000,00) a apresentar seus balanços auditados.

Já “o auditor interno é um colaborador da empresa, e dentro de uma organização ele não deve estar subordinado àquele cujo trabalho examina” (ALMEIDA 2003, p. 27), com o objetivo de fazer auditoria em espaços de tempos mais curtos que o auditor externo e atender as necessidades da administração no sentido de dar maior ênfase às normas e fiscalização nos procedimentos internos.

2.3.2 Perícia

Para D’Auria (1962) apud ALBERTO (2010, p. 01):

Perícia é conhecimento e experiência das coisas. A função pericial é, portanto, aquela pela qual uma pessoa conhecedora e experimentada em certas matérias e assuntos examina as coisas e os fatos, reportando sua autenticidade e opinando sobre as causas, essência e efeitos da matéria examinada.

“Perícia é um instrumento especial de constatação, prova ou demonstração, científica ou técnica, da veracidade de situações, coisas ou fatos”, conforme ALBERTO (2010, p. 03).

A perícia, independente da natureza, terá sempre os mesmos pressupostos básicos diferenciando-se os objetos de estudos. Logo, a perícia será contábil quando:

[...] recair sobre elementos objetivos, constitutivos, prospectivos ou externos, do patrimônio de quaisquer entidades, sejam elas físicas ou jurídicas, formalizadas ou não, estatais ou privadas, de política ou de governo (ALBERTO, 2010 p. 31).

Afirmando o exposto acima, SÁ (2009, p. 03) coloca em outras palavras:

Perícia contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado visando oferecer opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames,

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