A GESTÃO DE CONFLITOS

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- DESENVOLVIMENTO

O homem desde sempre foi um ser muito sociável que tem grande interação com os outros indivíduos, é certo que não seria capaz de viver sozinho e isolado, pois a longo prazo isso resultaria em vários problemas. No entanto, com frequência surgem obstáculos que os impedem de viver harmoniosamente, pois muita das vezes o ser humano em geral, esquece de levar as características pessoais do seu semelhante em consideração e que fatores como compartilhar, confiar, tolerar e entender são importantes para o bom convívio em sociedade.

Assim, surgem os conflitos, que são situações que surgem como consequência das interações, onde indivíduos com opiniões e perspectivas diferentes entram em divergências, existindo uma oposição de forças. Segundo Chiavenato (2004) o conflito ocorre pela diferença de objetivos e interesses pessoais, e é parte inevitável da natureza humana, constitui o lado posto da cooperação e da colaboração, estando ligado ao desacordo. Para que ocorram conflitos, é necessário que haja interferência de uma das pessoas envolvidas, ou seja quando uma das partes, seja ela um grupo ou o indivíduo, busca alcançar uma meta estabelecida interligado com alguma outra parte e está interfere na busca por atingir o objetivo.

Burbridge e Burbridge (2012) defendem que conflitos são naturais e em muitos casos necessários, São o motor que impulsiona as mudanças. No entanto muitos conflitos são desnecessários e destroem valores, causando prejuízos para as empresas e pessoas que nela trabalham. O principal desafio dos gestores é identificar os conflitos produtivos e contra produtivos e gerenciá-los.

Segundo Chiavenato (2004, p. 416), o conflito é muito mais do que um simples acordo ou divergência: constitui uma interferência ativa ou passiva, mas deliberada para impor um bloqueio sobre a tentativa de outra parte de alcançar os seus objetivos.

Nas organizações é comum existir um departamento intitulado de recursos humanos, que tem como função gerir as pessoas, trabalhando suas habilidades e conhecimentos, assim como administrar os possíveis conflitos existentes no ambiente. Todavia, o mercado está cada vez mais acirrado e competitivo, exigindo dos envolvidos essa habilidade de conseguir lidar com os conflitos tanto pessoais como os que acontecem nas empresas, portanto, a capacidade e aptidão na administração dessas situações devem ser desenvolvidas cada vez mais, para que se possa conseguir um lugar de destaque na área de atuação de qualquer pessoa.

A gestão de conflitos é um assunto que tende a ganhar mais enfoque nas organizações, tendo em vista a importância dada às pessoas que nelas trabalham, os conflitos devem ser encarados como algo a ser resolvido desde o princípio, a partir do momento em que eles começam reduzir a produtividade, consequentemente afetando a rentabilidade e lucratividade da instituição.

- FATORES QUE GERAM CONFLITOS

Diferenças de personalidade: o ser humano é extremamente emocional e dotado de diferentes características, sendo elas importantes na vida de cada um, com isso, nenhum indivíduo pensa ou age igual ao outro, com isso, muitas vezes as reações as diversas situações do cotidiano são distintas. Dessa forma, as divergências podem ocorrer ou se agravarem por essas diferenças de personalidade e temperamentos, existindo ainda a dificuldade do indivíduo em compreender a opinião do seu semelhante.

Falhas na comunicação: a comunicação é a base da interação das pessoas, através dela é possível transmitirmos as satisfações, necessidades, emoções e insatisfações vividas, a comunicação é importante pois estabelece relações pessoais e profissionais, gerando compreensão e engajamento. Contudo, muitas pessoas não conseguem transferir de forma clara suas ideias e pensamentos, desse modo, acaba-se gerando situações conflituosas, por isso é essencial que o ser humano saiba se comunicar da melhor maneira possível, transmitindo de forma inteligente suas perspectivas, sendo cuidadoso com suas palavras, pois muitas vezes elas podem ser mal interpretadas.

Mudanças: as mudanças ocorrem forçando as pessoas e organizações a se adaptarem ao novo cenário imposto, muitas vezes por pressão. Sendo elas geralmente de caráter tecnológico, estrutural ou comportamental, buscando a melhoria nos resultados ou aumento dos lucros, as mudanças organizacionais podem trazer demissões e reestruturações, representando uma fonte de conflitos.

Metas diferentes: as situações que resultam em conflitos, podem ocorrer pelo motivo de cada indivíduo ter perspectivas e opiniões diferentes, buscando atingir metas diferentes, que não são compatíveis com os outros envolvidos, isso resulta em competição entre as partes, tornando-se um empecilho para ambos, impossibilitando na realização e satisfação dos desejos.

Recursos compartilhados: ocorrem os conflitos pois, o indivíduo não consegue compartilhar de maneira harmoniosa os recursos que não são apenas dele, mas que são compartilhados com mais pessoas, assim sua individualidade constrói barreiras e obstáculos que dificultam o entendimento das partes, agregado a isso, diversas vezes existe a má compreensão no que diz respeito a entender que como o ser humano não é igual, o homem possui características, sentimentos e opiniões diferentes, que precisam ser levadas em conta na hora de tomar decisões que irão afetar mais pessoas.

- ADMINISTRANDO OS CONFLITOS

Com a mudança constante no mercado, as relações também foram se modificando ao longo do tempo, as pessoas inseridas nesse meio possuem personalidades e visões diferenciadas uma das outras, sendo comum surgirem divergências, que acabam gerando os conflitos, porém, é necessário estar preparado para lidar com os problemas e obstáculos enfrentados, ainda mais quando o assunto está relacionado a mais indivíduos, como nas empresas e corporações.

Basicamente, há duas formas de encarar os conflitos, a primeira intitula-se como visão negativista, e está alicerçado na premissa de que as barreiras geradas pelos conflitos devem ser evitados de qualquer maneira, sendo que estes são frequentemente definido como algo prejudicial para os envolvidos. Desse modo, torna-se difícil lidar com o problema, pois há o desejo de suprimi-lo, fazendo com que não exista a discussão do mesmo para crescimento e melhoria da situação.

A segunda forma, intitula-se visão positivista, que ao contrário da destacada anteriormente, lida com o conflito de forma diferente. Nesse contexto, as

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