CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO: ISRAEL X PALESTINA
Por: Evandro.2016 • 8/1/2018 • 1.857 Palavras (8 Páginas) • 442 Visualizações
...
Em 1920 ocorreram vários distúrbios na Palestina promovidos pelos árabes fomentados pela revolta contra essa imigração em massa. Ocorre que a Inglaterra que tinha a obrigação de resolver o conflito que já estava instalado nada fazia. Foi nesse momento que os judeus-sionistas criaram um grupo paramilitar chamado Haganah[6] em defesa do sionismo que tinha como objetivo pressionar a Inglaterra para sair do comando da Palestina e instaurar um estado judeu. No início da perseguição de Hitler aos judeus, a imigração para Palestina aumentou expressivamente, isso mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, diante do aumento de imigrantes judeus os ingleses criaram cotas como forma de limitar a entrada dos judeus na Palestina.
Entre 1936-1939 houve uma série de revoltas árabes principalmente contra o domínio inglês, mas também incomodados com o grande aporte de imigração judaica. Também em 1939 houve a criação do Livro Branco: denominado Livro Branco de MacDonald em alusão ao ministro britânico das Colónias que o patrocinou, é um texto publicado pelo Governo britânico de Neville Chamberlain em 17 de maio de 1939 e que determinava o futuro imediato do Mandato Britânico da Palestina até que se tornasse efetiva a sua independência. O texto recusava a ideia de dividir o Mandato em dois estados, favorecendo uma só Palestina independente governada em comum por árabes judeus[7].
Porém o texto mantinha o sistema de cotas e por óbvio os judeus sionistas não concordaram com o seu teor. Ainda, em 1939 teve início à fatídica Segunda Guerra Mundial, que tem o seu resultado conhecido mundialmente, onde 6 milhões de judeus foram dizimados, única e exclusivamente pelo fato de serem judeus, assim aumentado a pressão sobre a criação de um estado predominantemente judeu.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial foi fundada a ONU (antiga liga das nações) que começou a pressionar a Inglaterra para tomar uma providência com relação e reivindicação judaica. Em 1947 a Inglaterra entregou os pontos e assumiu publicamente não ter competência para resolver a questão e jogou a responsabilidade para a ONU que por sua vez resolveu optar pela proposta de dividir a Palestina em dois estados, um judeu e um árabe, deixando a simbólica cidade de Jerusalém como território neutro, gerenciado pela própria ONU. Porém nessa proposta de divisão, os judeus que na época eram 1/3 da população da Palestina, ou seja, 700 mil judeus, iam ficar com 57% do território, ficando inclusive com a maior parte das terras férteis e os árabes que somavam 1 milhão e 400 mil habitantes ficariam com apenas 43% do território. A liga árabe prontamente discordou da proposta demonstrando sua insatisfação, mas tentou resolver o conflito pacificamente, ocorre que a população árabe ficou revoltada e começou a atacar os judeus que revidaram da mesma forma com que eram atacados pelos muçulmanos. Dá-se então o início a guerra entre árabes-muçulmanos e judeu-israelitas.
Em 1948 os judeus sionistas iniciaram o Plano Dalet invadindo aldeias muçulmanas e expulsando todos que habitavam. Calcula-se que mais de 250 mil árabes tinham sido expulsos ou fugiram da região da Palestina, graças à ação de grupos paramilitares de judeus. O mandado britânico sobre a região palestina acabaria em 14 de maio de 1948 e com o fim do mandato a agência judaica proclamou aquela área como sendo o estado de Israel, pouco se importando com o povo que ali morava. Oficialmente a ONU nada fez, ou seja, não se opôs e declarou a existência do estado de Israel. No dia seguinte os países da Liga Árabe (Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Arábia Saudita, Síria e Iémen), mandaram suas tropas atacar Israel, que melhor armada, vez que era financiada pelos EUA venceu a liga.
Em 1967, ocorreu a Guerra dos Seis Dias, a qual Egito, Jordânia e Síria entraram em um acordo para bloquear o canal de Suez de Israel, sendo que mais uma vez Israel ganha o conflito e expande ainda mais o seu território e força a imigração de refugiados saindo da Palestina. Com a vitória da Guerra dos Seis Dias, Israel anexou ao seu território a Península do Sinai no Egito, as Colinas de Goulã da Síria, Jerusalém Oriental e também a Faixa de Gaza, sendo que Gaza pertenceu a Israel até o ano de 2005. Posteriormente no ano de 1973, aproveitando-se do dia do Yom Ki Purr (Dia da Purificação) para os judeus, Egito, Síria e Jordânia com o objetivo de retomar seus territórios atacaram Israel, mas como era esperada a liga perdeu o que ficou conhecida como a Guerra do Yom Ki Purr.
Já no ano de 1987 aconteceu a Primeira Intifada (Guerra das Pedras), a qual foi uma manifestação da população árabe contra a ocupação dos judeus, tal manifestação acabou criando por voto popular um dos grupos fundamentalistas – terroristas mais conhecidos no mundo o Hamas, que detém o total domínio da Faixa de Gaza e tem como principal objetivo aniquilar Israel.
Importante mencionar que na atualidade dos países islâmicos apenas o Egito, a Turquia, o Marrocos e a Jordânia reconhecem a existência do estado de Israel, muito embora o estado já exista há 60 anos.
Metodologia
Para compreender o conflito o Oriente Médio, as guerras entre Israelenses e Palestinos, o histórico dos conflitos a questão territorial, política e religiosa, bem como a relação da Palestina com a ONU recorreu-se à pesquisa disponível na rede mundial de computadores.
De outra forma, o desafio de entender o funcionamento desses conflitos se tornou de grande dificuldade devido a grande quantidade de material disponível na rede, bem como a pluralidade de opiniões e pontos de vista sobre o assunto.
Conclusões
Observamos que ao longo dos séculos o ódio entre judeus e muçulmanos tem sido alimentado, não só por questões territoriais, mas também políticas, financeiras e religiosas. Infelizmente não há vontade real de acabar com o conflito, vez que cada povo defende o seu ponto de vista como uma verdade absoluta. Judeus consideram a Palestina como a terra prometida
...