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PESQUISA, O QUE SE ENTENDE POR CONFLITOS DE AGÊNCIA; COMO OCORREM; QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS?.

Por:   •  7/12/2017  •  1.436 Palavras (6 Páginas)  •  454 Visualizações

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As razões dos conflitos de agência, Ocorre, porém, que os conflitos de agência no mundo dos negócios dificilmente serão evitados, por duas razões:

a) A inexistência de contrato completo foi exposta originalmente em 1983. Seus fundamentos justificam-se pelas próprias características dos ambientes de negócios, crescentemente imprevisíveis, sujeitos a turbulências e a efeitos-contágio, que podem ser fortemente comprometedores de resultados. A era da previsibilidade extrapolava, com baixos níveis de turbulência, praticamente encerrou-se no século passado, nos anos 70. Os riscos e oportunidades eram até então previsíveis, elaboravam-se planos de longo prazo em ambientes estáveis e definiam-se projeções confiáveis de resultados. Diante das descontinuidades, a gestão corporativa passou a exigir respostas flexíveis e rápidas aos sinais de mudança. Da administração por objetivos previsíveis a gestão teve de se adaptar à administração de surpresas. Consequentemente, os contratos perfeitos e completos, abrangendo todas as contingencias e as respostas às mudanças e aos desafios do ambiente de negócios, simplesmente deixaram de existir, se é que algum dia existiram realmente. E as três razões essenciais são:

a) o grande número de contingências possíveis; b) a multiplicidade de reações às contingências; c) a crescente frequência com que as contingências imprevisíveis passaram a ocorrer. Isto sem contar que as corporações de negócios são um nexo de contratos, que envolvem, além de acionistas e gestores, fornecedores, trabalhadores e clientes, o que multiplica a probabilidade de ocorrência de condições contratuais de difícil definição prévia.

b) A inexistência de agente perfeito.

Às condições contingenciais que tornam tecnicamente impossível a definição prévia de contratos completos, somam-se as condições que definem os comportamentos dos agentes.

c) A tipologia dos conflitos de agência

Durante muito tempo, o problema do que hoje se denomina de governança corporativa centrou-se no conflito de agência. Uma das questões cruciais era evitar o comportamento oportunista dos gestores – descrito como moral.

A governança corporativa baseia-se no princípio de que as empresas pertencem aos acionistas e que, portanto, sua administração deve ser feita em benefício deles. O predomínio, por décadas, da visão segundo a qual as grandes empresas modernas possuem propriedade acionária dispersa, moldou o debate sobre governança corporativa: o problema de agência estava centrado no conflito entre os administradores (agentes executivos) e acionistas (agentes principais). O oportunismo consistiria de decisões dos administradores que não visassem à maximização do valor das ações. Dentro desse paradigma, boa governança empresarial significaria a adoção de mecanismos que forçassem os administradores (não acionistas) a proteger o interesse dos acionistas.

Alguns exemplos de conflitos de agência:

Exemplo 1: O presidente do conselho de administração, cinco conselheiros e o diretor financeiro da FERBASA, Cia de Ferro Ligas da Bahia, uma empresa de capital aberto listada na Bovespa, renunciaram a seus cargos devido a disputas com o acionista controlador, que suspendeu uma auditoria interna determinada pelo conselho e promovia reuniões paralelas com diretores sem informar ao conselho. (Valor Econômico, 29/12/08).

Exemplo 2: Em abril de 2004, quando um desavisado companheiro propôs, em nome da transparência, que o PT publicasse periodicamente na internet a contabilidade de suas campanhas, com as doações recebidas e as despesas efetuadas, o então tesoureiro , Delúbio Soares, fulminou a ideia com um argumento irrespondível: “Transparência assim é burrice.” (Jornal do Brasil, Abril/2004).

CONCLUSÃO

Levando em consideração que as fontes pesquisadas estão entre as melhores do mercado (senão as melhores), verifica-se que o conflito de agência nas empresas é um problema de difícil solução e que a causa é a ambição aliada à facilidade de manipulação dos dados (números).Por mais bem preparado que seja o administrador, a partir do momento que esteja com o poder de decisão, e neste poder sejam incluídos altos valores, o código de ética é esquecido. É semelhante ao que acontece com muitos políticos; transbordam honestidade por toda a vida antes da política, porém quando têm acesso à facilidade de enriquecimento...As soluções apresentadas pelos autores pesquisados são importantíssimas e as empresas devem tentar usá-las, porém não se esquecendo da importância do monitoramento dos resultados. Caso os incentivos não tenham reflexos positivos, melhor então usar dos poderes de punição dos acionistas/proprietários. Outro recurso que todas as empresas têm disponível é o uso correto da tecnologia para tal monitoramento, o que pode garantir maior confiabilidade das informações, com formação de banco de dados em tempo real.

BIBLIOGRAFÍA.

https://www.portal-gestao.com/artigos/6541-o-que-%C3%83%C2%A9-o-conflito-de-ag%C3%83%C2%AAncia.html

http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=15047&revista_caderno=8.BRIGHAM,Eugene F.; EHRHARDT, Michael C; Administração Financeira Teoria e Prática; São Paulo, Atlas, 2002.

GITMAN, Lawrence

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