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Bovino de Leite

Por:   •  15/12/2017  •  2.062 Palavras (9 Páginas)  •  449 Visualizações

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A vaca em lactação para desempenhar com eficiência suas atividades fisiológicas, deve encontrar em um ambiente uma temperatura que esteja em torno de 18º C, fora desse limite terá as suas funções produtivas prejudicadas em favor da sua sobrevivência (NEIVA, 1998).

O mesmo autor reportou ainda que deve-se manter a produção de leite do rebanho em ambientes que não ultrapassem a temperatura de 24º C e umidade relativa de 50%, para que se possa conseguir maior eficiência produtiva. Temperaturas excedentes a esta citada influenciará o processo produtivo para a redução no consumo e aproveitamento alimentar.

A vaca leiteira é um animal homeotérmico com temperatura corporal interna de 38,5°C, essa temperatura sofre uma pequena variação durante o período do dia, sendo mais alta no final da tarde (HEAD, 1995).

A principal razão para o decréscimo na produção de leite em climas quentes é a redução no consumo de alimentos, sendo uma tentativa do animal de minimizar o balanço térmico e manter a homeostase (YOUSEF e JOHNSON, 1995, citado por LIMA et al.,2005). O consumo de alimentos diminui quando a temperatura ambiente ultrapassa 26ºC .

A ingestão de água depende da temperatura ambiente, da qualidade do alimento e da distribuição da água. A evaporação da água em forma de suor, com finalidade de termorregulação, em climas quentes, aumenta a necessidade de água pelos animais. (PEREIRA, 2005).

Os horários de ingestão de água estão relacionados com os padrões diurnos de pastejo e descanso e a frequência de ingestão, para vacas, está em torno de cinco vezes ao dia, variando de uma a seis vezes (ARNOLD e DUDZINSKI, 1978).

Estresse

O estresse é um termo que se aplica a qualquer mudança suficientemente severa para induzir respostas que afetam a fisiologia, comportamento e produção do animal.

Os agentes estressores podem ser de natureza mecânica (traumatismos cirúrgicos ou não, contenção), físicos (calor, frio, eletricidade, som), químicos (drogas), biológicos (estados de nutrição, agentes infecciosos) e psicológicos (exposição a um ambiente novo, manuseio). (BACCARI JR.2001).

Quando um animal está em estresse, fazem-se necessários ajustes anormais ou extremos em sua fisiologia ou comportamento para adaptar-se a aspectos adversos do seu ambiente e manejo (FRASER et al., 1975). Essa adaptação envolve uma série de respostas neuroendócrinas, fisiológicas e comportamentais que funcionam para tentar manter a homeostase, o equilíbrio de suas funções e a integração desses três sistemas (BORELL, 1995).

A situação de estresse, comprovadamente, tem influência no desenvolvimento de processos fisiológicos normais do organismo, como o processo da descida do leite nos bovinos durante a ordenha. Já em situações estressantes que podem ocorrer antes ou mesmo durante a ordenha, induzem a secreção de adrenalina pela glândula supra-renal, e esta tem ação contrária da ocitocina, assim promovendo a retenção do leite, predispondo então a ocorrência de quadros de mastite, pois favorece a proliferação de germes no leite retido (BREAZILE, 1988).

O estresse caracteriza a soma dos mecanismos de defesa do organismo em resposta a um estímulo provocado por um agente agressor ou estressor, externo ou interno, para manter a homeostase. Há respostas comportamentais, fisiológicas e imunológicas à agressão do organismo em sua totalidade (BACCARI, 2001).

Sistema de criação (Gabi)

Segundo Assis et al. (2005), de acordo com o conjunto de características adotadas, pode-se classificar a produção de leite em regime de pastejo em três diferentes sistemas, sendo estes: sistema extensivo, sistema semi-intensivo e sistema intensivo.

No sistema extensivo, o pastejo é contínuo e se caracteriza pela utilização da pastagem sem descanso durante todo o ano, ou durante várias estações, podendo ser com um número de animais fixo ou variável ao longo do ano. A produção está em torno de 1.200 litros de leite por vaca ordenhada/ano. As propriedades que adotam esse sistema possuem pastagens formadas por forrageiras de porte baixo, estoloníferas ou semi -prostradas, como a maioria das plantas Brachiaria spp (decumbens, humidicola, ruziziensis, etc.) e não são utilizadas de forma intensiva, ou seja, não exploram a máxima eficiência dessas forrageiras. O sistema extensivo de criação é mais usado com gado misto, sem padrão racial definido, e consiste em criar os animais soltos no pasto , pastagem é a base da alimentação.

No caso do sistema semi-intensivo, a produção de leite por vaca ordenhada/ano pode variar de 1.200 a 2.000 litros, recebendo suplementação volumosa no período de menor crescimento do pasto e suplementação concentrada de acordo com a produtividade de cada animal. O pastejo no sistema semi-intensivo é do tipo rotacionado, sendo a pastagem subdividida em um número variável de piquetes, que são utilizados um após o outro (ASSIS et al., 2005).

O pastejo rotacionado é baseado no princípio de que um período de descanso favorece a produção de forragem, permitindo o desenvolvimento de raízes, perfilhos e reservas orgânicas. Assim, as gramíneas cespitosas de intenso perfilhamento e que apresentam precoce alongamento de caule e rápida elevação de meristema apical, como as forrageiras das espécies Panicum maximum(colonião, tanzânia, mombaça) e Pennisetum purpureum (capim elefante), são melhores adaptadas a este sistema (SOUZA, 2003).

No sistema intensivo de produção em confinamento, os animais ficam confinados durante todo o período produtivo, recebendo alimentação de concentrado e volumoso no cocho (COELHO ,2000).

A escolha do sistema de produção é relacionada com cultura a ser utilizada na produção do alimento volumoso, uma vez que tem reflexos sobre o desempenho animal, além de influenciar no custo de produção (GONÇALVES et al., 2004).

Outros pontos fundamentais a serem estabelecidos em um sistema de produção para assegurar a viabilidade financeira são os índices de produtividade. Segundo Aguiar et al. (2001), deve-se estabelecer índices de produtividade pois, através deles torna-se possível elaborar uma avaliação técnica da atividade. O autor complementa afirmando que a elevada produtividade dos sistemas, associado á escala de produção, torna a atividade economicamente atraente.

A definição do sistema de produção correto a ser implantado em cada região e as informações a ele pertinentes são fatores que podem tornar os produtores de leite mais eficientes e,

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