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A Sexualidade na Educação infantil

Por:   •  9/6/2018  •  4.013 Palavras (17 Páginas)  •  365 Visualizações

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2 Objetivos[g]

Este estudo tem como objetivo explorar e compreender os assuntos nos que diz respeito à sexualidade infantil no âmbito escolar visando identificar as práticas pedagógicas, com alunos na faixa etária de 10 anos do 5° ano do ensino fundamental como o professor atua frente a estas questões com seus alunos e investigar se a orientação sexual que ocorre na escola está de acordo com o que está determinado nos PCN´s (Parâmetros Curricular nacional) onde esta foi constituída como tema transversal.

Sendo que seus objetivos específicos busca verificar junto à direção/professores se está havendo Educação Sexual na escola e se há um planejamento para que isso ocorra, assim como, quais as dificuldades mais comuns enfrentadas pelos docentes em sua prática profissional, no que diz respeito à Educação Sexual de seus alunos e também identificar que ações políticas [h]curriculares são traçadas pela escola. É uma pesquisa do tipo qualitativa descritiva uma vez que buscará investigar como o tema sexualidade está sendo trabalhada pelos educadores, a fim de permitir uma compreensão mais esclarecedora do objeto estudado.

3 DESENVOLVIMENTO DA SEXUALIDADE INFANTIL

É interessante pensarmos que Freud, considerado o pai da psicanálise, no século passado, chocava com suas concepções relativas ao desenvolvimento sexual desde o nascimento dos bebês. Na sua concepção, a sexualidade não deveria ser pensada como um impulso que só se aflora na puberdade, como normalmente se acredita, pelo contrário, desde os primeiros dias de vida o bebê sente prazer, uma vez que o prazer não significa estar diretamente relacionado ao ato sexual. Ainda hoje, os adultos (inclusive aqueles atuantes na escola) têm muitas dificuldades em compreender e aceitar as manifestações da sexualidade infantil.[i] Várias podem ser as razões que levam a isso, dentre elas, o próprio processo de educação sexual que, com a maior parte das pessoas, aconteceu de forma repressiva e silenciosa. Mas é importante destacar a importância da família na construção da vida sexual da criança, que pode e deve ser de maneira amiga e natural, gerando segurança facilitando o encontro da identidade pessoal. De acordo com Vygotsky (1989), a sexualidade infantil é constituída através da interação entre os indivíduos e as estruturas sociais, o desenvolvimento pleno da sexualidade é essencial para o bem-estar individual, interpessoal e social do sujeito. “É a própria evolução da sociedade que determina os padrões sexuais e, consequentemente, a educação do indivíduo”. (CARNEIL, apud RIBEIRO, ET AL 1990, p. 79). Parto [j]do princípio de que a sexualidade é uma construção histórica e cultural e que cada criança desenvolverá sua sexualidade de acordo com o tempo e o meio em que está inserida. A educação sexual é um processo de vida inteira que se inicia em casa com a orientação dos pais e/ou familiares, tem continuidade na escola, estende-se pela adolescência na troca com os amigos e permanece na vida adulta. É na exploração do próprio corpo, na observação do corpo do outro, e a partir das relações familiares que a criança se descobre num corpo sexuado de menino ou menina. Preocupa-se, então, mais intensamente com as diferenças entre os sexos, não só com as diferenças do corpo, mas com todas as expressões que caracterizam o homem e a mulher. A construção do que é pertencer a um ou outro sexo se dá pelo tratamento diferenciado para meninos e meninas, inclusive nas expressões diretamente ligadas à sexualidade, e pelos padrões socialmente estabelecidos de feminino e masculino. representações sociais e culturais construídas a partir das diferenças biológicas dos sexos, e transmitidas através da educação, o que atualmente recebe a denominação de “relações de gênero”. Essas representações internalizadas são referências fundamentais para a constituição da identidade da criança. Os pais normalmente sentem-se inseguros com relação à educação sexual dos filhos, não sabendo exatamente qual o momento oportuno para esclarecer as dúvidas das crianças, até onde pode ir, se devem ser claros ou dar meias respostas. A orientação dos psicólogos é que as respostas sejam sempre claras, não havendo, porém, a necessidade de responder além do que as crianças questionam. De acordo com o Camargo (1999): A criança tem o direito de sentir que seu corpo é adorável e bom e que é somente dela e apenas ela poderá decidir quem pode vê-lo ou tocá-lo. Há muito que fazer para aumentar seu sentimento de autoconfiança, considerando a proximidade, a intimidade, o amor e os sentimentos. É desafiador fornecer informações precisas, confiáveis, sem preconceitos para o estabelecimento da confiança mútua. (p. 59). A confiança mútua entre pais e filhos oportunizará com que os pequenos se sintam a vontade em perguntar sobre suas curiosidades relativas à sexualidade, alertando-os para uma série de riscos, como o abuso sexual, as doenças sexualmente transmissíveis e até mesmo uma gravidez indesejada.

4 ABORDAGEM HISTÓRICA

Ao longo dos tempos, a sociedade vem sofrendo mudanças na forma de conceber a sexualidade. No século XVIII, por exemplo, o pensamento a respeito da sexualidade estava voltado ao sexo, ou seja, era um fenômeno orgânico que objetivava apenas a reprodução, tendo como função a perpetuação da espécie e iniciava-se somente na puberdade. Esta ideia deve-se ao fato da Medicina ter buscado explicações da sexualidade humana junto à Biologia que a compararam com a sexualidade animal. Segundo Aquino, ”[...] a Medicina, ao postular uma coincidência entre sexualidade e a reprodução forçou o distanciamento entre a sexualidade e a subjetividade”. (1997, p.14). Estereotipando a sexualidade, tornando-a difícil de ser aceita na vida escolar e familiar. Já que todo ato manifestado que não estivesse ligada a reprodução, era considerado como anormal. Dentre esses comportamentos anormais, estavam incluídas as manifestações sexuais das crianças, considerados como atos incomuns à sua idade. A escola passou a assumir o papel de repressora e vigilante da sexualidade, impossibilitando qualquer ocorrência a ser manifestada pelas crianças, aprendia que todo e qualquer assunto ligado ao sexo era algo feio, sujo e, portanto proibido, Passando a ser um assunto evitado. Freud discordava deste tipo de educação e também da sociedade que incriminava e reprimia de forma preconceituosa tais manifestações. Para ele as doenças, nervosas tinham suas causas na rigorosidade, na moral imposta pela educação.Como um problema educacional formal, a Educação Sexual começou nos Estados Unidos

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