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A MATEMÁTICA INSERIDA NAS ARTES DE TARSILA

Por:   •  11/11/2018  •  3.009 Palavras (13 Páginas)  •  419 Visualizações

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A matemática é uma forma de descrever a realidade e a arte é um aspecto dessa realidade então a arte pode ser descrita, interpretada, observada sob a ótica da matemática. Um desenho é feito de traços e formas geométricas, matematicamente podemos nos referir a retas, curvas, ângulos, quadrados, círculos, triângulos, retângulos... A música é composta por sons que matematicamente se organizam em harmonia. No origami dobramos o papel, ao meio, em três partes, para conseguirmos as formas geométricas. Nas pinturas podemos observar as várias composições geométricas e os mais variados pontos de perspectiva, profundidade e ponto de fuga.

E para demostrar todo o estudo até aqui apresentado, iremos aplicar esta relação da matemática com arte na sala de aula, através de uma oficina como forma de metodologia, para assimilar e detalhar melhor a natureza geométrica aplicada nas pinturas de Tarsila do Amaral.

2 APRESENTAÇÃO

Através da história de vida de Tarsila do Amaral, contada neste trabalho, iremos nos aprofundar nos conceitos matemáticos, através do estudo das formas geométricas contida em suas obras (pinturas).

Mostrarei o quanto é ampla a relação da matemática e a arte, e como podemos nos beneficiar através dessa relação para o ensino-aprendizagem da matemática. Teremos a partir de então um paradigma, um olhar diferenciado ao observarmos cada obra apresentada. Iremos analisar a obra como um todo do campo de vista da matemática e suas formas geométricas com suas perspectivas, profundidades e pontos de fuga.

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3 JUSTIFICATIVA

Vincular a Matemática com a Arte, constitui-se numa forma de levar os alunos a enxergar a matemática como uma realização do espírito humano com equilíbrio, harmonia, beleza e delicadeza nos detalhes. Aprender matemática numa reflexão sobre o ensino e à aprendizagem da Arte oferece um espaço de reflexão, interação e discussão sobre múltiplas relações matemáticas existentes nas diversas linguagens e, em particular nas linguagens artísticas (pinturas); colocando o cotidiano escolar cada vez mais comprometido com a formação de um indivíduo em sintonia com o seu tempo e seu cotidiano.

Seguindo essa linha de raciocínio, busquei pesquisar e observar as práticas educativas desenvolvidas no contexto da sala de aula referentes ao ensino-aprendizagem de Matemática e de Arte-Educação. Para realizar essa pesquisa foi levantado as seguintes indagações: È possível ter uma aprendizagem matemática através da Arte? A relação da Matemática e Arte pode ser um facilitador do ensino aprendizagem de Geometria?

No final de toda a pesquisa, minhas indagações puderam ser concluídas, onde pude compreender a relação da matemática com a arte.

4 OBJETIVO

4.1 Objetivo Geral:

Apresentar a matemática, inseridas no mundo das artes. Mundo este muito amplo, passando pela música, origami, pintura, esculturas, entre outras formas de artes. Mostrar que podemos ter um ensino-aprendizado da matemática, através das artes voltada para a educação em sala de aula.

4.2 Objetivo Especifico:

Mostrar como podemos perceber a linguagem matemática, inseridas nas obras (Pinturas) de Tarsila do Amaral, e em especial a obra que foi um marco histórico na vida e obra da mesma, o Abapuru.

CAPITULO I

A Matemática e a Arte.

- A relação entre as ciências.

Quando pensamos na relação entre essas duas ciências, temos que entender que existe um raciocínio logico que liga elas. Número áureo, simetria, equilíbrio, proporção, perspectiva, composições modulares e formas geométricas são alguns exemplos de extrema relevância em forma de contribuição da Matemática para as composições Artísticas, desde o período renascentista até os dias atuais.

Podemos perceber claramente esta relação, aplicada nas obras de arte (pinturas), um bom exemplo disso são as formas geométricas escondidas nas obras de Tarsila do Amaral, que quando analisada de vários ângulos, o que estava escondido, se torna claro e evidente.

Essa relação é muito forte, exemplo disso podemos citar a música, que é composta por sons que matematicamente se organizam em campos harmônicos para produzirem uma melodia:

[pic 1][pic 2]

Podemos evidenciar esta relação através dos Origamis (dobraduras de papeis) em formas geométricas:

[pic 3][pic 4]

Até chegarmos na relação com as obras de Tarsila do Amaral, através de suas figuras geométricas, como:

[pic 5][pic 6]

- A vida e obra de Tarsila do Amaral.

Nascida em 1º de setembro de 1886, em Capivari - SP, filha de José Estanislau do Amaral Filho e de Lídia Dias de Aguiar, e neta de José Estanislau do Amaral, conhecido na época como “o milionário” em virtude da imensa fortuna acumulada em fazendas do interior paulista.

Seu pai herdou a fortuna e diversas fazendas, onde Tarsila e seus sete irmãos passaram a infância. Desde criança, foi educada nas bases da educação francesa. Sua primeira mestra, a belga Marie Van Varemberg d’Egmont, ensinou-lhe a ler, escrever, bordar e falar francês. Sua mãe passava horas ao piano há contar as histórias dos romances que lia para às crianças. Seu pai recitava versos em francês, retirados dos numerosos volumes de sua biblioteca.

Começou a aprender pintura em 1917, com Pedro Alexandrino Borges. Mais tarde, estudou com o alemão George Fischer Elpons. Em 1920, viaja a Paris e frequenta a Academia Julian, onde desenhava nus e modelos vivos intensamente. Também estudou na Academia de Émile Renard.

Apesar de ter tido contato com as novas tendências e vanguardas, Tarsila somente aderiu às ideias modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922. Numa confeitaria paulistana, foi apresentada por Anita Malfatti aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esses novos amigos passaram a frequentar seu atelier, formando o Grupo dos Cinco.

Em janeiro de 1923, na Europa, Tarsila se uniu a Oswald de Andrade e o casal

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