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A Inclusão Social Um Desafio Possível

Por:   •  5/3/2018  •  2.667 Palavras (11 Páginas)  •  413 Visualizações

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Quando é citado na Constituição Federal “promover o bem estar de todos (...)”, nos falando da necessidade de se construir um Brasil mais solidário, mais justo e humano, um Brasil de pessoas que construam as condições de sua própria emancipação.

INCLUSÃO ESCOLAR E SEUS DESAFIOS

Ao falarmos sobre Inclusão Escolar, não poderíamos deixar de citar alguns dos inúmeros desafios enfrentados para se realizar este tema tão importante e que por si só já é um desafio. A escola regular como espaço educacional de todos vem a cada dia sendo mais questionada pelas suas práticas cotidianas.

A discussão sobre a inclusão de todos neste ambiente, tem, recentemente, exigido propostas políticas pedagógicas inovadoras que estimulem as diferenças individuais e assegurem oportunidades iguais aos alunos. Sobretudo, a resistência à mudança de paradigma tem levado essa ambiência a selecionar uma parcela da população que se adapte bem às demandas que esse modelo educacional determina. Através desse ponto de vista foi lançada a tarefa de pesquisar a escola regular de todos, na intenção de observar e refletir se este espaço proporciona a igualdade de oportunidades e respeita as diferenças no seu interior.

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EXCLUSÃO, UM DESAFIO A SER VENCIDO

Partiremos do pressuposto de que só se faz a inclusão a partir da eliminação da exclusão. Para isso precisamos considerar os mecanismos excludentes que estão presentes na sociedade para radicalizar a exclusão.

Como afirma Coraggio (1996):

A mesma sociedade que cria e mantém mecanismos de exclusão, desenvolve políticas assistencialistas que, por seu caráter instrumental, não resolvem a natureza reprodutiva dos problemas cujos efeitos pretendem compensar, cristalizando-se, portanto, os padrões de exclusão e de segregação. (Carvalho 2004, P. 99)

Culturalmente, o portador de deficiência é excluído até mesmo pela família, ao receber um filho com necessidades especiais a família luta para não ter que enterrar aquele idealizado e aceitar o realizado. Muitos pais não aceitam o fato de se reorganizar para proporcionar ao deficiente uma vida de qualidade. Quando esse problema é vencido, é hora de enfrentar mais uma etapa complexa, a sociedade.

Para o deficiente é muito importante participar de todos os aspectos sociais e culturais de seu meio, para que possa se desenvolver num ambiente diversificado, com participação efetiva, vencendo suas limitações.

ESCOLA: ACESSO, INGRESSO E PERMANÊNCIA

Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades;

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. (LDB, Art. 59, Alínea I, III, V, 2010)

Diante do citado, não precisaríamos expressar mais nada se de fato funcionasse, porém nos deparamos com muitas dificuldades ao matricular um deficiente numa escola regular.

Dois problemas relevantes são: a quantidade e a qualidade da oferta nas redes de ensino regular para atender o educando portador de deficiência.

QUANTIDADE DA OFERTA:

Ainda se é escassa a quantidade de vagas oferecidas para atender uma demanda significativa. Nem todos os municípios dispõem de atendimento educacional em escolas regulares para atender o educando portador de deficiência.

É importante e urgente solucionar este problema, deve-se criar em todas as localidades a oferta educativa em ensino regular para todas as modalidades de manifestações de deficiência.

QUALIDADE DA OFERTA:

Não podemos falar em quantidade de oferta para todos e qualquer tipo de deficiência, sem pensarmos na qualidade de ensino. A garantia de ensino é para todos e qualquer educando, seja ele portador ou não de deficiência.

Mas temos que pensar que para que a inclusão se efetue não basta estar garantido na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto sócio. econômico, além de serem gradativos, planejadas e contínuas para garantir uma educação de ótima qualidade (Bueno, 1998).

Infelizmente o exemplo de qualidade de ensino, não abrange totalmente o educando deficiente. Mesmo se tratando de um direito conquistado, a qualidade de ensino para o educando deficiente inserido no ensino regular ainda é “deficiente”.

PERMANÊNCIA COM SUCESSO

Para que se tenha êxito no quesito permanência, deve-se haver comprometimento da escola, educadores, educandos e governo.

ESCOLA:

A escola deve se adequar para receber esses educandos com necessidades especiais. Este é um fator relevante que promove o bem estar do educando incluído no ambiente escolar regular. Para tal, algumas modificações estruturais serão necessárias, tais como: rampas de acesso às salas de aula, banheiros adaptados, portas largas, cadeira adaptada (deitar), mesa acoplada na cadeira de rodas, dentre outras.

Além das adequações físicas a escola também deve se dispor de um “Plano individualizado de adequações curricular”.

No Artigo 58, parágrafo 1º da LDB diz: Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

EDUCADORES:

Poucos são os educadores da rede de ensino regular que são capacitados para ensinar o educando deficiente. É relevante o nível de despreparo desses educadores. Ainda existe muito preconceito por parte da docência em ensinar o deficiente. Educadores que se julgam incapazes, que são carregados de frustrações e medos.

É preciso se eximir de todos os preconceitos e

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