A FUNÇÃO SOCIAL DA POSSE E A PROTEÇÃO DO POSSUIDOR NÃO PROPRIETÁRIO: Limites e possibilidades
Por: Evandro.2016 • 3/12/2018 • 35.193 Palavras (141 Páginas) • 336 Visualizações
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e todo sentimento; e a todos os demais que de alguma forma estiveram envolvidos na realização deste trabalho.
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SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................vi
INTRODUÇÃO.....................................................................................................7
TÍTULO I – PROPRIEDADE E POSSE ENTRE ABSTRAÇÃO E EFETIVIDADE...................................................................................................10
1 DA RELAÇÃO ENTRE A IDEOLOGIA ECONÔMICA DOMINANTE E A CULTURA JURÍDICA PATRIMONIALISTA-INDIVIDUALISTA.......................10
1.1 O Direito do modo de produção capitalista..................................................10
1.2 Conflitos possessórios e Especulação imobiliária no Brasil........................15
2 PROPRIEDADE E PROPRIEDADE(S)..........................................................28
2.1 Posse e propriedade pré-modernas............................................................28
2.3 Propriedade moderna..................................................................................33
2.4 Posse moderna............................................................................................40
TÍTULO II – DIFUSÃO DA LÓGICA EXISTENCIAL NOS INSTITUTOS DE DIREITO CIVIL..................................................................................................45
1 FUNÇÃO SOCIAL..........................................................................................45
1.1 Da propriedade no início do século XX........................................................45
1.2 Da posse e da propriedade na contemporaneidade....................................56 2 EMBATE ENTRE A POSSE QUE CUMPRE SUA FUNÇÃO SOCIAL E A PROPRIEDADE DESFUNCIONALIZADA........................................................70
2.1 Instrumentos de proteção da propriedade...................................................70
2.2 Conseqüências teórico-práticas para o proprietário inerte..........................75
2.3 Tutela jurídica da posse autonomizada.......................................................80
CONCLUSÃO....................................................................................................87 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................90
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo investigar a questão da função social da posse, partindo inicialmente da conformação dos institutos da propriedade e da posse no Brasil, depois analisando a história e as teorias acerca dos mesmos no contexto europeu. Em seguida, retornando para a nossa realidade, busca-se estudar as possibilidades de tratamento das formas de apropriação a partir da autonomia da posse relativamente à propriedade e sua conseqüente valorização. A função social dos institutos de direito privado, fenômeno recente na ordem jurídica brasileira, permite a inserção de valores existenciais em espaços antes exclusivamente patrimoniais. Os conflitos possessórios decorrentes da ausência de políticas públicas urbanas, da especulação imobiliária, da segregação das classes mais pobres à periferia das cidades, além da concentração de terras nas mãos de poucos e da violência no campo, evidenciam a necessidade de uma atuação mais positiva do Judiciário, no sentido de privilegiar, nas ações possessórias e reivindicatórias ajuizadas por proprietários inertes, a posse que cumpre com sua função social. Ora, a situação proprietária compreende, internamente, a função social, razão pela qual a ausência de destinação social ao bem pelo proprietário lhe retira suas garantias constitucionais: não há direito de propriedade sem função social.
Palavras-chave: função social, propriedade, posse, conflitos possessórios, ocupações rurais e urbanas.
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INTRODUÇÃO
O presente estudo, sem qualquer pretensão de atingir conclusões inovadoras, muito menos de esgotar a problemática relativa à funcionalização da propriedade e à revalorização da situação possessória, tem por objetivo destacar, inicialmente, o papel que a ideologia dominante exerce no ordenamento jurídico de dada sociedade, numa relação que também se dá a partir da influência do direito no mundo dos fatos. Isto sem olvidar que a luta de classes subjacente ao sistema capitalista, entre proprietários e não-proprietários, vem exigindo cada vez mais a consolidação de um regime proprietário atento aos valores existenciais dos cidadãos. Por tais razões, ao tratar da história da propriedade no direito brasileiro, é importante que se destaque os efeitos que até hoje permeiam os conflitos possessórios
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