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TECNICAS DE PESQUISA CIENTIDIFICA - ABRIGO PARA PESSOA EM SITUACAO DE RUA

Por:   •  14/11/2018  •  2.117 Palavras (9 Páginas)  •  254 Visualizações

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É importante também definir as tipologias de pessoas que habitam as ruas, existem aquelas que estão vivendo e aquelas que vivem nas ruas, saber diferenciar e identificar esses dois grupos é um dos primeiros passos para que o projeto seja bem sucedido.

Nem sempre o morador de rua escolheu esse caminho por conveniência, nem sempre uma pessoa desempregada consegue se manter por algum tempo e o mais impactante de tudo isso é saber que quase sempre é impossível reverter a situação pois uma vez em situação de rua o cidadão torna-se esquecido pela sociedade, morre aos olhos dela.

O que poucos param para pensar é que para sair das ruas não basta querer, essas pessoas não são aceitas na maioria dos locais, conseguir um emprego para um morador de rua é tarefa quase impossível.

Lima descreve bem o fato e nos faz inclusive pensar sobre o termo ‘morador de rua’.

Eles são moradores nas ruas, porque chamá-los de moradores de rua, além de confuso é contraditório, se a rua fosse deles, eles teriam onde construir e morar. Rua não foi feita para morada de nada, nem de ninguém. Rua surge por ser caminho publico, ladeado de casas ou muros nas povoações. A rua só existe, porque existe alguma morada. Então rua não é causa, é consequência, nunca ouvi dizer que um engenheiro se especializasse em fazer ruas. (lima, 2014, não paginado).

Projetar um equipamento público que seja capaz de atingir essa população é algo extremamente desafiador pois de certa forma a pessoa em situação de rua esta “acostumada” com esse estilo de vida, portanto o ponto-chave é achar um meio-termo para que aos poucos esse indivíduo seja reinserido na sociedade e buscando entender qual dos equipamentos se adequa melhor as necessidades desse individuo. Existem os abrigos de passagem, onde o morador de rua busca apenas um apoio momentâneo, um banho, comida, assistência medica, jurídica, psicológica, entre outros. Já os abrigos de permanência buscam fazer um trabalho com esses indivíduos que durará um pouco mais, sendo assim, quando o individuo estiver apto a sair do abrigo o mesmo teoricamente poderá ser reinserido na sociedade sem grandes complicações.

2-PROBLEMÁTICA DA PESQUISA

Qual o melhor tipo de abrigo para pessoas em situação de rua na cidade de Ribeirão Preto? De Passagem ou permanência?

3-OBJETIVOS

O objetivo geral da pesquisa é determinar as qual o melhor tipo de abrigo para os moradores de rua da cidade de Ribeirão Preto levando em consideração os que já existem na cidade e a forma como os atuais usuários utilizam o mesmo.

Os objetivos específicos são:

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- Analisar os abrigos já existentes na cidade para que assim seja possível definir se o que se precisa é de um novo modelo de abrigo ou somente melhorias do já adotado.

- Entender o que os moradores de rua buscam nesses abrigos, através de pesquisas de campo, para que assim seja possível realmente alcançar e se aproximar desse grupo.

4-JUSTIFICATIVA

No contexto atual de nosso país, identifica-se na maioria das cidades brasileiras a presença de inúmeras pessoas que se encontram em situação de rua.

Depois de algumas pesquisas, pode-se perceber que os abrigos existentes não são capazes de suprir as necessidades desse grupo, muitas das vezes o que é oferecido faz com que a pessoa prefira se abrigar nas ruas ao invés de estar nesses abrigos oferecidos pela prefeitura.

5- QUADRO TEÓRICO

A literatura básica selecionada para fundamentar a pesquisa contempla o livro Cama de Cimento, de Tomás Chiaverini (2007), a dissertação de mestrado morar na rua: há projeto possível?, de Paula Rochlitz Quintão e a dissertação de mestrado os deslocamentos territoriais dos adultos moradores de rua nos bairros sé e republica, de Michelle Marie Mendez Esquinca.

Segundo Quintão, pag. 91 O sistema de “acolhimento” no Brasil, que se traduz principalmente na figura dos albergues, sempre foi feito com poucos critérios de qualidade, tanto espacial, quanto de atendimento, entre outros. Hoje, depois de anos de críticas e reiterados sinais de falência do sistema de “acolhimento”, de um longo caminho dos próprios moradores de rua, do Estado, da sociedade e das análises do cenário internacional, o Brasil não tem como fechar os olhos para os encaminhamentos de outros países e as propostas (tanto de políticas públicas quanto de alternativas oferecidas) têm sofrido mudanças graduais.

O Serviço que governo municipal disponibiliza é o CREAS POP que, oferece atendimento a essas pessoas que se encontram em situação de rua. Esse órgão deve funcionar em articulação com os serviços de acolhimento, e devera assegurar atendimento e atividades para o desenvolvimento de sociabilidade, como o fortalecimento de vínculos interpessoais e/ou familiares, o desejo de reinserção na sociedade e também a construção de novos projetos de vida.

O Abrigo para pessoa em situação de rua devera conter espaços destinados a higiene pessoal, atendimento psicossocial, área para documentação desses indivíduos, espaço para realização de atividades, alimentação, entre outros.

Os órgãos municipais responsáveis por essa população é o CETREM (central de triagem e encaminhamento ao migrante/itinerante e morador de rua, que é coordenado pelo ministério do desenvolvimento social e combate a fome (MDS). O CETREM fica localizado na rua Mogi Mirim, 45, no bairro Salgado Filho, o mesmo possui dois lados de uma mesma historia:

Segundo o site “A cidade On “ “Givanildo Severino da Silva, 47, diz morar há quase 30 anos nas ruas. Ele afirma que desistiu de ficar na Cetrem porque às vezes que ficou lá o banho era frio e tinha dificuldade para usar o banheiro. Apesar de usuário confesso de crack, ele reclama do uso da droga por outros usuários no banheiro da unidade.” Pode ser, mas há o outro lado da história. Funcionários da Cetrem contam que os moradores destroem chuveiros antivandalismo que custam R$ 500 a unidade, rasgam colchões e depredam o abrigo. “As condições da Cetrem não são as ideais, mas parte acaba por ser conseqüência de ações que não controlamos”, afirma Maria Sodré, secretária do local. Dessa forma a dificuldade fica clara já que os dois lados da historia possuem problemas.

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