Conceituação e Contextualização do Tema: Centros culturais
Por: Hugo.bassi • 14/4/2018 • 1.305 Palavras (6 Páginas) • 446 Visualizações
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Fonte: http://www.shieh.com.br/CENTRO-CULTURAL-JABAQUARA
Figura x – Centro Cultural São Paulo
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Fonte: http://www.centrocultural.sp.gov.br/CCSP_O_que_e_o_Centro_Cultural_Sao_Paulo.html
Mesmo com a criação de inúmeros centros culturais ao redor do mundo, é preciso saber de onde realmente veio a sua origem. Segundo Milanesi (1997), estudos apontam que o centro cultural, melhor caracterizado como um complexo cultural, é a Biblioteca de Alexandria. Consequentemente, as edificações criadas na atualidade seriam apenas uma retomada desse modelo.
“Provavelmente, discutia-se Cultura na Biblioteca de Alexandria. Sempre houve um espaço para armazenar as ideias, quer registradas em argila, papiro, pergaminho, papel ou CD-ROM. Da mesma forma, o homem nunca deixou de reservar áreas para trocar ideias. Por uma convergência de fácil explicação, área para armazenar documentos e para discutir, inclusive discuti-los, passou a ser a mesma. Por isso, a Biblioteca de Alexandria pode ser caracterizada como o mais nítido e antigo centro de Cultura”. (MILANESI, 1997)
A Biblioteca era composta de um complexo de palácios reais, com objetivo de documentar e preservar os saberes existentes na Grécia Antiga, tanto no campo da mitologia como nos campos da medicina, geografia, religião, etc. Além de ser um espaço apenas de armazenamento de documentos, também era um espaço de estudos, onde aconteciam cultos, estatuas, obras de artes, instrumentos astronômicos, etc, eram, também, armazenados. Também havia um anfiteatro, salas de trabalho, um observatório, jardins e refeitórios. Sendo assim, é possível notar a semelhança deste completo cultural para os centros culturais da atualidade. (SILVA, 1995).
Figura x – Projeção da Biblioteca de Alexandria
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Fonte: http://www.walterjorge.com/novo/pages/viagens---egito---35---biblioteca-de-alexandria.php
Os centros culturais, então, são evoluções das bibliotecas tradicionais, como um modelo alternativo. Como a ideia das bibliotecas é de serem instituições das escolas atualmente, elas não exercem papéis culturais, sem objetivos específicos. Em contraste com essa ideia tradicional de uma biblioteca, surgiu a ideia de criar algo semelhante, porém com atividades culturais, mais inovadoras e dinâmicas. “A biblioteca ficou como o lugar da coleção de livros e o centro cultural como o local de atividades menos convencionais e mais criativas, como o teatro e as exposições. ” (RAMOS, 2007).
Tanto centros culturais quanto bibliotecas são locais de disseminação cultural, cada um utilizando métodos diferentes de transmitir as informações. Porém existe uma distinção sobre o tipo de acervo disposto em cada local. Normalmente, bibliotecas possuem acervos fixos, alterando apenas quando há novas adições. E os centros culturais, mesmo possuindo bibliotecas no seu interior, não necessitam de ter um acervo fixo, sendo considerados, então, centros referenciais de informação. (RAMOS, 2007).
Segundo Luciana Ramos (2007), quando comparados, percebe-se que são instituições semelhantes, porém com nomes diferentes. Mas mesmo possuindo conceitos parecidos, existem algumas características que diferem um do outro, o que permite que outros tipos de nomenclaturas sejam utilizados para descrever o local. Os centros culturais, por exemplo, não possuem a necessidade de ter um acervo fixo ou próprio, do mesmo jeito que bibliotecas e até museus possuem. Também não possuem a necessidade de ter sempre alguma mostra acontecendo para atrair o público. Normalmente, a sua própria arquitetura e disposição de suas funções já são formas de atrair visitantes de todos os lugares. E graças a essas edificações de incrível arquitetura, é possível disseminar a cultura de maneiras mais fáceis e de forma marcante.
NEVES, R. R. Centro Cultural: a Cultura à promoção da Arquitetura. Dissertação (Mestrado em arquitetura) – Instituto de Pós-graduação – IPOG. Goiânia, 2012.
MILANESI, L. A Casa da Invenção: Biblioteca, Centro Cultural. 4° ed. revisada e ampliada. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
RAMOS, L. B. O centro cultural como equipamento disseminador de informação: um estudo sobre ação do Galpão Cine Horto. Dissertação de mestrado – Programa de Pós-Graduação da Escola de Ciência da Informação da UFMG. Minas Gerais, 2007.
SILVA, M. C. S. Centro cultural – construção e reconstrução de conceitos. 1995. Dissertação de mestrado em Memória Social e Documento
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