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Administração de Medicamentos

Por:   •  5/10/2018  •  3.533 Palavras (15 Páginas)  •  229 Visualizações

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O mais importante na compreensão das definições é entender que, na vigência de erro, não se deve procurar, inicialmente culpado, mas entender por que esse evento aconteceu. Devemos instituir a cultura da segurança e não adotar a cultura da punição. Na maioria das vezes, “não importa” quem cometeu o erro e sim como o sistema contribuiu para tal ocorrência.

“Em vez de serem os causadores de um acidente,

os profissionais tendem a ser os herdeiros dos

defeitos dos sistemas; a parte deles é comumente

a de adicionar o toque final a uma mistura letal

cujos ingredientes já estão cozinhando há muito

tempo.”

(Reason, 2000)

“As ações e falhas das pessoas têm

individualmente um papel central, mas seus

pensamentos e comportamentos são muito

influenciados e restringidos pelo ambiente de

trabalho que os cerca e pelas rotinas

organizacionais.”

(Vincent.2009)

Os erros durante o tratamento medicamentoso podem resultar em sérias consequências ao paciente e a sua família, como gerar incapacidades, prolongar o tempo de internação e de recuperação, expô-lo a mais procedimentos e medidas terapêuticas, atrasar ou impedir que reassuma suas funções sociais e até provocar sua morte (Peterlini et al., Reason, 2004).

Considerando todos os tipos de erros que podem ocorrer durante o atendimento à saúde, os de medicação ganham destaque, sendo também a causa mais frequente de eventos adversos evitáveis (Carvalho e Vieira, 2002).

Tipos de erros de medicação(ASHSP, 1993):

• Erro de prescrição – prescrição errada, dose...

• Erro de dispensação- distribuição incorreta;

• Erro de omissão - não checar

• Erro de horário – adiantar ou atrasar a adm;

• Erro de adm. De medicamento não autorizado;

• Erro de dose – erro de dose, dose extra;

• Erro de apresentação- adm. Errado;

• Erro de preparo- preparar antes, técnica...

• Erro de administração- técnica, local errado...

A probabilidade de morte em pacientes hospitalizados, provocada por erro de medicação, é três vezes mais alta do que as resultantes de acidentes automobilísticos e muita mais alta do que morrer em um acidente aéreo (Berlin et al., 1998)

Os 9 certos na administração de medicamentos:

I. Paciente certo

Deve-se perguntar ao paciente seu nome completo antes de administrar o medicamento e utilizar no mínimo dois identificadores para confirmar o paciente correto. Nessa etapa, é importante que o profissional faça perguntas abertas e que necessitam de mais interação paciente-profissional, tal como: “Por favor, diga-me o seu nome completo?”

Além disso, é importante verificar se esse paciente corresponde ao:

Nome identificado na pulseira; Nome identificado no leito; Nome identificado no prontuário.

Importante: caso o paciente apresente baixo nível de consciência, impossibilitando-o de confirmar o nome completo, a equipe assistencial deverá conferir o nome do paciente descrito na prescrição com a pulseira de identificação, devendo, ainda, associar pelo menos mais dois identificadores diferentes. Outra estratégia que auxilia a evitar a administração de medicamentos ao paciente errado, é existir norma interna do estabelecimento de saúde que evite, dentro do possível, que dois pacientes com o mesmo nome fiquem internados simultaneamente no mesmo quarto ou enfermaria.

II. Medicamento certo

Conferir se o nome do medicamento que tem em mãos é o que está prescrito. O nome do medicamento deve ser confirmado com a prescrição antes de ser administrado. Conhecer o paciente e suas alergias. Conferir se ele não é alérgico ao medicamento prescrito. Identificar os pacientes alérgicos de forma diferenciada, com pulseira e aviso em prontuário, alertando toda a equipe. Todos os fatos descritos pelo paciente/cuidador ou observado pela equipe, sejam eles reações adversas, efeitos colaterais ou erros de medicação, devem ser registrados em prontuário e, notificados.

Importante: alguns medicamentos são associações. Nesses casos, é necessário conhecer a composição dos medicamentos para identificar se o paciente não é alérgico a algum dos componentes do medicamento.

III. Via certa

Identificar a via de administração prescrita. Verificar se a via de administração prescrita é a via tecnicamente recomendada para administrar determinado medicamento. Lavar as mãos antes do preparo e administração do medicamento. Verificar se o diluente (tipo e volume) foi prescrito e se a velocidade de infusão foi estabelecida, analisando sua compatibilidade com a via de administração e com o medicamento em caso de administração de por via endovenosa.

Avaliar a compatibilidade do medicamento com os produtos para a saúde utilizados para sua administração (seringas, cateteres, sondas, equipos, e outros).

Identificar no paciente qual a conexão correta para a via de administração prescrita em caso de administração por sonda nasogástrica, nasoentérica ou via parenteral. Realizar a antissepsia do local da aplicação para administração de medicamentos por via parenteral. Esclarecer todas as dúvidas com a supervisão de enfermagem, prescritor ou farmacêutico previamente à administração do medicamento. Esclarecer as dúvidas de legibilidade da prescrição diretamente com o prescritor.

Importante: Informações sobre compatibilidade de medicamentos e produtos para a saúde utilizados na administração de medicamentos, deverão estar disponíveis

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