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Abreu - Sobre a Memória das Cidades

Por:   •  17/4/2018  •  1.831 Palavras (8 Páginas)  •  356 Visualizações

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A Memoria das cidades é construída pela historia do lugar, onde existe materialidade, traços arquitetônicos. Abreu salienta que é importante não se negar a expandir a analise, recuperando apenas a dimensão universal dos lugares, mas também a dimensão singular, que as torna únicas.

A geografia é colocada como um esteio que permite o analise da memoria das cidades se unido a memoria histórica. Nesse ponto o urbano é colocado como abstrato, de caráter generalizado, e a cidade é o único, particular.

O autor adverte que a geografia, ao trabalhar com essas analises também pode ser manipulada, mas seus fatos científicos sempre postos a prova neutralizam as possíveis falsas informações, assim como na historia. A separação dessas disciplinas também é lembrada, e apesar de serem complementares, o autor coloca que elas se dão as costas e os poucos trabalhos desenvolvidos com as duas disciplinas, são de grande valor, de caráter de reconstituição de antigas formas morfológicas, que demostram evolução de planos das cidades.

Na história de uma cidade não pode faltar à análise da dimensão única, idiográfica, do lugar. Sem essa dimensão poderemos até recuperar o urbano, mas não a cidade e muito menos a história da cidade. É insuficiente analisar a atuação dos processos sociais no espaço sem a consciência do espaço onde eles atuaram.

4.Tese central

A abordagem central é compreender a atual preocupação com o passado das cidades, aliando a conceituação de memorial, aos fatos históricos e geográficos, e marcando a importância da dimensão de lugar e as individualidades que este traz aos espaços analisados. O pano de fundo se dá pelas diversas explicações e teses a respeito dos termos empregados constantemente, e uma busca por conceitos plurais que formem conjuntos de analises complexos e completos, capazes de serem empregados na sociedade em rede que presenciamos.

5. Lógica interna

O autor discorre sua narrativa através de chamadas cronológicas que se distribuem em sequencia à conceituações teóricas, da observação da valorização do passado e paisagem, e indaga as motivações dessa temática como tendência atual, dessa forma o texto parte de ideias centrais sequenciais, porem se vale de citações e teses a despeito dos termos empregados, de forma anacrônica, no sentido de estarem em importância de significado e não do tempo em que coexistem.

6. Interlocução

O francês Jacques Le Goff (1924-2014), um especialista em idade média é uma presença marcante nas conceituações iniciais, Assim como o também francês Bernard Lepeti (1948-1996).

Abreu recorre a definições e pensamentos de Milton Santos (1926-1991) e do o belga Georges Poulet (1902-1991).

O autor também faz referencia a Maurice Halbwachs e a questão da memória, mais direcionada a memória coletiva.

7. Excertos

- O Lugar e o tempo são colocados acima de qualquer divergência de conceituação, que por pluralidade ajudam na compreensão destes.

Independentemente das polemicas que essas interpretações propiciam, o que importa salientar... É a dialética fundamental do entendimento dos lugares nos dias de hoje. (p.21).

- A busca de raízes e identidade atrelada à busca do passado.

O passado é uma das dimensões mais importantes da singularidade. Materializado na paisagem, preservado nas “instituições da memoria”, ou ainda vivo na cultura e no cotidiano dos lugares, não é de se estranhar que seja ele que vem dando o suporte mais solido a essa procura de diferenças. (p.21).

- A identidade de um lugar depende da “memoria urbana”

Independente do que estaria por traz desse movimento de preservação da herança (histórica ou construída) do passado, uma coisa se nos afigura como essencial: “a memoria urbana” é hoje um elemento fundamental da constituição da identidade de um lugar. Busca-se com grande afã recupera-la. (p. 23)

- O que é memoria coletiva

... A memoria coletiva é também uma corrente de pensamento continuo, que retém do passado somente aquilo que esta vivo ou é capaz de viver na consciência de um grupo. (p. 26)

- Sobre a dimensão do resgate da memoria das cidades

O resgate da memoria das cidades não pode, então, se limitar a recuperação das formas materiais herdadas de outros tempos. Há de se dar conta de tudo aquilo que não deixou marcas e que ainda está guardado nas instituições de memoria. (p. 27)

- As relações como fatores de memoria social coletiva

O que faz com que surja uma memoria grupal ou social, referida a algum lugar é o fato de que aquele grupo ou classe social estabelecer ali relações sociais. (p. 28)

- As distinções entre memoria e história

... A memoria, seja ela individual ou coletiva, é sempre seletiva: só nos lembramos daquilo que queremos nos lembrar. Por essa razão a memoria é parcial, descontinua e vulnerável a todas as

utilizações e manipulações... a história, por sua vez, busca a objetividade. (p. 29)

- A forma de intervenção da história na memoria

...Ao utilizarmos os vestígios que sobraram de tempos antigos, a historia busca sempre ultrapassa-los, reavaliando e contextualizando as referencias que lhe deram suporte. Consegue com isso iluminar o “abismo escuro do tempo” pois se distancia do mundo seletivo das memorias e das singularidades do lugar aproximando-se de... referências mais universais. (p. 31)

- A dimensão do lugar

A historia de uma determinada cidade não dispensa, portanto, a analise da dimensão única, idiográfica, do lugar. Ao contrario, se abandonarmos essa dimensão, poderemos ate recuperar o urbano, mas não a cidade e muito menos a historia (e a memoria) da cidade que queremos estudar. (p. 32)

8. Palavras-chave

Memoria; Lugar; Passado; Identidade; Urbano.

9. Conceitos com que o autor opera

- Memoria Coletiva

A

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