Reflexão do ensino de quimica

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Assim, o objetivo deste trabalho é refletir sobre as causas da dificuldade de aprendizagem na disciplina de química, mediante revisão bibliográfica e relatos de alguns artigos publicas sobre o ensino de química.

REFLEXÃO NO ENSINO DE QUÍMICA

Segundo Libâneo (apud LOBATO, 2005), “Ao selecionar os conteúdos da série em que irá trabalhar, o professor precisa analisar os textos, verificar como são abordados os assuntos para enriquecê-los com sua própria contribuição e a dos alunos, comparando o que se afirmam com fatos, problemas, realidades da vivência real dos alunos (...)”.

No trabalho de ensino aprendizagem o professor é peça fundamental, pois é ele quem vai motivar o aluno a estudar através de contextualização do conteúdo, relacionando com o que esta sendo estuda com o cotidiano do aluno, dando assim um sentido ao que ele esta aprendendo. Na LDB e nos Parâmetros Curriculares Nacionais já é prevista a relação do que está sendo ensino com a realidade dos alunos (BRASIL, 1998).

No Projeto realizado por Veiga et al. (2012), pode ser constatado em uma pesquisa com alguns professores de química, que a maior problematização levantada foi a dificuldade dos alunos passarem o conteúdo assimilado nas aulas para a provas escritas, 90% dos professores apontaram essa problematizarão e apenas 10% apontaram os baixos salários como problema. Isto pode indicar certa preocupação desses profissionais na aprendizagem dos alunos.

Gonçalves e Galiazzi (2004), Zanon e Silva (2000) e Hodson (1994) abordam que para haver um processo de ensino-aprendizagem mais satisfatório os professores deveriam utilizar mais as aulas experimentais em laboratórios. Entretanto, no cotidiano escolar atual se depara em dois problemas, algumas escolas não possuem laboratórios e as que possuem não tem material e pessoal especializado para sua utilização. Um exemplo é na cidade de Guaíra, estado do Paraná, onde foi feito um levantamento via telefone das escolas para verificar se possuíam laboratórios de química. Dos cincos colégios estaduais existentes, três possuem laboratórios, mas não tem um funcionário responsável e nem materiais suficientes para realizar atividades experimentais.

Mesmo com a falta de laboratórios adequados para um bom processo de ensino aprendizagem, alguns profissionais se destacam criando alternativas para superar esse problema. Um exemplo é o projeto da Rolisola (2004), chamado de “A Química da Limpeza”, que consiste na fabricação de sabão e detergentes pelos alunos. No processo de fabricação o(a) professor(a) consegue ensinar compostos oxigenados e nitrogenados, nomenclatura a composição das substâncias envolvidas no processo, entre outros. Assim, os alunos conseguem interligar os conhecimentos de química no seu dia-a-dia, sem contar que acabam aprendendo a preservar o meio ambiente.

No projeto realizado por Silva (2008), chamado de “A Pedagogia de Projetos no Ensino de Química - O Caminho das Águas na Região Metropolitana do Recife: dos Mananciais ao Reaproveitamento dos Esgotos”, que consistia em os alunos coletarem amostras ao longo dos mananciais e realizar análises microscópicas, e depois buscar explicações para os resultados através de pesquisas, e também realizar alguns teste de solubilidade. Como no projeto citado anteriormente também foi possível analisar os problemas ambientais que a sociedade enfrenta, mostrando assim a importância do estudo de Química para a compreensão do que ocorre a sua volta.

Nem todos os projetos de ensino de química tem que envolver laboratórios. Podem-se realizar pesquisas para o aprofundamento do conhecimento dos alunos em determinadas áreas. Um exemplo é projeto de Gonzalez (2008), “Projeto de ensino do tema Drogas no ensino da química orgânica”, onde os alunos realizando num primeira etapa pesquisam sobre drogas, segunda etapa, exposição acerca da química de substâncias psicotrópicas, e terceira etapa discussão, pelos estudantes, acerca das drogas, nessa envolvendo os problemas socioeconômicos que ela pode causar e os malefícios que podem causar.

Segundo Girotto (2003), “Ao participar de um projeto, o aluno está envolvido em uma experiência educativa em que o processo de construção de conhecimento está integrado às práticas vividas. Esse aluno deixa de ser, nessa perspectiva, apenas um aprendiz do conteúdo de uma área de conhecimento qualquer. É um ser humano que está desenvolvendo uma atividade complexa e que nesse processo está se apropriando, ao mesmo tempo, de um determinado objeto do conhecimento cultural e ser formando como sujeito cultural.”

Os projetos são de grande importância na vida escolar do aluno e do professor, pois além de oferecer um contexto para o aprendizado, também pode envolver a participação de pessoas externas da escola, como membros da comunidade ou especialistas. Os alunos podem apresentar o que aprenderam a comunidade relacionando os conteúdos estudados com a realidade da comunidade, buscando resolver um problema ou proporcionar melhorias aos recursos da comunidade, com isso, os alunos também pode estabelecer relação com especialista de determinadas áreas de estudos, proporcionando assim um melhor aprendizado e uma vida melhor a todos. E para o professor, realizar um projeto é uma forma de concretizar o que ele ensinou ou o que pretende ensinar.

No estudo da Química a utilização de projetos no ensino pode estimular o aprendizado dos alunos, os conteúdos podem ser trabalhados de uma forma que os alunos envolvam as suas experiências educativas com seu cotidiano Por exemplo, contextualizar o simples ato de ferver água, questionando o aluno sobre o que é o fogo, por que a água aquece, e por que ela muda de estado, construindo assim um conhecimento ligado ao seu cotidiano. E dando a ele uma ferramenta para refletir sobre as mudanças que a sociedade vem sofrendo ao longo dos anos, como o exemplo da fervura da água, como o calor emitido nesse aquecimento pode afetar o nosso planeta, criando assim atitudes e pensamentos sobre problemas e situações do dia-a-dia e possíveis formas de resolvê-las.

Considerações finais

Segundo Freire (1974), o ato ensinar é uma pratica social, uma ação cultural, pois se concretiza na interação entre professores e alunos, refletindo a cultura e os contextos sociais a que pertence. Dessa forma o professor tem que identificar as possíveis situações de relacionar o conteúdo com contextos do dia-a-dia do aluno para que ele relacione de imediato com o que ele esta aprendendo.

No estudo da Química, assim como nas outras disciplinas, pode- se