PROCESSO DA SOJA - RELATÓRIO
Por: Rodrigo.Claudino • 28/4/2018 • 3.266 Palavras (14 Páginas) • 352 Visualizações
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5- PREPARAÇÃO
Os grãos são quebrados a um quarto de seu tamanho e separadas as cascas, isto é obtido a partir de quebradores munidos de peneiras e sucção, onde as cascas são separadas. É importante, nesta fase, a quebra dos grãos dentro de padrões, para facilidade operacional no extrator e facilidade na remoção das cascas, sendo que podem ser adicionadas posteriormente no farelo após o extrator.
5.1 COZIMENTO
O cozimento antecede à laminação e tem objetivo tornar a soja plástica e o óleo fluido entre as células para facilitar a operação de laminação, a temperatura, nesta fase, deverá ser ao redor de 75ºC à 80ºC
5.2 LAMINAÇÃO
A laminação é obtida a partir da passagem da soja através de rolos cilíndricos, onde se buscam laminas de 0,3mm de espessura, provocando, assim, a ruptura das células e uma grande área superficial para o ataque do solvente, laminas de grande espessura provocam alto teor de óleo residual no farelo.
6- EXTRAÇÃO
O método recomendável para soja é a extração por solvente, sendo o Hexano o mais indicado pela solubilidade do óleo e por suas propriedades, porém apresenta o inconveniente da alta inflamabilidade, devendo, portanto se tomar os devidos cuidados dentro da planta quando em operação ou nas manutenções.
O principio básico compõe-se de lavagens da massa expandida com solvente, onde posteriormente a miscela (óleo + solvente) é concentrada, o solvente destilado retorna ao processo, ocorrendo pequenas perdas de solvente. O floco desengordurado segue para o dissolventizador tostador, onde se remove o residual do solvente e inibe-se a ação de enzimas, seguindo para moagem, peletização ou armazenagem, podendo ocorrer, antes desta fase, ajustes no teor de óleo e outras características do farelo.
É de grande importância o controle do “flash-test” do óleo bruto do farelo para a verificação da eficiência do sistema de prevenção de acidentes provocados pela excessiva concentração de solvente.
O farelo já especificado, deve seguir para os silos , onde os cuidados são os mesmos aplicados à soja em grãos e o óleo segue para a Degomagem.
7-DEGOMAGEM
Refere-se a um processo de tratamento onde o objetivo é, principalmente, a remoção de fosfatídeos, utilizando-se agentes de floculação (água, ácido), criando-se assim condições para que aja precipitação de gomas, arrastando consigo compostos metálicos, coloridos com eliminação por intermédio de centrífuga separadora.
O processo consiste em tratar o óleo com água, a temperatura de 75ºC a 85ºC, submetendo a mistura a um reator com tempo de residência determinado, sendo submetido à centrífuga separadora, retirando assim o óleo degomado com baixo teor de fosfatídeos e a goma.
8- REFINO
O refino é um processo contínuo separado em duas etapas: Neutralização e Branqueamento (Clarificação)
8.1 NEUTRALIZAÇÃO
Uma das etapas de maior importância no processo, a neutralização, tem como fundamento o acondicionamento do óleo para abastecimento da centrifuga separadora. Este processo dividi-se, basicamente, em 4 etapas: condicionamento, neutralização, lavagem e secagem.
As plantas de neutralização tem como objetivo principal à remoção dos ácidos livres a níveis aceitáveis a fosfatídeos, com o menor prejuízo passível dos tocoferóis (antioxidantes naturais) e do óleo neutro, porem, como demonstrado adiante, outros compostos também são removidos por arraste.
Na primeira etapa é feita a adição de ácido, objetivando precipitar algumas impurezas antes da neutralização. Em seguida, faz-se adição de soda caustica, concentração e excesso determinados em função da qualidade do óleo e objetivos necessários. Esse procedimento gera substâncias insolúveis no óleo , compostas basicamente de sais e ácidos graxos, fosfatídeos, corantes e metais oxidados, que por possuírem peso especifico diferenciados do óleo já neutralizado é conduzido à lavagem (3ª etapa), que consiste da adição de água. O objetivo principal desta etapa é a remoção do sabão residual proveniente da neutralização, podendo ocorrer arraste de óleo e fosfatídeos. Esta operação é necessária de modo que as operações subseqüentes não sejam prejudicadas, na qualidade e aspecto econômico. A ultima etapa deste processo visa à secagem por intermédio de vácuo e temperatura a fim de reduzir os teores de umidade remanescentes da lavagem do óleo.
9-BRANQUEAMENTO
O processo de degomagem e a neutralização com álcalis já removem certa quantidade de corantes do óleo, produzindo um efeito branqueador. Mas, atualmente são exigidos óleos e gorduras quase incolores, o que é possibilitado pela absorção dos corantes com terras clarificantes, naturais ou ativadas, às vezes, misturadas com carvão ativado na proporção de 10:1 a 20:1. As terras ativadas são preparadas com silicatos de alumínio, por aquecimento com ácido clorídrico ou sulfúrico, removendo quase todo cálcio e magnésio e parcialmente o ferro e alumínio, seguido por lavagem com água, secagem e moagem.
As terras naturais têm um poder clarificante bem inferior ao das terras ativadas, porém são bem mais baratas. O óleo neutralizado sempre contém umidade. A ação da terra clarificante é mais eficiente no meio anidro, portanto a primeira etapa do branqueamento é a secagem, feita de maneira contínua no processo de neutralização ou no branqueador à temperatura de 80 a 90° C sob vácuo (30 mm Hg) por 30 minutos. Depois se adiciona terra clarificante por sucção, agitando o óleo com temperatura de 80 a 95° C, durante 20 a 30 minutos.
Subseqüentemente, o óleo é resfriado de 60 a 70° C e filtrado por filtro-prensa. Dos vários tipos de filtro-prensa, o mais usado é o de placa, que permite a obtenção de resíduos de grande espessura. Depois da filtração, o resíduo no filtro contém aproximadamente 50% de óleo, o qual é reduzido de 30 a 35% pela aplicação de ar comprimido. Após o tratamento, o resíduo de filtragem é desprezado.
10-HIDROGENAÇÃO
É a adição de hidrogênio nas insaturações dos ácidos graxos insaturados, permitindo transformar óleos em gorduras plásticas, como a transformação de óleos
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