O ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO
Por: Mônica Barros • 17/10/2022 • Trabalho acadêmico • 3.501 Palavras (15 Páginas) • 830 Visualizações
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial-
SENAC
TAYANE SILVA DE MORAES
CELIA BARBOSA DA PAZ
ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO
Brasília
2022
TAYANE SILVA DE MORAES
CELIA BARBOSA DA PAZ
ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO
Orientador(a): Prof. Dr. Pedro Henrique
Brasília
2022
Sumário
Introdução 1
Tipo de material biológico e agentes infecciosos envolvidos. 2
Orientações e cuidados com o ferimento pós-acidente com material biológico perfurocortante. 3
Recomendações iniciais ao acidentado após a ocorrência do incidente 4
A testagem rápida e os casos indicativos de Profilaxia Pós-exposição (PEP). 4
Indicativos para Profilaxia Pós-exposição (PEP) 5
PROFILAXIA 6
HIV: 6
Hep B: 6
Hep C: 6
Acolhimento e condutas a serem realizadas ao acidentado e paciente-fonte pós-acidente. 7
Paciente fonte desconhecido 7
Encaminhamentos para exame laboratorial, vacinas e Profilaxia pós-exposição. 8
Alta do acidentado pelo infectologista 10
Prescrição Médica das Drogas profiláticas e terapêutica em caso de exposição com paciente fonte, positiva e fonte negativa de HIV 10
Conclusão 12
Referências: 13
Introdução
Muitos micro-organismos podem estar presentes no sangue ou na saliva, como consequência de bacteremia ou viremia associada a infecções como: Sífilis, Tuberculose, Difteria, Sarampo, Rubéola, Herpes, citomegalovírus (CMV), hepatites viróticas, vírus da imunodeficiência humana (HIV), virose linfotrópica pela célula T humana (HTLV 1 e 2), Príons e outros mais. Essas infecções podem ser transmitidas pelo contato de superfície não íntegra com fluidos corpóreos contaminados, pela via respiratória e através de acidentes com instrumentos perfurocortantes e/ou rotatórios contaminados. Mesmo que o profissional esteja devidamente equipado com os Equipamentos de Proteção Individuais (EPI), há risco de contaminação.
Diversos altores apontam que, os motivos para o acontecimento dos acidentes com exposição de material biológico: pouca experiência profissional, condições inadequadas de trabalho, ausência ou inadequação de equipamentos de proteção, cansaço físico e mental, necessidade de maior agilidade na realização das atividades de rotina, manuseio de material perfuro cortante, manipulação de material biológico, dentre outros.
Os serviços de saúde devem adotar medidas preventivas, como imunização e implantação de protocolos de biossegurança. Deve-se utilizar Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) e Coletivos (EPC), manter a caderneta de vacinas sempre atualizada e realizar uma correta anamnese.
Tipo de material biológico e agentes infecciosos envolvidos.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS)[1], a exposição a material biológico pode ser feita através de sangue e fluidos orgânicos com alta possibilidade de infecção, são eles: sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico. Já, os fluidos orgânicos que não tem potencialidade de infecção, são: suor, lágrima, fezes, urina e saliva, se eles são estiverem contaminados com sangue.
De acordo com World Gastroenterology Organisation Practice Guidelines (WGOPG): Acidentes com Agulhas e Exposição Acidental a Sangue, esta exposição pode ser feita por meio de picadas de agulhas, cortes, mordidas, ou respingos traz o risco de infecção por vírus de transmissão parenteral como os das hepatites B (HBV[2]), C (HCV[3]) e da imunodeficiência humana (HIV[4]). Seus riscos de transmissão após exposição acidental são:[pic 1][pic 2]
- Risco HBV= 5 - 40%
- Risco HCV= 3 - 10%
- Risco HIV = 0.2 - 0.5%
A WGOPG[5], afirma ainda que, a hegemonia do HBV é maior que a média em consumidores de drogas endovenosas, homens homossexuais e na população de países em desenvolvimento. A prevalência do HCV é maior em politransfundidos[6], pacientes de diálise e usuários de drogas endovenosas.
A predominância do HIV também é sobressalente em homens homossexuais, usuários de drogas injetáveis e na população de áreas aonde essa condição é endêmica. A WGOPG aponta que, tais acidentes tendem a ocorrer nas situações seguintes:
- Durante reencapamento das agulhas
- Durante cirurgias, especialmente na sutura
- Durante biópsias
- Quando uma agulha desencapada é deixada nas roupas de cama, roupas cirúrgicas, etc.
- Ao levar a agulha desencapada ao coletor
- Durante a limpeza e transporte do material contaminado
- Quando em uso de técnicas mais complexas de punção e coleta
- Em departamentos de urgências e emergências
- Em intervenções de grande stress (endoscopia diagnóstica ou terapêutica em pacientes com hemorragia digestiva)
É importante ressaltar que a exposição acidental a sangue por picada de agulha é, provavelmente, um dos mais recorrentes acidentes de trabalho na área de saúde.
Orientações e cuidados com o ferimento pós-acidente com material biológico perfurocortante.
[pic 3]
Em principal é que, primeira ação a ser executada, em caso de exposição ao material provavelmente contaminado, é lavar a região de forma intensa com água e sabão. Depois que a limpeza for feita o profissional reportará ao(à) superior(a) o ocorrido com as explicações referentes ao incidente.[pic 4]
Com o recebimento da informação o(a) superior(a) terá que informar imediatamente ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), o setor tomará nota e por tanto as ações cabíveis para resolução do incidente como os exames a serem feitos. Por ser considerado um acidente de trabalho o setor de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deverá ser avisado.
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