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Isolamento de óleos essenciais cravo da Índia

Por:   •  10/4/2018  •  2.268 Palavras (10 Páginas)  •  817 Visualizações

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O processo de extração das essências depende de uma série de fatores, tais como: sua localização no vegetal, suas propriedades físico-químicas e a finalidade a que se destina. A grande maioria pode ser isolada dos tecidos vegetais com arraste a vapor. Os constituintes de um óleo essencial podem ser separados por: destilação fracionada a pressão reduzida, cristalização ou cromatografia. A técnica de extração pelo arraste de vapor permite a separação de componentes voláteis ,sem necessidade de temperaturas elevadas, evitando-se assim, a sua decomposição térmica. [3]

O Óleo essencial de Cravo da Indía (Eugenia Caryophyllata)

O cravo é uma planta usada como tempero desde a antiguidade. Era uma das mercadorias entre as especiarias da China que motivaram inúmeras viagens de navegadores europeus para o continente asiático. Na China os cravos eram usados não só como condimentos, mas também como antisséptico bucal. Viajantes arábicos já vendiam cravos na Europa ainda no Império Romano. O cravo também tem sido utilizado há mais de 2000 anos como uma planta medicinal. [2]

O óleo de cravo é um potente antisséptico. Seus efeitos medicinais compreendem o tratamento de náuseas, flatulências, indigestão, diarreia, tem propriedades antibactericidas e antivirais e é usado também com anestésico para o alívio de dores de dente. [2]

O conteúdo total de óleo em cravos (de boa qualidade) chega a 15%. O óleo é constituído, basicamente, por eugenol (70 a 80%), acetato de eugenol (15%) e B- cariofileno (5 a 12%). [2]

[pic 3]

O eugenol (4-alil-2-metoxifenol,1) é isolado do óleo de cravo da índia (Eugenia caryophyllata ), pela técnica de destilação por arraste a vapor. Uma vez obtido o eugenol, este deverá ser separado da solução aquosa através do funil de separação adicionando um solvente organico que pode ser: éter etílico, cloroformio, diclorometano e hexano em que as essencias são solúveis, devido a polaridade formando portanto, duas fases distintas. [3]

2 – Objetivo:

Isolamento do eugenol, acetileugenol e ß-cariofileno a partir do cravo da indía pelo arraste de vapor.

3 – Materiais e Reagentes

Materiais:

- Balão de fundo redondo (250ml)

- Adaptador para frasco coletor

- Cabeça de destilação simples

- 5 presilhas (clipes) de segurança

- Tubos de látex

- Condensador de liebig

- Pedaço de porcelana

- Manta de aquecimento

- Termômetro ( 0- 100 ºc), com junta esmerilhada

- Suportes com hastes e garras

- Provetas

- Becker

- Espátula

- Cadinho

- Pissete

- Pistilo

- Capela

- Balança

- Funil de separação

Reagentes :

- Cravo da Índia

- Água destilada

- Éter etílico

- Sulfato de Sódio

4 – Procedimento:

Pesou-se 5,13g de cravo da índia e transferiu para o cadinho e foi triturando com o pissete até que ficasse bem triturado.

Colocou-se os cravos da índia no balão de fundo redondo e alguns pedaços de porcelana (que possuem em sua cavidade quantidades de ar que impede que as bolhas de ar exaladas na reação emanem diretamente para a superfície, elas passam por estes poros deixando a ebulição mais regular).

Mediu-se 100 ml de água destilada e adicionou-se no balão junto com os cravos da índia.

. Iniciou-se a destilação, aquecendo lentamente a mistura observando o comportamento dos vapores na destilação simples. Deixou-se destilar até atingir 30 ml do destilado.

Passou-se a mistura destilada para um funil de separação e levou para capela. Mediu-se 10 ml de éter etílico e juntou-se no funil. Tampou-se o funil, agitou-se e equalizou-se. Quando colocou o funil de separação no suporte e deixou repousar por 1 minuto, observou-se duas fases na mistura.

Abriu-se a torneira e recolheu-se toda a fase aquosa que foi colocado em um backer, ficando apenas o óleo no funil onde foi recolhido e colocado numa proveta.

Retornou-se com a fase aquosa para o funil e mediu mais 10 ml de éter etílico e adicionou no funil .e fez-se o mesmo procedimento anterior.

Repetiu pela ultima vez todo o procedimento anterior.

Deixou-se o óleo recolhido secando na capela para evaporação do éter etilico e ficar somente o óleo essencial (eugenol).

A tutora pesou a quantidade de óleo que obtivemos com a destilação.

OBS.: Não foi feito a secagem do óleo essencial obtido com o dessecante sulfato de sódio devido ter restado apenas 0,5 g de óleo, isto porque utilizamos apenas 5,13g do cravo da índia.

5 – Resultados e Discussões:

Assim que colocamos a mistura para ser destilada, verificamos o termômetro e a pressão já estava a 24ºC, confirmando que a pressão de vapor nunca é zero, que em qualquer temperatura, todos os líquidos estão evaporando.

Assim que juntamos a água com os cravos da indía ja notamos uma coloração na água, informando que as substâncias do cravo já estavam se separando.

Iniciou-se a destilação quando atingiu a temperatura de 98ºC. E verificamos que estava saindo uma solução aquosa de coloração esbranquiçada confirmando que estava sendo extraído o óleo essencial do cravo da indía.

Passou-se a mistura destilada

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