Artigo Educação de química através de truques de mágica
Por: eduardamaia17 • 12/9/2018 • 4.413 Palavras (18 Páginas) • 300 Visualizações
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Esse trabalho visa estimular a prática de experimentos em sala de aula, expor a sua importância, despertando assim a curiosidade e chamando a atenção dos alunos do ensino médio. A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho está baseada na demonstração em sala de aula de mágicas envolvendo princípios químicos e suas explicações fundamentadas em simples conceitos da química, partindo de uma demonstração aparentemente fantástica, como é o apelo visual dessas mágicas, para prender a atenção dos alunos. E que podem ser facilmente aplicadas, relacionando-as com os conteúdos estudados em química no ensino médio. Desta forma, estabelece-se uma relação equilibrada entre a prática e a teoria, a maior frequência na produção de experimentos em aula levará a uma maior assimilação dos conteúdos pelos alunos. Além de estimular o interesse pela matéria e aproximá-la do cotidiano do aluno, enriquecendo o aprendizado individual.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 OBJETIVOS GERAIS
Estimular a prática de experimentos no ensino médio, promovendo o aprendizado da química. Trazer para dentro da sala de aula experimentos químicos de uma maneira impactante e inovadora através de mágicas que utilizem princípios químicos, associando-os aos conteúdos estudados no ensino médio, estimulando assim o aprendizado de uma forma atrativa e lúdica.
1.2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
- Incentivar a prática de experimentos em aula;
- Melhorar a assimilação dos conteúdos;
- Aproximar a química à realidade e ao cotidiano dos alunos de uma forma inovadora.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s (1999), o “Ensino de Química” deve oportunizar ao aluno desde uma compreensão dos processos químicos, até a construção de conhecimentos científicos com relação as aplicações tecnológicas, suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.” Confirmando a importância de desenvolver novas maneiras e metodologias de abordar os conteúdos, buscando sempre tecnologias inovadoras para uma aula mais dinâmica e atrativa.
Para Vigotsky (2001) a atividade de demonstração experimental em sala de aula, particularmente quando relacionada a conteúdos de Química, apesar de fundamentar-se em conceitos científicos, formais e abstratos, tem por singularidade própria a ênfase no elemento real, no que é diretamente observável e, sobretudo, na possibilidade de simular no micro-cosmo formal da sala de aula a realidade informal vivida pela criança no seu mundo exterior. Grande parte das concepções espontâneas, senão todas, que a criança adquire resultam das experiências por ela vividas no dia a dia, mas essas experiências só adquirem sentido quando ela as compartilha com adultos ou parceiros mais capazes, pois são eles que transmitem a essa criança os significados e explicações atribuídos a essas experiências no universo sócio-cultural em que vivem.
Pode-se inferir, portanto, que a utilização da demonstração experimental de um conceito em sala de aula acrescenta ao pensamento do aluno elementos de realidade e de experiência pessoal que podem preencher uma lacuna cognitiva característica dos conceitos científicos. Em outras palavras, a atividade experimental de demonstração compartilhada por toda classe sob a orientação do professor, em um processo interativo que de certa forma simula a experiência vivencial do aluno fora da sala de aula, enriquece e fortalece conceitos associados a essa atividade e pode oferecer os mesmos elementos de força e riqueza característicos desses conceitos para a aquisição dos conceitos científicos que motivaram a apresentação da atividade (VIGOTSKY, 2001).
Com uma variada gama de artigos e trabalhos sobre o ensino de ciências, Nardi (1998) acredita que, de forma geral e ampla, tais pesquisas apresentam um traço comum: a busca de uma compreensão mais clara e profunda dos vários elementos que caracterizam o ensino das ciências, pretendendo assim gerar adequações ou modificações nas práticas pedagógicas e metodológicas do professor em sala de aula. Segundo ele a constituição do processo de aprendizagem se caracteriza de forma bem ampla por três aspectos:
a) cada pessoa constrói individualmente seus próprios significados para as experiências que vivencia;
b) por ser individual, essa construção é diferente para cada pessoa;
c) muitas dessas construções envolvem a ligação das novas ideias e experiências com outras, que a pessoa já sabe e acredita.
Afirma-nos Maluf (2003) que o universo do brincar em aula, não é visto apenas como uma diversão, mas como uma etapa da educação, pelas próprias características da idade do aluno, pelo gosto, prazer e aprendizado, promovendo então uma preparação para a vida, contribuindo para a construção da sua personalidade.
Independentemente das perspectivas construtivas do processo de aprendizagem tem sido proposto que as atividades de ensino empregadas nas aulas de diferentes disciplinas escolares sejam planejadas de modo a aproveitar, desenvolver, complementar e transformar as ideias, teorias e conhecimentos que os alunos trazem consigo (NARDI, 1998).
Retomando ao que já foi citado anteriormente, segundo Nardi (1998), é importante que os professores estejam atentos a enorme distância que tende a se estabelecer entre o mundo da ciência e o mundo do cotidiano. Os chamados pontos de contato entre prática e teoria localizam-se geralmente em temáticas do cotidiano e da atualidade. Em todos os cursos de capacitação ou atualização para professores da rede pública, a ausência de atividades experimentais, as chamadas aulas práticas, é frequentemente apontada pelos professores como uma das principais deficiências no ensino das disciplinas científicas no ensino fundamental e médio, por diversas e bem conhecidas razões. Se por um lado isso indica que há alguma percepção da importância da experimentação na ciência, por outro lado, Nardi (1998) observa também que os principais argumentos utilizados pelos professores para justificar a necessidade das atividades experimentais se apoiam majoritariamente em uma concepção de ciência ultrapassada e há muito tempo criticada pelos filósofos da ciência:
Podemos citar, por exemplo, a falta de laboratórios e equipamentos no colégio, número
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