CONSTRUÇÃO CIVÍL: IMPACTOS AMBIENTAIS NOS CANTEIROS DE OBRAS
Por: Kleber.Oliveira • 30/4/2018 • 2.198 Palavras (9 Páginas) • 386 Visualizações
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OBJETIVO GERAL
O objetivo geral desta pesquisa é identificar alterações no processo de planejamento e gestão de obras na construção civil e suas possíveis adequações aos conceitos, gestão e práticas de construção sustentável, em particular para o caso da construção de edifícios, para se construir algo ecologicamente correto. Portanto, apesar da busca de ações locais direcionadas a sustentabilidade, devemos sempre ter no horizonte a relação com o processo global. A ONU adota desde 1983 o conceito formal de desenvolvimento sustentável como “aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”. As estratégias de busca do desenvolvimento sustentável devem atuar em três dimensões da sustentabilidade: ambiental, sócio-cultural e econômica. O objetivo deve ser o equilíbrio entre as dimensões ambiental, sócio-cultural e econômica, sendo definidas como metas as ações “ambientalmente responsáveis, socialmente justas, economicamente viáveis” - Triple Bottom Line (figura 1).
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Como objetivos específicos foram estabelecidos:
- Identificar e apresentar os requisitos necessários para obter certificação “verde” na construção civil;
- Identificar e apresentar produtos e processos utilizados nas construções;
- Identificar e apresentar os requisitos necessários à gestão de resíduos;
- Identificar e apresentar diferenciais e impactos negativos
- Identificar e apresentar alterações de custos na construção sustentável em relação à construção convencional e o impacto no aspecto comercial do empreendimento.
- Identificar e apresentar medidas para reutilização, reciclagem, gestão de desperdício e separação seletiva dos resíduos;
JUSTIFICATIVA
- A minimização dos impactos negativos pressupõe o conhecimento de suas causas. Assim, embora os impactos sejam o problema, os aspectos ambientais e as atividades relacionadas devem ser investigados quanto a ocorrência e intensidade.
- Assim, o conhecimento da intensidade dos impactos e suas consequências para os meios físico, biótico e antrópico, permitem a sua priorização. E mais, deve-se ainda saber em que medida todos aqueles que sofrem impactos consideram-se prejudicados, como o pessoal que trabalha na obra, os fornecedores, o empreendedor, os projetistas, a vizinhança e, mesmo, a sociedade como um todo.
REVISÃO TEÓRICA
Historicamente temos vários marcos científicos que contribuíram para percepção de insustentabilidade do atual modelo de desenvolvimento (MEBRATU, 1998; GAUZIN-MULLER, 2002; SZABÓ, 2005; UNITED NATIONS, 2008; UNEP, 2008). Em 1968, o Clube de Roma, reunião de intelectuais que procuravam fazer projeções para o futuro, publica The limits of growth (Os limites do crescimento). O estudo contrapõe o crescimento exponencial da população diante da finitude dos recursos do planeta, e conclui que isto provocaria uma crise sem precedentes na história humana. Em 1972, a ONU realiza a Conference on the Human Environment (Conferência sobre o meio ambiente humano) em Estocolmo. Na conferência discutiram-se as responsabilidades dos países ricos, com o consumismo exagerado, e dos países pobres, com a explosão demográfica, na situação ambiental. A declaração da conferência trata do direito das gerações futuras e da atual do usufruto criterioso dos recursos naturais para evitar seu esgotamento. Na década de 80 é publicado o livro Ecodevelopment (Ecodesenvolvimento) de Ignac Sachs. O livro propõe o desenvolvimento baseado em três pilares: eficiência econômica, justiça social e prudência ecológica. Em 1983, a ONU cria a Comissão Mundial sobre Ambiente e Desenvolvimento (WCED) e adota formalmente seu conceito de desenvolvimento sustentável. Esta comissão tinha como objetivo propor estratégias de longo prazo para alcançar um desenvolvimento sustentável por volta do ano 2000. Em 1987, o WCED publica um relatório Our common future (Nosso futuro comum) também conhecido como relatório Brundtland. O relatório conclui que o uso excessivo dos recursos naturais é um processo que vai provocar o colapso dos ecossistemas, e propõe que a busca de soluções seja tarefa comum a toda humanidade. A comissão recomenda a convocação de uma conferência sobre esses temas. Vol. 4, nΟ 1, Maio de 2009 Gestão & Tecnologia de Projetos 87 Em 1988 o filósofo Andrew Brennan publica o livro Thinking about Nature, no qual propõe que o papel da ecologia é mostrar como o homem deve agir nas comunidades urbanas complexas ao invés de procurar explicações para os problemas ambientais. Segundo o filósofo, temos que perceber o nosso interesse como sociedade, e como eles estão amarrados na situação, para então considerar os princípios contidos na equação ambiental. Em 22 de dezembro de 1989, a ONU aprova em assembleia extraordinária, uma conferência sobre meio ambiente e desenvolvimento, dando início a Agenda 21. Em 1992 é realizada a Cúpula da Terra, segunda conferência ambiental realizada pela ONU. Ela acontece no Rio de Janeiro e fica conhecida como Eco’92 ou Rio’92, reunindo 108 chefes de estados. Na conferência é colocado que “a humanidade se encontra em um momento de definição histórica”. São discutidos planos de ações para preservar os recursos do planeta e maneiras de eliminar o abismo entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento. As nações desenvolvidas defendiam o direito a um ambiente saudável, enquanto que as em desenvolvimento destacavam a necessidade destas se desenvolverem. Como resultado da Eco’92, tem-se o documento da Agenda 21, com 2500 recomendações de estratégias de conservação do planeta e metas de exploração sustentável dos recursos naturais que não impeçam o desenvolvimento de nenhum país. A Agenda 21 estabeleceu a importância de cada país se comprometer, global e localmente, na reflexão sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para um desenvolvimento sustentável. Cada país desenvolveu a sua Agenda 21, que é um plano de ação para ser adotado por governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente. No Brasil as discussões foram coordenadas pela Comissão de
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