PATOLOGIAS EM FUNDAÇÕES: CASOS OCORRIDOS EM LONDRINA

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A patologia das fundações remete ao estudo das causas e consequências de deficiências encontradas em levantamentos, elaborando seu diagnóstico e reparação. Rachaduras, manchas, descolamentos, deformações e rupturas, são exemplos destas deficiências que devem retificar-se. A exemplificação das causas destas falhas torna-se de fundamental importância para que o desempenho e os princípios básicos da segurança da edificação não sejam afetados.

Com base nisso, o propósito deste artigo é definir, reconhecer os diversos tipos de manifestações patológicas frequentes no estudo de fundações, exemplificar casos e analisar danos causados nas edificações, retratando possíveis soluções viáveis.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento e a elaboração do artigo, realizaram-se pesquisas em trabalhos acadêmicos disponíveis virtualmente, que abordam as patologias em fundações, consultas de periódicos encontrados na biblioteca da Unifil e análise de casos ocorridos em publicações no município de Londrina.

DESENVOLVIMENTO

Segundo Silva (2011), o termo Patologia, de origem grega (páthos, doença, e logos, estudo), tem como denominação o estudo entre diversas áreas da ciência que variam de acordo com os ramos de suas atividades. Contudo, apesar do aprofundamento em estudos investigativos referentes às alterações estruturais, é comum ver situações em que sua aplicação se dá de forma errônea, resultado da falta de qualificação e conscientização profissional da importância do emprego da terminologia de forma correta.

Na construção civil, entende-se por patologias as irregularidades e fatores que deterioram os projetos estruturais, inclusive em acabamentos. As reações exercidas pelas cargas nas edificações devem durante todo o projeto ser inspecionadas de forma que a perda de resistência devido a algum tipo de patologia não acarrete o comprometimento de toda a estrutura.

Os diferentes parâmetros que contribuem para a degradação das construções são decorrentes de inúmeros fatores, como variações de temperatura, reações químicas, vibrações, erosão, e, um dos mais sérios, o fenômeno da corrosão das armaduras do concreto armado, que ocupa um importantíssimo fenômeno patológico, contribuindo de sobremaneira para a degradação da construção (GRANATO, 2002).

De acordo com Schwirck (2005), fundação é um elemento de transição entre a estrutura e o solo, seu comportamento está ligado ao que acontece com o solo quando submetido a carregamento. No mesmo momento em que as patologias são decorrentes dos inúmeros riscos que podem ocorrer durante a fase construtiva na construção, ou pela falta de conhecimento do solo, o que implica na vida útil das fundações.

Em função disto, as fundações são as responsáveis por rachaduras, fissuras, trincas e outras lesões em prédios, inclusive o recalque diferencial que se sobressai como um dos problemas mais frequentes dentro do estudo de fundações. Existem também situações nas quais os solos apresentam deformações ou variações volumétricas não provocadas pelo carregamento das fundações, podendo resultar em patologias (RIBEIRO, 2014).

As patologias das fundações podem proceder entre diversas etapas da construção civil desde a caracterização do comportamento do solo até a execução das fundações, incluindo entre elas a análise do projeto e englobando eventos pós-conclusão das fundações. (MILITISKY, 2005)

- ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE FUNDAÇÕES

De acordo com Velloso & Lopes (2004), existem elementos necessários para o desenvolvimento do projeto de fundações, sendo estes: topografia da área, dados geológico-geotécnicos, dados da estrutura a construir e dados sobre construções vizinhas. Estes dados devem ser analisados durante a análise do local aonde será empregada a construção, pois através destes, juntamente com a discussão entre os profissionais envolvidos no projeto e na execução, serão definidos os deslocamentos admissíveis e os fatores de segurança a serem aplicados ás diferentes cargas ou ações das estruturas.

- PRINCIPAIS CAUSAS DE PATOLOGIAS EM FUNDAÇÕES

Uma fundação surge da necessidade em transmitir cargas ao solo a partir da construção de uma estrutura. Seu comportamento ao longo do tempo pode ser afetado por diversos fatores, desde aqueles decorrentes do projeto, passando pelas técnicas construtivas e por fim, acontecimentos pós-implantações, incluindo uma possível degradação da mesma.

O êxito ou fracasso de uma fundação, assim como a possibilidade do surgimento de patologias, pode depender de uma imensa variedade de aspectos, e deve-se conhecer e caracterizar suas origens e possíveis mecanismos deflagradores, a fim de evitar ou reparar tais falhas.

- INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO

Dentre as causas possíveis de patologias em fundações, estão a ausência ou falhas nas investigações do solo em que a mesma será implantada. Esta é a causa mais frequente de problemas em fundações. Visto que o solo é o meio que irá suportar as cargas, sua identificação e caracterização de seu comportamento são fatores essenciais à solução de qualquer problema.

A ausência da investigação do subsolo é um problema típico de obras de pequeno porte, em geral devido a questões econômicas, mas também ocorre em obras de médio porte, sendo esta pratica inaceitável. As falhas geradas se caracterizam por erro de localização, procedimentos fraudulentos, influência da vegetação, presença de matacões, estacas de tipo inadequado ao subsolo, geometria inadequada, tensões de contato excessivas, entre outras.

Em casos onde são realizadas sondagens, as mesmas podem se mostrar inadequadas à identificação de aspectos que podem comprometer a estrutura das fundações. Dentre os problemas que podem ocorrer, estão o número insuficiente de sondagens, profundidade de investigação insuficiente, propriedades de comportamento não determinadas por necessitar ensaios especiais, e situações com grande variação de propriedades.

Podem ocorrer também falhas nas investigações do subsolo, que podem comprometer futuramente a fundação. São comuns erros como execução feita em local incorreto, adoção de procedimentos indevidos ou ensaio não padronizado, uso de equipamento com defeito, falta de nivelamento das perfurações, má descrição do tipo de solo, entre outros. Este tipo de falha