Os Compósitos da Construção Civil

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Abaixo, imagens de microscopia eletrônica que apontam as rugosidades e cavidades antes e depois do tratamento, conferindo uma maior aderência da fibra na matriz cimentícia.

Figura 2 – Fibra de coco in natura

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Fonte: Artigo Acadêmico – RJ/2008¹

Figura 3 - Fibra de coco após tratamento com NaOH

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Fonte: Artigo Acadêmico – RJ/2008²

2.2 TESTE E UTILIZAÇÃO DAS FIBRAS DE COCO

As fibras de coco são utilizadas, geralmente, com matriz de cimento do tipo Portland, argamassas e até mesmo em biocompósitos de poliuretanos, por conta de suas baixas alcalinidades, o que permite melhor resistência ao composto.

As normas que regem a quantidade e limites de resistência a impactos, tração, elasticidade, são: NBR 07211/1983 que fala sobre os agregados para concreto; e mais específica NBR 8451:1998 que trata dos postes de concreto armado para redes de distribuição elétrica.

Abaixo tabela de propriedades mecânicas de fibras vegetais e convencionais usadas como reforço:

Tabela 1 - Propriedade mecânica de fibras vegetais

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Fonte: Bledzki e Gassan, 1999.

Testes demonstraram que a inclusão da fibra de coco na matriz cimentícia pôde aumentar, significativamente, sua resistência à tração, deformidades, rachaduras, ações do tempo (chuva, vento, calor, frio) e umidade, e também proporcionar uma economia de cerca de 3% no uso do cimento.

Abaixo figura de um corpo de prova de argamassa reforçada com fibra de coco após ruptura em teste.

Figura 4 - Corpo de prova de argamassa FC 25,0 rompido

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Savastano Júnior & Pimentel (2000) e Arsène et al. (2013)

Em relação ao comportamento observado após a ruptura do corpo de prova verifica-se um aumento da ductilidade do compósito pós-fissuração, quanto à argamassa de referência; na argamassa FC 25,0, por exemplo, as fibras mantiveram as faces das fissuras unidas não permitindo, assim, a perda da continuidade do material e evitando sua ruptura brusca, evidenciando a maior capacidade de deformação que a fibra promoveu na argamassa. (Resistência à compressão de argamassas em função da adição de fibra de coco, 2014)

É interessante observar que os postes de energia elétrica construídos através de compósitos de fibras naturais e cimento apresentam grandes vantagens, além de maior rigidez e ductilidade, conferem a comunidade em geral uma segurança maior, pois é possível que em colisões, ou por ação do tempo, sejam reduzidos os danos do material como estilhaçamento ou desplacamento dos destroços.

Abaixo imagem de postes construídos com material compósito e um esquema de layout de produção de painéis “cimento-madeira” (termo utilizado para matrizes cimentícias reforçadas com fibras vegetais).

Figura 2 – Postes de instalações elétricas¹

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Figura 3 – Layout de produção de painéis²

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3 CONCLUSÃO

Conclui-se que, para serem utilizadas, as fibras de coco precisam passar por tratamento e testes de resistência que comprovem sua eficácia na utilização em construções.

Além disso seu uso auxilia na diminuição de impactos ambientais e ainda reforça objetos de suma importância para a sociedade.

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REFERÊNCIAS

SILVA, Everton J. da. Degradação da fibra de coco imersa em soluções alcalinas de cimento e NaOH. 2014. vol. 19 no.10. Artigo Acadêmico (Bolsista Fabesp) – Universidade Estadual de Santa Cruz, BA, 2015 Disponível em: >. Acesso em 01 nov. 2015.

FERRAZ, Joana Mendes. Produção e propriedades de painéis de fibra de coco verde (Coco nucifera L.) em mistura com cimento Portland. 2011. Dissertação de mestrado (Programa de pós graduação) Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2011. Disponível em: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/7809/3/2011_JoanaMendesFerraz.pdf>. Acesso em 01 nov. 2015.

BONATO, Marcelle Maia. Desemprenho mecânico e ambiental de concretos e argamassas de cimento Portland com substâncias minerais, orgânicas e fotocatalíticas. 2014. Tese (Doutorado em Engenharia e ciências dos materiais) Universidade Federal do Paraná, PR, 2014. Disponível em: http://www.pipe.ufpr.br/portal/defesas/tese/64.pdf> Acesso em 03 nov. 2015.

BONATO, Marcelle Maia; Resistência mecânica e corrosão de concreto com adição de fibras de coco em ambiente salino. 2012. no. 17. Artigo científico, Universidade Federal do Paraná, PR, 2012. Disponível em: Acesso em 03 nov. 2015.

BONATO, Marcelle Maia; Argamassas fotocatalíticas e concretos com adição de fibras de coco e sisal para a redução de impactos ambientais de gases poluentes. 2014. no. 537-545. Cerâmica 60. Artigo científico, Universidade Federal