Resenha capítulo: Fisica Moderna Caruso
Por: Salezio.Francisco • 5/4/2018 • 2.817 Palavras (12 Páginas) • 413 Visualizações
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Com o surgimento da Escola Pitagórica cujo ideal era o estudo da Matemática veio seus seguidores, os pitagóricos que argumentavam que a matemática e a essência dos números eram o princípio de todas as coisas
Platão com sua geometrização, afirmou que um corpo físico é simplesmente uma parte do espaço que é limitado por superfícies geométricas, as quais não contem nada além do vazio. Para os pensadores gregos a compreensão da natureza precisava de um tipo de ordem, a necessidade de reconhecer simetrias: tudo em busca de uma Unidade. Para Tales essa unidade era a água, Heráclito o fogo e Platão, a geometria. A simetria e a geometria platônica tiveram grande impacto na Astronomia do século XVI com Nicolau Copérnico ao escrever sobre a revolução dos orbes celestes.
Um dos célebres pensadores da época, Aristóteles, era contra a teoria atomista, pois defendia um Cosmos finito e ordenado, sendo a Terra ao seu centro. Ele tenta considerar a forma como espécie de princípio, ideia diferente dos atomistas que consideravam uma segunda característica dos átomos. Defendia o senso comum e o papel fundamental dos sentidos ideologias negadas na teoria atomista. Platão acreditava no telos, um fim, uma perfeição suprema onde todas as transformações acontecem que era base a base do princípio teológico. [pic 6][pic 7]
Capítulo 2 – As origens do atomismo científico: contribuições da Química
O século XV, com a invenção da imprensa, surge uma tendência em geometrizar o desenho que antecede a pintura com destaques dados aos pintores renascentistas Mosaccio, Piero dela Francesa e Raffaello todos marcados pelo uso da perspectiva, o livro destaca essa passagem como um presságio para a geometrização da Física.
Com o Renascimento quebra-se o uso da cosmovisão religiosa usada na Idade Média e valorizando o relacionamento entre o homem e a natureza. Copérnico e Kepler contribuem para a geometrização na Astronomia e Descartes funda a Geometria Analítica e uma nova Filosofia através da publicação do seu livro Principia Philosophiae onde são mostrados os princípios gerais da Física, detalhes de fenômenos terrestres e celestiais e fundamentos de seu sistema filosófico. Em seu projeto filosófico buscava explicação de fenômenos físicos a partir de partículas ou corpúsculos que não devem ser identificados como átomos.
Descartes não aceitava a ideia de partículas indivisíveis e baseava na sua essência de extensão, a propriedade fundamental da matéria, algo que tem dimensões. O conceito de massa era algo desconhecido para ele cabendo para Newton, mais tarde, iniciar os primeiros passos para o Mecanicismo.
Nos primeiros séculos da era cristã, as preocupações com a essência da matéria era algo longe do pensamento humano, tudo era voltado apenas paras problemas morais e teológicos. Apenas na Idade Média todas essas questões de elementos fundamentais foram recolocados pelos alquimistas. Entre os séculos XVI e XVII as Ciências Naturais ganham impulsos a partir de novas descobertas, observações astronômicas e inovações na física e na astronomia.
Em XVII, Galileu explica fenômenos através de causas naturais deixando causas religiosas de lado e utilizando o pensamento renascentista que resgatava os ideais da Antiguidade sobre atomismo e materialismo, gerando grande interesse entre os cientistas. Mesmo com todo esse pensamento renascentista, Galileu deixa de defender os ideais antigos sobre atomismo e adotando um atomismo mais pragmático (redução a pontos mais matemáticos).[pic 9][pic 8]
Gassendi interessado no significado de atomismo deduziu que átomos deveriam ser dotados de tamanho, forma, peso e divisíveis, já para Boyle a matéria seria indestrutível e composta de átomos e vazio e que o mundo operasse pela forma e movimento. No entanto sua maior preocupação era com as propriedades químicas dos átomos sem tanto com as propriedades mecânicas.
A base da filosofia newtoniana é a lei do movimento. Newton combinou o atomismo clássico com seu conceito de gravidade para explicar variação de densidade da matéria, e também fez tentativas em quantificar a lei de força de atração química que ajudou no desenvolvimento da química.[pic 11][pic 10]
Johann Joachin Becher ainda inspirado nos quatro elementos primordiais, os corpos eram constituídos de ar, água e três tipos de terras: a terra mercurial, vítrea e gorda (ou inflamável). Becher acreditava em um agente transformador que atuaria na matéria fazendo a transformação do corpo queimado a partir da expulsão da sua parte mais volátil “terra piguis” eliminado pelo fogo o que seria mais tarde chamado de combustão. Então, em 1697 George Ernst Stahl desenvolveu a teoria do flogístico admitindo que todas as substancias teriam matéria ígnea o que seria para Becher a “terra piguis”. Herman Boerhaave, médico, botânico e químico holandês definiu fogo como sendo substancia imponderável e não tinha nenhuma relação com átomos, uma matéria poderável. Mais tarde esse fogo foi chamado de calórica pois era responsável pela mudança de estado físico da matéria e junto com ele o flogístico que explicava a oxidação de um metal durante combustão.
Passando aproximadamente 80 anos depois de Stahl, Joseph Priestley isolou o oxigênio através de observações durante o aquecimento de oxido de mercúrio que o fez considerar o oxigênio de “ar desflogisticado”, Lavousier reconheceu os estudos de Priestley e interpretou o papel do oxigênio nos processos de calcinação, combustão e respiração. Obteve grande sucesso pois se baseou em fatos experimentais e também foi o criador da balança afirmando que para o químico toda mudança poderia ser mensurada e explicada.[pic 12]
Dalton com sua teoria atômica não especulativa, mas sim cientifica, desempenhou um papel importante que foi o desafio da medição do peso atômico dos elementos químicos. Ele também admite que os átomos são rodeados por uma nuvem imponderável de calórico. Em resumo, a teoria de Dalton visava que todo elemento químico possuía átomos, e que os átomos de um mesmo elemento possuíam as mesmas propriedades em reações químicas; nenhum átomo desaparece ou se transforma em outra coisa, e geralmente podem formar substancias compostas; quando dois elementos se unem para formar uma terceira substancia, um átomo de elemento combine apenas com um átomo de outro.[pic 13]
Proust então admitiu que em uma reação química, as massas das substancias participantes guardam entre si uma relação fixa, no caso:
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