O Estresse Ocupacional

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Considera-se atendimento pré-hospitalar (APH) toda e qualquer assistência realizada, direta/indiretamente, fora do âmbito hospitalar, através dos diversos meios e métodos disponíveis, com uma resposta adequada à solicitação. A qual poderá variar de um simples conselho ou orientação médica ao envio de uma viatura de suporte básico (unidade de resgate - UR)/avançado (unidade de suporte avançado - USA) ao local da ocorrência, visando à manutenção da vida e a minimização das sequelas. Diante do cenário da prestação de serviços de emergência médica, estas operações nem sempre são prazerosas, e torna-se a cada dia mais complexas. A escassez de recursos aliada à exigência de contenção de custos e otimização do tempo de permanência são fatores que favorecem o estresse e o desgaste do profissional de atendimento de Pré-Hospitalar. Os profissionais do setor dessa área são submetidos, constantemente, à sobrecarga de trabalho mental, psíquica e física, além de pressão para tomada de decisões rápidas, fundamentais no atendimento de emergência.

Ainda, as jornadas de trabalho são extenuantes, dado o volume de usuários e a reposição d e energia desses trabalhadores nem sempre é adequada. A equipe de bombeiros militares “socorristas” se deparam com diversas situações trágicas, aliadas à necessidade de saber lidar, de forma eficiente e eficaz, com as necessidades do usuário. Os profissionais do atendimento pré-hospitalar convivem com os mais diversos agravos à saúde, envolvendo dor, sofrimento, instabilidade, morte e vida, contribuindo para a ocorrência de ansiedade, tensão, podendo evoluir para o estresse. O estressor neste caso é definido como uma situação ou experiência que gera sentimentos de tensão, ansiedade, medo ou ameaça, que pode ter origem interna ou externa. Assim, o estresse sendo um fenômeno complexo e dinâmico, merece atenção especial dos profissionais da saúde, tendo a clareza de que por mais que a subjetividade e a percepção sejam pioneiras no desencadeamento de estresse, as condições de trabalho exercem influência significativa para seu agravo.

O estresse ocupacional tem relação direta com o aumento dos níveis de depressão, ansiedade, crise de pânico e síndrome de Burnout , bem como as situações ou experiências que precipitam tensão, ansiedade, medo ou ameaça, podendo ter consequências negativas para a qualidade de vida do profissional Bombeiro Militar. Praticamente no topo da lista das profissões apontadas com maiores índices de estresse estão os da Urgência e Emergência. Diariamente, estes trabalhadores se deparam com situações de grande complexidade, relatando, após o atendimento, uma variedade de fatores, incluindo a exposição a incidentes traumáticos. Este mal vem interferindo na vida dos profissionais da área, comprometendo a vida social e sua saúde e “Burnout” A palavra significa exaustão, queimar-se por completo, (LIPP; M. E. N, 2001). Trata-se de uma fase aguda da manifestação do estresse, caracterizando-se pelo cansaço e esgotamento emocional, pela despersonalização e pela diminuição da realização pessoal, com uma auto avaliação negativa de si mesmo. Prejudicando na atuação do trabalho emergencial, ( SCHMIDT, DENISE RODRIGUES COSTA, 2009). Por sua vez, o estresse na profissão Bombeiro Militar é uma consequência da exposição a fatores de riscos de natureza psicossocial relacionados com a organização do trabalho (SANTOS FILHO; BENTO DA SILVA, 2010).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Todo brasileiro tem uma carga horária de trabalho comercial de oito horas por dia. Os bombeiros trabalham em turnos de revezamento, são 24 horas trabalhadas seguidas de 72 horas de folga. No período de trabalho os profissionais estão sujeitos a todos os tipos de estresse, provocado por situações extremas, risco de morte para vítimas de acidentes e de incêndios, risco de acidentes como resultados das ações deles e de possível insucesso em diversos procedimentos diários.

A pesquisa que foi feita com os militares do corpo de bombeiros de Minas Gerais, o resultado foi apontado que a escala, exigências organizacionais e pessoais, a violência nas cenas como dor e morte de famílias inteiras, acidentes de grande violência, perda da vítima durante o atendimento e até o orbito de colegas e o regulamento do militarismo são situações que influenciam na causa do estresse.

Realizamos estudos para poder levar ao corpo de bombeiros algumas situações para que possam minimizar e/ou combater o estresse nesta profissão, os resultados foram: Dedicar momentos para o lazer, o esporte, a família. Praticar um hobby durante as folgas, manter relações sociais fora do contexto profissional, equilibrar as tensões e cuidar de si mesmo para fortalecer a identidade.

Contudo apesar do estresse, os militares revelam que apesar do envolvimento de tantas situações tensas, para muitos bombeiros a profissão é também fonte de prazer, oferece reconhecimento diante da sociedade e se constitui em um espaço privilegiado de interação social.

Quanto ao fato da pesquisa através de entrevistas e formulários, foram feitas aos profissionais do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais na área do 10° Batalhão de Bombeiros, sendo entrevistados 50 militares.

- FORMULÁRIO

1. Você sempre planeja o que deve realizar em sua vida pessoal e profissional?

[pic 1]Sim. Planejamento é a base para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional

[pic 2]Não faço planos. Deixo as coisas acontecerem naturalmente

[pic 3]Dou prioridade apenas para um campo. É impossível conciliar ambos.

2. Atualmente no ambiente de trabalho você...

[pic 4]Sinto-me sonolento em boa parte do período

[pic 5]Já acordo cansado e me sinto assim durante todo o dia

[pic 6]Estou sempre revigorado, cheio de planos e motivado

Sempre se lembra das cenas violentas que ocorrem durante as ocorrências

3. Como é sua vida social?

[pic 7]Praticamente só saio de casa para trabalhar

[pic 8]Aproveito ao máximo meu tempo livre para passear, sair com os amigos e fazer programas diferentes

[pic 9]Tento sair algumas vezes, mas