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O Estresse Ocupacional

Por:   •  14/4/2018  •  2.099 Palavras (9 Páginas)  •  253 Visualizações

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Estresse Ocupacional

Definido como as situações em que a pessoa percebe seu ambiente ocupacional, como ameaçador a suas necessidades de realização pessoal e profissional e/ou a sua saúde física ou mental, prejudicando a interação desta com o trabalho e com o seu ambiente e, à medida que vai aumentando as demandas, a pessoa não possui os recursos adequados para enfrentá-las. COOPER em 1993 define o estresse ocupacional como “um problema de natureza perceptiva, resultante da incapacidade em lidar com as fontes de pressão no trabalho, tendo como consequências, problema na saúde física, mental e na satisfação no trabalho, afetando não só o indivíduo como as organizações” (GUIMARÃES, 2000). O estresse ocupacional ocorre quando há percepção do trabalhador da sua inabilidade para atender as demandas solicitadas pelo trabalho, causando sofrimento, mal-estar e um sentimento de incapacidade para enfrentá-las. Assim, quando temos um organismo sobre situação de “stress”, resultam-se distúrbios emocionais, mudanças de comportamento, distúrbios gastrintestinais, distúrbios de sono, sintomas psicopatológicos, com sofrimento psíquico e outros. Segundo PARAGUAY (1990), as principais fontes de estresse são Fatores ambientas (ruído, iluminação, temperatura, ventilação em níveis ou limites inadequados) e Fatores organizacionais (envolvimentos e participações no trabalho, suportes organizacionais estilo de supervisão, apoio gerencial, esquemas organizacionais, planos de carreira; organização do trabalho, com base nos aspectos mentais do mesmo, como monotonia ou sobrecarga de trabalho; ritmo de produção e de trabalho; das pressões temporais; do significado do trabalho, da natureza das tarefas) (DEJOURS, 1984). As condições de trabalho são geradoras de fatores estressantes, quando há deterioração das relações entre funcionários, com ambiente hostil entre as pessoas, perda de tempo com discussões inúteis, trabalho isolado entre os membros, com pouca cooperação, presença de uma inadequada abordagem política, com competição não saudável entre as pessoas (FRANÇA & RODRIGUES, 1999). Considerando ainda, afirmam os autores, a dificuldade individual de se adaptar a um meio dinâmico, envolvendo os seus interesses pessoais, juntamente com seu contexto psicossocial. Conjuntamente aos fatores estressantes, a vulnerabilidade orgânica e a capacidade de avaliar, de enfrentar situações conflitantes do trabalho, podem levar a uma ameaça do desequilíbrio da homeostase do organismo, com resposta somática e psicossocial, sendo os efeitos mais conhecidos os cardiovasculares, do sistema nervoso central, psicológicos e comportamentais (SOUZA et al ., 2002), além disso, as tensões nos locais de trabalho diminuem a eficiência das pessoas e consequentemente, da produtividade, gerando pressa, conflitos interpessoais, desmotivação, agressividade, isolamento, enfim, um ambiente humano destrutivo, com presença de greves, atrasos constantes nos prazos de entrega, ociosidade, sabotagem, absenteísmo, alta rotatividade de funcionários, altas taxas de doenças, baixo nível de esforço, vínculos entre as pessoas empobrecidas e relacionamentos entre funcionários caracterizados por rivalidade, desconfiança, desrespeito e desqualificação (FRANÇA & RODRIGUES, 1999).

O estresse ocupacional é uma parte do estudo do stress muito preocupante e importante, porque causa muitas consequências negativas no individuo e na organização pelos agentes estressores do ambiente de trabalho.

Cooper e Eaker, citados por Marras e Veloso (2012, p.77) salientam que o estresse deve ser eliminado da estrutura organizacional, sendo um dos objetivos gerenciais para o aumento da produtividade. Isso porque o estresse causa prejuízos, tais como absenteísmo, turnover, prejuízos advindos dos custos de saúde, queda da produtividade, entre outros.

Segundo Marras e Veloso (2012, p.79), Cooper e Eaker subdividem em cinco grupos básicos as fontes de pressão no trabalho, são eles:

- Os fatores intrínsecos ao trabalho;

- O papel na organização;

- O relacionamento interpessoal;

- A carreira ou realização e

- O clima ou a estrutura organizacional.

Os Fatores Intrínsecos ao Trabalho: Os fatores intrínsecos ao trabalho estão relacionados a sobrecarga de trabalho, de responsabilidades, grau muito alto de cobranças, prazos curtos, tarefas muito complexas e novas tecnologias.

O Papel na Organização: Segundo o modelo de Cooper, esse fator se relaciona com a ambiguidade e conflito de papeis na organização, sendo ele causado por desequilíbrios associados ao apoio e à orientação que é recebida dos superiores.

O Relacionamento Interpessoal: Nas organizações, os conflitos sociais são observados como uma grande fonte de pressão, pois podem acabar com o relacionamento dos funcionários, causando isolamento, rivalidade, falta de suporte dos colegas etc.

A Carreira ou Realização: Esse tópico refere-se à satisfação pessoal obtida dentro da organização que é obtida através de status, segurança no emprego, e futuras promoções.

O Clima e a Estrutura Organizacional: Cooper salienta que o clima e a estrutura organizacional são muito importantes, pois se referem à falta de individualidade, liberdade, autonomia, participação, conduta e comunicação e também as punições e as restrições no trabalho.

Conforme estudado, o modelo de Cooper de uma forma geral contempla-se variáveis que são associadas às fontes de pressão no trabalho que são muito impactantes, podemos destacar que os fatores estressores citados acima são mediados por particularidades pessoais, ou seja, os colaboradores obviamente reagem de forma diferente às fontes de pressão no trabalho. Aspectos associados à personalidade, as experiências de vida e ao modo de como as estratégias são escolhidas para combater as fontes de pressão no trabalho podem explicar as manifestações do estresse nas organizações. Portanto, ao modelo de Cooper podemos incluir estratégias para combater o estresse ocupacional.

5 Metodologia

Segundo Capellão (2008, p.19) metodologia é o estudo de quais métodos, estratégias e táticas serão apropriadas para o sucesso de uma pesquisa.

A metodologia de pesquisa utilizada no presente artigo foi a aplicação de entrevistas. As entrevistas são um tipo de pesquisa qualitativas ou quantitativas, que são

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