O Estresse Ocupacional
Por: kamys17 • 14/3/2018 • 3.743 Palavras (15 Páginas) • 316 Visualizações
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A relação entre a saúde dos empregados e o trabalho vem sendo analisada por diversos pesquisadores, principalmente quanto ao seguimento de doenças ocupacionais de natureza física e mental, buscando-se compreender a intercessão que o trabalhado exerce na vida dos colaboradores que não conseguem prosseguir em suas metas profissionais e pessoais, e merecem receber mais atenção de suas instituições e das instâncias governamentais. (SOUZA. et al. 2014)
MAFFIA et aL (2014) refere que os estudos sobre o estresse ganharam, nos últimos anos, certa autonomia em relação às demais áreas do conhecimento, fazendo com que este campo de observação se tornasse distinto e com qualidades próprias. É essencial destacar que tal tema está posto na área da saúde ocupacional e necessita de clareza, enquanto um dos aspectos indispensáveis dessa área também se deve partir do argumento de que o estresse ocupacional é situacional, tornando significativo situá-lo na atual situação das organizações, apreciando para isso a busca constante por melhor desempenho e rendimento dos trabalhadores, o novo acordo psicológico a que o trabalhador tem que se submeter e os novos métodos organizacionais que se destinam a maiores e melhores resultados empresariais.
O estresse é um transtorno de saúde comum tanto no ambiente profissional como no pessoal e possui várias etiologias. Percebe-se que os efeitos do estresse excessivo e contínuo não se limitam ao crescimento da saúde. O estresse pode, além de ter um efeito desencadeador do aumento de inúmeras doenças, facilitarem um prejuízo para a qualidade de vida e a produtividade do ser humano. O autor certifica que as pessoas que possuem cargos ocupacionais diferenciados como profissionais liberais apresentaram bons resultados nas áreas sociais e efetivas, contrário ao encontrado entre os supervisores e gerentes que tiveram essas mesmas áreas como as mais prejudicadas. (SADIR. et al. 2010)
Segundo TAMAYOR (2007) para entender o papel dos valores antecedentes do estresse é necessário fazer uma breve observação de suas principais características. A predisposição geral é de focar elementos e componentes do ambiente de trabalho e com isso têm sido estudado fragmentações do ambiente de trabalho e o estudo desses fragmentos fora da cultura organizacional. O contrapeso de trabalho pode ter efeitos sobre o estresse do trabalho consideravelmente diferente como a percepção, competição e conflito. O autor completa que se pode também concluir que os desajustes entre o ambiente de trabalho e os incentivos, interesses e outras características do trabalhador são a origem principal do estresse. Este desajuste não deve ser compreendido de forma unilateral, como se fosse o colaborador que não está harmonizado com o ambiente e sim pode ser também um problema de adaptação das condições da produção humana, onde a importância do vínculo dos valores organizacionais, isto é, fundamentos que norteiam a vida da organização, influenciando a definição de práticas, rotinas e condições de trabalho, bem como as atitudes e o desempenho de gestores e colaboradores.
A atividade profissional suporta influência de inúmeros fatores, como psíquicos, familiares, físicos e sociais, os quais podem ocasionar consequências. Existem aspectos que afetam diretamente as pessoas no campo laboral como o ritmo de trabalho, pressão por resultados, as tecnologias, as relações entre a equipe, a afetividade ou a falta dela, bem como a estrutura de trabalho. Ademais, na organização, segundo os autores, para que determinado fator seja avaliado como estressor, este deve ser considerado como tal pelo colaborador. A natureza dos estressores pode ser psicossocial ou física, sendo a natureza psicossocial a mais estudada e relacionada a fatores intrínsecos ao relacionamento pessoal, ao trabalho e a fatores ligados à carreira. (LOPES. et al. 2015)
Nesse sentido, o estresse ocupacional passa a ser estimado como um processo no qual o trabalhador compreende demandas de trabalho como estressoras e quando estas excedem a sua capacidade de enfrentamento provocam reações negativas. Em pesquisa realizada com bombeiros da cidade de Santa Maria foi identificado, por meio de variáveis que obtiveram as médias mais altas, os pontos que merecem cuidado especial por parte dos gestores desta corporação, tais como: deficiência na divulgação das informações, pouca perspectiva de crescimento na carreira, deficiência nos treinamentos, falta de informação sobre as tarefas desempenhadas pelo próprio bombeiro e a forma como são distribuídas as tarefas. (ALMEIDA. et al. 2015)
Por outro lado, em relação aos sintomas de estresse intenso e muito intenso que líderes apresentantes as fontes de tensão, que são relacionadas às características pessoais como conflitos de autoridade, forma de liderança, aspectos relacionados às relações humanas no trabalho, compromissos relacionados ao trabalho e fora dele e a qualidade de vida. Destaca-se, entre as fontes de tensão, a necessidade de isolamento, em razão da competitividade formada na empresa; o problema de harmonizar a necessidade de trabalhar em um modelo participativo; conflito de não poder agir de forma autoritária e ter que ser autoritário em determinadas ocasiões com a equipe de trabalho; conviver com situações de tensão excessiva inerente às relações humanas no trabalho; dificuldade de compatibilizar os compromissos de trabalhos com os compromissos familiares e sociais, bem como saber o que é qualidade de vida e seu valore não ter tempo de praticar esses conceitos, em razão do trabalho. (BRAGA. et al. 2014)
No entanto, há mecanismos de regulação relacionados às estratégias para diminuir ou extinguir as fontes de tensão excessivas, dos líderes que apresentam estresse intenso ou muito intenso, presentes no ambiente ocupacional. O autor observou em um grupo de líderes, que os que adotam com maior frequência estas estratégias, não apresentam estresse ou este se manifestou de forma leve a moderada. As estratégias fundamentais identificadas foram: possibilidade de gozar a férias de forma regular; experiência pessoal na solução de dificuldades no trabalho; encontrar tempo para relaxar e descansar fora do ambiente de trabalho; cooperação entre os pares; existência de canal aberto na empresa para discutir dificuldades e situações tencionou, bem como a possibilidade de compatibilizar com as lideranças superiores prioridades e prazos, quando necessário. (PEREIRA. et al. 2014)
- MÉTODO
A pesquisa é uma averiguação de característica qualitativa e descritiva, ela foi realizada no corpo de bombeiros na cidade de Sapucaia do Sul, onde estão locados 19
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