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A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

Por:   •  21/3/2018  •  2.811 Palavras (12 Páginas)  •  268 Visualizações

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Keys-words: Paradigms, Thomas Kuhn, Scientific development.

Introdução

Uma das principais obras de Thomas Kuhn, que estabeleceu um grande marco na sociologia do conhecimento, foi publicada no ano de 1962, com o título “The Structure of Scientific Revolution”. O livro foi dividido em doze capítulos com uma análise da história da ciência, popularizando o termo “paradigma”, seguido de um posfácio (1969) escrito quase sete anos após a primeira impressão da obra, com um intuito de responder as críticas recebidas pelos leitores. Neste ensaio, o autor discute minuciosamente os fatores que contribuem para a evolução da ciência normal e para a análise desta, mostrando, para isso, a importância dos paradigmas e englobando os conceitos de forma a definir o contexto das revoluções científicas, focando seus exemplos na física, de acordo com a atual competência. São colocadas também algumas regras ou mesmo necessidades por parte dos cientistas para que obtenham sucesso nas pesquisas científicas, bem como a constante atualização em métodos e ferramentas, seguindo a evolução da ciência normal.

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Fundamentação: Resumo crítico da obra

Capítulo 1: A rota para a ciência normal

O autor inicia o capítulo 1 definindo a ciência normal sendo a pesquisa firmemente fundamentada em realizações científicas passadas, relatadas em manuais científicos que expõem o corpo da teoria aceita e aplicações bem sucedidas, desempenhando a função de definir problemas e métodos legítimos de um campo de pesquisa para futuros pesquisadores, pois partilham duas características essenciais: Suas realizações foram suficientemente sem precedentes, atraindo um grupo duradouro de partidários e, tais realizações são abertas, de forma a deixar problemas a serem resolvidos pelo grupo redefinido. Sendo assim, o autor chama de paradigmas as realizações que partilham estas duas características.

O autor também coloca que nenhuma história natural pode ser interpretada sem um corpo de crenças que poderia ser julgado e criticado. Tendo em vista que cada homem pode descrever ou explicar os mesmos fenômenos de formas distintas, a teoria que mais se destaca perante as outras, torna-se um paradigma. Assim, o pesquisador pode melhor focar o desenvolvimento de ferramentas para tratar cada experiência referente à pesquisa.

Capítulo 2: A natureza da ciência normal

O sucesso dos paradigmas consiste numa promessa de sucesso em descobertas futuras. A ciência normal, busca a constante atualização de tal promessa, ampliando o conhecimento de informações relevantes do paradigma.

Este processo funciona como uma fase de acabamento do paradigma, que não busca a descoberta de novas teorias, mas sim a articulação de fenômenos já existentes através do foco em parcelas minúsculas da natureza. Neste contexto, o autor apresenta três focos normas para a investigação científica dos fatos, que considera os pontos de apoio para as revoluções científicas, sendo o primeiro a classe de fatos que o paradigma mostra serem reveladores da natureza, o segundo que diz respeito basicamente à comparação entre teoria e natureza e o terceiro e mais importante deles é referente à articulação da teoria do paradigma, com a resolução de ambiguidades.

Capítulo 3: A ciência normal como resolução de quebra-cabeças

Mesmo sem o interesse em produzir grandes novidades, os resultado obtidos pela pesquisa normal são significativos para os cientistas, pois contribuem no aumento de precisão da aplicação do paradigma. Além de outros motivos, como a exploração de um novo território, os cientistas motivam-se também pelos desafios lançados pela pesquisa normal, onde têm suas habilidades testadas, podendo ser pioneiros na solução de problemas, seguindo determinadas regras, como num quebra-cabeça. O autor coloca níveis de compromisso, sem os quais considera que nenhum homem pode ser chamado de cientista, sendo níveis conceituais, teóricos, metodológicos e instrumentais.

Capítulo 4: A prioridade dos paradigmas

Muitas vezes, os cientistas trabalham em cima de modelos comunitários, sem conhecer as características que tomaram paradigmas, sendo que estes últimos podem ser mais completos que qualquer conjunto de regras para a pesquisa. Sendo assim, o autor coloca que os paradigmas poderiam determinar a ciência normal, sem a influência de regras, e apresenta quatro razões para isso, que dizem respeito primeiramente à dificuldade na descoberta de regras que guiaram tradições específicas da ciência normal e em segundo nível à natureza da educação científica. Em terceiro aos paradigmas, que podem funcionar sem a necessidade de acordo entre cientistas sobre as razões de seu emprego e por ultimo, com relação a mudança em determinadas leis que refletem uma ou outra aplicação do paradigma sendo revolucionaria apenas para parcelas da profissão científica. Durante o ensaio, o autor frequentemente apresenta exemplos para ilustrar os conceitos dados, mostrando sua preocupação em deixar o mais claro possível as ideias que pretende transmitir, facilitando bastante a assimilação das definições por parte do leitor.

Capítulo 5: A anomalia e a emergência das descobertas cientificas

O autor inicia este capítulo afirmando que a ciência normal é uma atividade responsável por solucionar quebra-cabeças e é um empreendimento altamente cumulativo. Com isso pode-se inferir da afirmação do autor que a ciência normal não se caracteriza por um campo de pesquisas que visa a inovação ou descoberta de conceitos radicalmente novos. Trata-se de um ambiente composto por paradigmas que pode ser ampliado pelo acréscimo de teorias complementares não contraditórias às já impostas.

Mais a adiante o autor apresenta: “A descoberta começa com a consciência da anomalia, isto é, com o reconhecimento de que, de alguma maneira, a natureza violou as expectativas paradigmáticas que governam a ciência normal” (Kuhn, 1962, p. 78). O conceito de descoberta adotado refere-se à consciência de uma anomalia no paradigma, como afirma o próprio Kuhn, e, pelo que prega a ciência normal, essa descoberta não contrapõe o paradigma, mas vem a se ajustar às teorias firmadas tornando-se esperada e não atípica. A sensibilidade do paradigma a essas anomalias é tanto

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