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A Dificuldade no transporte de cargas no Noroeste Mineiro

Por:   •  24/12/2018  •  2.870 Palavras (12 Páginas)  •  373 Visualizações

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O transporte rodoviário de cargas estáinteiramente ligado ao escoamento da produção. Acirculação das mercadorias depende totalmente do transporte, pois, esteas leva do produtorao consumidor, passando por diversos intermediários.

Diante deste contexto, pretende-se dispor de uma nova visão acerca do assunto investigado, identificando os meios que possibilitam dar melhoria no escoamento da produção de grãos. Ressalta-se ainda, a importância de uma boa pavimentação das rodovias para que o sistema de transporte promova com mais agilidade a integração de regiões e estados, evidenciando o seu papel fundamentaldentrodas cadeias produtivas.

2 –REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 - Breve história

Nota-se que desde os primórdios da humanidade os seres humanos necessitavam transportar os seus suprimentos como alimentos, roupas e outros objetos e que eram muitas vezes transportados em suas próprias costas, contudo, com o passar dos anos, os meios de transportes surgiram para facilitar tais atividades e foram se adequando a realidade de cada época (RODRIGUES, 2003).

Segundo Faria (2000) o grande avanço na história do progresso tecnológico consolidou-se com a invenção da roda. Há 2000 a.C a transformação do movimento circular em movimento retilíneo permitiu a domesticação de cavalos empregados como veículos primitivos, utilizados principalmente para as atividades de guerra.

O início da história do transporte no Brasil surgiu com a vinda da Família Real para o Rio de Janeiro em 1808. Este fato aumentou o número de habitantes e a partir daí houve a primeira demanda pelo transporte público (FARIA 2000).

A primeira legislação propondo disciplinar a utilização doscarros e cavalos nos limites de concentrações urbanas da Roma antiga surgiram no século I a.C. Este marco ocasionou-se devido à preocupação dos governantes com o alto fluxo do tráfego, ocasionando transtornos, sendo que esse mesmo problema persiste até os dias de hoje (FARIA 2000).

No que tange ao transporte rodoviário, a sua implementação se deu por Carl Friedrich Benz e GottliebDaimler, em 1886 quando finalizaram na Alemanha os primeiros modelos de automóveis com motor de combustão interna a gasolina. Este marco ocasionou a implementação do sistema rodoviário. A primeira guerra mundial, evidenciou as primeiras possibilidades comerciais do transporte rodoviário no continente Europeu, devido a produção em larga escala de veículos militares (RODRIGUES, 2003).

De acordo com Faria (2000) pode-se afirmar que a implementação do transporte rodoviário no Brasil iniciou-se com a construção, em 1926, da Rodovia Rio - São Paulo, sendo a única pavimentada até 1940.

2.2 - O modal rodoviário

Veículos dotados de capacidade motora para realizar o transporte de cargas como caminhões e carretas e que utilizam de vias públicas sejam elas ruas ou rodovias, caracterizam o modal rodoviário.

No setor de transportes o modal rodoviário é o mais utilizado no Brasil por ser o mais acessível entre os modais existentes. A sua versatilidade permite o carregamento de uma vasta variedade de materiais a qualquer destino. O percurso a ser cumprido pode ser de curta, média ou longa distância. Este setor é o mais independente, pois, permite coletas e entregas porta-a-porta, destacando-se como a maior vantagem desse modal (BERTAGLIA, 2003).

As empresas transportadoras não necessitam de equipamentos caros para o transbordo das cargas, tornando-se assim, os custos diretos mais baratos. Contudo, os usuários deste meio, custeiam a construção e manutenção das estradas por meio de impostos e pedágios fazendo com que indiretamente, os custos sejam mais altos (RODRIGUES 2003).

Segundo Bertaglia(2003) o setor de transportes é um serviço coordenado pelo setor público. A sua atuação é concedida pelo Estado. A oferta e a qualidade da infraestrutura sustentam o crescimento da economia. No caso do modal rodoviário de cargas é crucial que o sistema apresente disponibilidade, confiabilidade, segurança e baixos custos para os usuários.

Mesmo com o fator tempo, não há solução para os problemas de alguns setores devido ao crescimento constante. O modal rodoviário de transportes é um deles, pois, os investimentos permanecem insuficientes para este setor referindo-se a infraestrutura.

2.3 - INFRAESTRUTURA

Conforme Padula (2008) as funcionalidades de infraestrutura no setor de transportes possuem três fases distintas e caracterizadas da seguinte forma:

- Construção ou ampliação:tendo em vista o alcance de objetivos econômicos ou estratégicos;

- Manutenção das vias:pressupõe a conservação destas para que tenham condições técnicas e operacionais apropriadas, no caso de trechos deteriorados;

- Restauração:refere-sea preparação das vias para uma nova etapa de vida útil, voltando as suas condições originais. Aplica-se em trechos que estejam em condições regulares, ruins ou péssimas e que precisam da substituição total ou parcial da sua estrutura.

Ressalta-se ainda que as operações de reconstrução nas rodovias devem ser claramente explicitadas e mensuradas, pois, seus benefícios devem ser superiores aos custos envolvidos.

Qualquer interrupção nas atividades de conservação de uma via reduz consequentemente a sua vida útil. Dessa forma, antecipa-se a necessidade de restauração ou reconstrução. Evidentemente, a atividade de restauração deve ser executada na épocaoportuna, caso contrário, será necessário recuperar ou reconstruir completamente ainfraestrutura (PADULA, 2008).

Para a recuperação ou reconstrução total de uma via gera-se maiores custos do que os necessários para a prevenção. A deterioração da malha rodoviária, os consequentes aumentos dos custos operacionais dos veículos e do tempo de viagem, os riscos de acidentes, entre outros fatores, espelham uma incontestável redução nos investimentos, inclusive daqueles voltados para a manutenção. Essa é a realidade da matriz de transportes brasileira (BERTAGLIA, 2003).

O suposto abandono do planejamento e dos baixos níveis deinvestimento no setor há duas décadas, fez com que 75% das rodoviasatualmente estejamem condições comprometidas. De acordo com a Confederação Nacionaldos Transportes (CNT) as vias se classificam como péssimas, ruins eregulares (BERTAGLIA, 2003).

Conforme Padula (2008) em média, os custos de manutenção,

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