Resíduos sólidos na construção civil

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- ARMAZENAMENTO

As condições de armazenamento atendendo as normas quanto às condições básicas de segurança, considerando tratar-se de contenção temporária de resíduos em área da empresa ou autorizada pelo órgão de controle ambiental, no aguardo de um sistema de destinação final.

Na obra são utilizados diversas formas de armazenamentos, podemos citar os kits de lixeiras com diferentes cores para os resíduos gerados em menor quantidade. Além disso, utilizam-se tonéis de armazenamento de resíduos gerados em maior quantidade dispostos pelo canteiro em locais estratégicos, baias metálicas com bigbags para armazenar resíduos de maior porte e ainda locais confeccionados com madeira e chapas de compensado somente para a colocação de madeira gerada nos processos construtivos.

- ACONDICIONAMENTO

Tem por finalidade proteger os profissionais e facilitar a coleta, o tratamento e o transporte. Seguindo as orientações técnicas, são utilizados recipientes constituídos por materiais compatíveis com os resíduos a serem acondicionados.

- COLETA/TRANSPORTE

A coleta consiste na transferência dos resíduos de forma segura e rápida das fontes de geração até o local destinado para seu armazenamento temporário, Sendo realizada por uma empresa especializada.

- DESTINAÇÃO FINAL

Para este processo os resíduos são separados pela classe.

Tabela 3: Separação de resíduos e empresas responsáveis pela destinação final dos resíduos gerados.

CLASSES

MATERIAL

DESTINO

RESPONSÁVEL

Classe A

Cerâmicos, tijolos, azulejos, blocos, telhas, placas de revestimento, argamassa, concretos e solos resultantes de obras de terraplanagem.

Se não forem aproveitados na própria obra, esses resíduos devem ser encaminhados para usinas de reciclagem ou aterros de resíduos da construção civil e armazenados de modo a permitir sua reutilização ou reciclagem futura.

Empresa contratada

Classe B

Papel e papelão, plásticos, metais, vidros, madeiras e gesso limpo.

Eles devem ser reutilizados na própria obra quando possível, ou encaminhados a empresas ou cooperativas licenciadas que façam sua reciclagem.

Também podem ser enviados às áreas de transbordo e triagem (ATTs), que lhes darão destinação adequada.

Empresa contratada

Classe C

Manta asfáltica; lã de vidro, peças em fibra de vidro, gesso (sujo) acartonado.

Destinados a aterros sanitários preparados para seu recebimento.

Empresa contratada

Classe D

Tintas, solventes (e materiais que contenham solventes, como o primer utilizado em impermeabilizações), ferramentas ou materiais de Classe A, B ou C contaminados, etc.

Destinados a aterros industriais licenciados para receber produtos deste tipo.

Empresa contratada

Orgânico

Resíduos de origem animal ou vegetal, como os restos de alimentos, folhas, sementes, papéis, etc.

Destinado à coleta urbana / aterro sanitário

Empresa contratada e Coleta Seletiva /Prefeitura Municipal.

- MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS

São utilizados procedimentos como:

- Campanhas educativas

Que são realizadas ações conjuntas dos departamentos, através de treinamentos, cartazes, reuniões frequentes com os gestores da obra, incentivando o programa 3 pilares (Reduzir, Reutilizar e Reciclar).

- Reaproveitamento/ Reutilização

Classe A: Reaproveitamento na obra de entulhos de alvenaria e concreto, pedras e solo escavado em nivelamento de terreno ou pavimentos através da compactação. Utiliza-se resto de argamassa no assentamento de patentes, marcos e esquadrias.

Classe B: Reutiliza-se madeiras em formas, escoras ou rampas de passagens provisórias, bem como canos e fios na instalação dos canteiros de obra de outros empreendimentos (caso haja necessidade).

- CONCLUSÃO

Um dos diversos problemas gerado pelos resíduos da construção civil e á reciclagem, essa, porém é apenas um das inúmeras possiblidades de solução que podem ser consideradas dentro do plano de gerenciamento de resíduos. Esses materiais gerados pela construtora podem ganhar destinações variadas, desde madeira rampas, padiolas, escoras, bem como material para próprio aterro do local.

De acordo com Gil (2010), a realização de uma pesquisa requer a descrição

dos procedimentos que serão seguidos, abrangendo o tipo de pesquisa, o método, coleta de dados, abordagem, técnicas e recursos metodológicos.

Conclui-se que a empresa desenvolve com responsabilidade e compromisso um plano de gerenciamento, reduzindo significamente possíveis danos ao meio ambiente.

- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ABNT. NBR 10004:2004 – Resíduos Sólidos - Classificação. Rio de Janeiro – RJ. 71p., 2004. Disponível em: http://analiticaqmc.paginas.ufsc.br/files/2013/07/residuos-nbr10004.pdf>. Acesso em: 07/05/2017.

ABNT. NBR 11.174: Armazenamento de resíduos da classe II - não inertes e III - inertes. Rio de Janeiro, 1990. 7 p. Disponível em: http://www.portosdoparana.pr.gov.br/arquivos/File/LegislacaoAmbiental/ABNT/ABNTNBR11174.pdf Acesso em: 09/05/2017.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos