RELATÓRIO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CHAPA DE MDP E PRODUÇÃO DE OSB
Por: Carolina234 • 19/12/2018 • 3.233 Palavras (13 Páginas) • 298 Visualizações
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-Transferência – refere-se ao movimento pelo qual o adesivo se transfere para o substrato;
-Penetração – movimento do adesivo no sentido de penetrar a estrutura capilar e porosa do substrato. Com o aumento da pressão inicia a penetração na superfície oposta e continua na superfície de aplicação, simultaneamente, ocorre o processo molecular denominado de umedecimento de acordo com a Figura 1- c.
-Umedecimento – movimento do adesivo no sentido de recobrir a estrutura submicroscópica do substrato, adquirindo maior proximidade e contato molecular;
-Solidificação – movimentos envolvidos na mudança do estado líquido, incluindo a migração/evaporação do solvente, orientação molecular, polimerização e “cross-linking”. A pressão é mantida até a solidificação completa quando a ligação e a linha de cola são consolidadas com paralisação de qualquer movimentação conforme a Figura 1- d.
[pic 1]
Figura 1: Sequencia de movimentos do adesivo na formação da linha de cola (MARRA, 1992) adaptado.
Os adesivos sinteticos termoendurecedores comportam se segundo IWAKIRI, 2005 sob aquecimento, com modificações quimicas e fisicas irreversiveis, que os tornam rígidos e insolúveis, atraves de reações de policondensação.
A melamina-formaldeído (MF), é uma resina classificada como de uso intermediario entre as uréia-formaldeído e fenol-formaldeído. Apresenta coloração branca leitosa, e com as vantagens de ter maior resistencia a umidade em relação à resina UF e cura mais rapida em relação a resina FF, e
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de 20 a 25% maior que FF. Desta forma, a resina UF, na proporção de até 40:60 (M/U). Esta forma de utilização está disponivel no mercado com a denominação de melamina-ureia-formaldeído. (IWAKIRI, 2005)
No processo de fabricação do pré-condensado de melamina- formaldeído, o pH situa se em torno de 9, com a finalidade de não acelerar demasiamente a reação de condensação. Entretanto, a cura final ocorre no meio ácido, com a utilização de mesmos catalisadores da resina ureia- formaldeído. A temperatura de cura é na faixa de 65 a 130°C, sendo que, na temperatura de 130°C, não é necessario o uso de catalisador. (IWAKIRI, 2005)
- Painéis de madeira aglomerada – MDP
O MDP (Medium Density Particleboard) é um painel de aglomerado constituído de partículas de madeira aglutinadas entre si – com resinas ureicas, principalmente – mediante a ação de temperatura e alta pressão, resultando em um painel homogêneo e de grande estabilidade dimensional.
O produto representa uma evolução tecnológica do aglomerado convencional. Uma das suas principais características é a qualidade superior que apresenta em relação aos antigos painéis de madeira aglomerada. Com propriedades mecânicas estáveis e aparência diferenciada do aglomerado convencional, o MDP apresenta desempenho igual ou superior ao MDF nos processos de pintura, pois possui uma superfície muito fina, bastante fechada e homogênea e de alta densidade, o que causa menor inchamento das partículas da superfície do painel – consequentemente menor absorção de tinta. (REMADE)
O MDP é produzido em três camadas: uma grossa no miolo e duas finas nas superfícies, todas com grande uniformidade das partículas. Suas características mecânicas superiores às de materiais similares, conferem mais resistência no arrancamento de parafusos, por exemplo, e redução de empenamentos.
As principais características destacadas por REMADE são:
-Alta densidade das camadas superficiais, o que assegura um acabamento superior nos processos de impressão, pintura e revestimento;
-Produção com o conceito de três camadas: colchão de partículas no miolo e camadas finas nas superfícies;
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-Homogeneidade e grande uniformidade das partículas das camadas externas e interna;
-Propriedades mecânicas superiores: melhor resistência ao arrancamento de parafuso, menor absorção de umidade e empenamento;
-Utilização de resinas especiais de última geração;
-Utilização de madeiras selecionadas provenientes de florestas plantadas, econômica e ecologicamente sustentáveis.
- Painéis de madeira aglomerada – OSB
OSB é um painel estrutural, considerado como uma segunda geração dos painéis WAFERBOARD, produzido a partir de partículas (strands) de madeira, sendo que a camada interna pode estar disposta aleatoriamente ou perpendicular às camadas externas. A diferenciação em relação aos aglomerados tradicionais se refere à impossibilidade de utilização de resíduos de serraria na sua fabricação. Além disso, possuem um baixo custo, e as suas propriedades, e as suas propriedades mecânicas assemelham-se às da madeira sólida, podendo substituir plenamente os compensados estruturais. Consiste num segmento de destacado crescimento no rol de produtos transformados de madeira. (ALBUQUERQUE et al, 2016)
Os painéis de “OSB” têm ocupado espaço antes exclusivo de compensados em muitas das aplicações, em virtude de fatores como: (1) redução da disponibilidade de toras de boa qualidade para laminação; (2) o “OSB” pode ser produzido a partir de toras de qualidade inferior e de espécies de baixo valor comercial; (3) o comprimento dos painéis “OSB” é definido em função da tecnologia de produção e não em função do comprimento das toras como no caso de compensados. (IWAKIRI, 2005)
Segundo ALBUQUERQUE et al, 2016 o painel de OSB apresenta vantagens como o alto valor em relação ao custo do painel;
- OSB é um painel de qualidade e versátil, podendo ser usado para diversas aplicações. Ele possui uma excelente resistência em relação ao peso e, ainda, é de fácil manuseio e instalação usando ferramentas convencionais de construção;
- Não apresenta delaminação, espaços internos vazios ou buraco de nó. O processo de manufatura não permite a formação de vazios ou buracos de
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nós.
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