Os Sistemas de Projeção e sua importância para os levantamentos topográficos.
Por: YdecRupolo • 2/6/2018 • 2.442 Palavras (10 Páginas) • 336 Visualizações
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- QUANTO AO MÉTODO
Geométrica - Baseiam-se em princípios geométricos projetivos. Podem ser obtidos pela interseção, sobre a superfície de projeção, do feixe de retas que passa por pontos da superfície de referência partindo de um centro perspectivo (MAGALHÃES, 1998, p. 33).
Analítica - Esse sistema de projeção é sustentado pelas formulações matemáticas para atender a condições e características pré-estabelecidas.
- QUANTO À SUPERFÍCIE DE PROJEÇÃO
Plana - Usada principalmente para representar regiões polares, suas deformações aumentam com o distanciamento do ponto de tangência (entre o plano e a “esfera terrestre”).
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Figura 1. Projeção Plana.
Cônica - É muito usual para representar determinadas partes da superfície terrestre. Ela é representada sobre um cone imaginário que envolve o globo terrestre. As distorções nesse tipo de projeção aumentam de acordo se afasta do paralelo de contato com o cone.
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Figura 2. Projeção Cônica.
Cilíndrica - Um cilindro imaginário que envolve a Terra é o plano de projeção onde serão representados os paralelos e meridianos do globo. Após essa transferência, ele é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa.
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Figura 3. Projeção Cilíndrica.
Poli superficial - É caracterizada pela aplicação de mais do que uma superfície de projeção, que seja do mesmo tipo, para diminuir as deformações já que ela aumenta a área de contato com a superfície de referência.
- QUANTO ÀS PROPRIEDADES
Equidistante - Conservam a escala linear sobre uma linha ou um conjunto de linhas, ou seja, os seus comprimentos são representados em escala uniforme.
Conforme - Conserva todos os ângulos, portanto, conserva rigorosamente a forma das figuras menores e não deforma pequenas regiões.
Equivalente - Não alteram as áreas, independente de qual for a porção representada em um mapa, irá conservar a mesma relação com a área de todo o mapa.
Afilática - Não conservam ângulos, áreas ou comprimentos, porém tentam minimizar as distorções.
- QUANTO AO TIPO DE CONTATO ENTRE AS SUPERFÍCIES DE PROJEÇÃO E REFERÊNCIAS
Tangentes - A superfície de projeção é tangente à de referência - plano: um ponto; cone e cilindro: uma linha - (MAGALHÃES, 1998, p. 36).
Secantes - A superfície de projeção secciona a superfície de referência - plano: uma linha; cone: duas linhas desiguais; cilindro: duas linhas iguais - (MAGALHÃES, 1998, p. 36).
Existem diversos outros sistemas de projeções, porém, os mais usuais são a projeção policônica, cônica normal de Lambert, cilíndrica transversa de Mercator (tangente/secante) e o sistema universal transverso de Mercator (UTM).
A projeção policônica se baseia na utilização de uma série de cones tangentes, que eliminam as limitações em latitude das outras projeções cônicas. Nesta projeção a área entre paralelos é expandida, evitando assim partes sem recobrimento. É bastante popular por conta da simplicidade de seus cálculos. Já na projeção cônica normal de Lambert, existem duas linhas de contato com a superfície, ou seja, dois paralelos padrões. Esses fornecem uma área maior com um baixo nível de deformação, fazendo com que esta projeção seja bastante útil para regiões que se estendam na direção Leste-Oeste, porém isso não inviabiliza o seu uso em quaisquer latitudes.
A projeção cilíndrica transversa de Mercator é dividida em tangente e secante. Na cilíndrica transversa tangente, "os meridianos e paralelos não são linhas retas, com exceção do meridiano de tangência e do Equador." (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2013). É indicada para regiões onde a extensão Norte-Sul é predominante. Bastante utilizada também na confecção de cartas utilizadas para navegação.
A cilíndrica transversa secante possui superfície de projeção cilíndrica, com propriedade conforme. É secante quanto ao tipo de contato entre as superfícies de projeção e referências. MAGALHÃES (1998, p.40) afirma que “essa projeção é utilizada no sistema UTM - Universal Transversa de Mercator desenvolvido durante a 2ª Guerra Mundial. Este sistema é em essência, uma modificação da projeção cilíndrica transversa de Mercator.”. É utilizado na elaboração de cartas topográficas do Sistema Cartográfico Nacional produzidas pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -.
O sistema UTM (Universal Transverso de Mercator) mencionado anteriormente, é um sistema de coordenadas que se baseia no plano cartesiano - eixo (x,y) - e que utiliza o metro como unidade de medida das suas distâncias. Os seus pares de coordenadas podem ser chamados também de coordenadas planas já que, diferentemente das coordenadas geodésicas, esse sistema não acompanha a curvatura da Terra.
"Indicada para regiões de predominância na extensão Norte-Sul, entretanto mesmo na representação de áreas de grande longitude poderá ser utilizada, (...), é o Sistema de Projeção adotado para o Mapeamento Sistemático Brasileiro." (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2013). Posto isso, verifica-se a sua grande importância para o sistema de projeções, o qual permite a localização sobre qualquer ponto da Terra.
É constituído por 60 fusos de 6º de longitude numerados a partir do antimeridiano de Greenwich. Sua orientação é de Oeste para Leste, até o encontro com o ponto de origem. Individualmente esses fusos são gerados a partir da rotação de um cilindro, de forma que o meridiano de tangência divide o fuso em duas partes iguais de 3º de amplitude (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2013). O eixo central do fuso, chamado Meridiano Central, estabelece junto com a linha do Equador, a origem do sistema de coordenadas de cada fuso.
A projeção UTM apresenta algumas limitações no que diz respeito a representação do globo terrestre mesmo sendo considerada como um dos melhores sistemas de projeção na cartografia para grandes escalas, pois, ela mantém a precisão
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