Os sistemas de projeções e sua importância para os levantamentos topográficos.
Por: Evandro.2016 • 12/6/2018 • 1.717 Palavras (7 Páginas) • 402 Visualizações
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apenas, os cartógrafos geralmente utilizam esta projeção para estudos de países e continentes, onde são apresentadas apenas pequenas partes da superfície terrestre.
3. PROJEÇÕES PLANAS OU AZIMUTAIS
Projetam da superfície terrestre em um plano tangente à superfície, onde o azimute do centro da projeção a qualquer direção é mostrado corretamente, por isso são chamadas também de azimutais. a Terra é apresentada redonda, todos os círculos que passam pelo centro de projeção são apresentados como linhas retas, o caminho mais curto do centro da projeção para qualquer ponto do mapa serão sempre retas. à medida que se afasta do centro da projeção, mais amplas as distorções. os meridianos são linhas retas convergentes ao polo e os paralelos são círculos concêntricos, abrangendo apenas um hemisfério. Essas projeções são mais comumente usadas para mapear as regiões polares. As principais projeções azimutais são as ortográficas, estereográficas, gnomônicas, equivalente Azimutal de Lambert e azimutal eqüidistante.
4. Projeções cilíndricas
São projeções da esfera terrestre em um cilindro envolvido ao seu redor, os meridianos e paralelos projetados nesse cilindro, após a abertura do mesmo resultará em um retângulo no qual essas linhas de referência se apresentam retas, paralelas e perpendiculares entre si.
Essas projeções mostram a terra como um todo, porém sua precisão é melhor em regiões tropicais do globo. Quanto mais nos afastamos da linha do Equador, maior será a distorção, por ser uma projeção conforme, que altera a área do continente. Além de podermos observar, os ângulos formados entre uma latitude com uma longitude é de 90º, desta maneira é que é possível vermos as distorções.
Na projeção de Mercator as linhas de latitude e longitude formam retângulos. Isso porque uma linha reta que conecta dois pontos quaisquer no mapa de Mercator faz o mesmo ângulo em cada meridiano que atravessa, chamadas linhas de rumo. Esse sistema deu ênfase as áreas temperadas do globo, Sua utilização se limita às latitudes inferiores a 60° já que, quanto mais distante do Equador, mais exageradas são as distâncias entre os paralelos e maior é a distorção, pro ser uma projeção cilíndrica, verificada em relação à superfície real representada.
Atualmente, a projeção cilíndrica utilizada com mais frequência é a UTM – Universal Transversa de Mercator, uma das mais importantes, por sua difusão em todo o mundo. Esse sistema foi adotado como o mais adequado para usar na representação cartográfica para a cobertura completa dos países. E é muito utilizada na elaboração das cartas topográficas de grande escala.
Outro tipo de projeção cilíndrica é a projeção de Peters, é do tipo de cilíndrica equivalente (ou seja, o tamanho deles permanecem os mesmo em relação ao original) que utiliza como bases dois paralelos norte e sul. Ela determina uma distribuição dos paralelos com intervalos decrescentes desde o Equador até os polos, destorcendo as deformações do traçado das latitudes altas e principalmente das baixas. Resultando em um achatamento no sentido leste-oeste. Por apresentar projeção equivalente, essa tem a vantagem de conservar as posições relativas norte-sul e leste-oeste e manter as proporções de área, permitindo assim comparar o tamanho dos países.
4.1. Sistema de projeção UTM
A projeção UTM um dos sistemas de projeção mais utilizada no mundo, devido a facilidade de encontrar medidas de distâncias, cálculo de ângulos e cálculo de áreas, utiliza um sistema de coordenadas baseado no plano cartesiano, usa-se a letra N para coordenadas norte-sul (ordenadas) e, a letra E, para as coordenadas leste-oeste (abscissas), e sua distancia é medida em metros. O sistema UTM, não acompanha a curvatura da Terra e por isso também são chamados de coordenadas planas. No sistema UTM o mesmo par de coordenadas pode se repetir nos 60 fusos diferentes, os fusos indicam em que parte do globo as coordenadas obtidas se aplicam. O mundo é dividido em 60 fusos, onde cada um se estende por 6º de longitude. A contagem dos fusos da projeção se inicia no anti-meridiano ao meridiano de Greenwich, portanto no meridiano de 180 graus.
Na cartografia esse sistema é um dos melhores para grandes escalas, mas as em relação ao globo terrestre, apresenta limitações, Por ele dividir o globo em fusos de 6o de longitude, ou seja, se necessitarmos mapear uma região que se distribua no sentido leste-oeste e esta extensão ultrapasse 6o, a essa projeção não pode mais ser utilizada.
5. Conclusão
Antes de um estudo específico prévio, aparecem inúmeras dúvidas quando se pensa como um geóide pode ser desenhado em um papel plano, e se é possível fazer isso sem ocorrer algum tipo de distorção modificando em relação ao mundo real. Logo podemos concluir que quando colocamos os mapas em escala mundial, inevitavelmente existirão “erros” ou modificações propositalmente feitas para não deixar os mapas tão distorcidos ou prejudicar o uso ao qual eles foram destinados. Assim sendo, dizemos que existem diferentes projeções cartográficas, foram elaborados diversos tipos de representações do nosso planeta em mapas, onde cada um apresenta o seu destinado interesse para cada porção da terra, é utilizado um método diferente quando se trata de pequenas escalas. O georreferenciamento é a técnica aplicada quando se precisam descrever grandes porções de terra, já o estudo de pequenas partes se dá através do levantamento topográfico, e é necessário se tomar alguns cuidados básicos e muito importantes, desde os equipamentos que devem estar aferidos e principalmente o manuseio dos mesmos, o domínio na aplicação das técnicas para que erros que já são inerentes a natureza da descrição topográfica, não comprometam e inviabilizem o trabalho por conta de extrapolar os limites de tolerância aceitáveis. A transcrição de tudo que se coletou em campo deverá ser reproduzida no papel através das técnicas e cálculos dos sistemas de projeção, como já sabemos é um modelo matemático que melhor representa a forma da terra.
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