VESTIMENTA DE PROTEÇÃO CONTRA QUEIMADURAS PROVOCADAS POR ARCOS ELÉTRICOS PARA TRABALHADORES QUE ATUAM EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
Por: kamys17 • 16/10/2018 • 1.393 Palavras (6 Páginas) • 409 Visualizações
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As vestimentas fabricadas com materiais naturais, como algodão, seda e lã são consideradas aceitáveis, de acordo com a Associação Nacional dos EUA para Proteção contra Incêndios (NFPA), se a análise determinar que o tecido não continuará queimando nas condições de exposição ao arco elétrico.
7. CÁLCULO DE ATPV
O indicador ATPV é dividido em cinco categorias de risco, conforme definido pela NFPA 70E. As características das vestimentas são determinadas de acordo com a energa incidente calculada. A tabela 1 demonstra essas cinco categorias.
Tabela 1 – Categorias de risco, conforme NFPA 70E.
Categoria de risco ou ferimento
Descrição da vestimenta
Suportabilidade mínima do EPI contra arco elétrico (cal/cm²)
0
Não fundível, materiais inflamáves (por exemplo, algodão não tratado, lã, nylon, seda ou mistura destes materiais) com gramatura mínima de 152 g/ cm²
Não aplicável
1
Camisa e calça antichamas ou macacão antichama
1,2 a 4,0 (4)
2
Camisa e calça antichamas ou macacão antichama
4,1 a 8,0 (8)
3
Camisa e calça antichamas ou macacão antichama e roupa de proteção contra arco selecionada de forma que atenda os requisitos mínimos do nível de proteção desejado
8,1 a 25,0 (25)
4
Camisa e calça antichamas ou macacão antichama e roupa de proteção contra arco selecionada de forma que atenda os requisitos mínimos do nível de proteção desejado
25,1 a 40,0 (40)
Existem estudos e modelos matemáticos para cálculo da energia liberada pelo arco elétrico nas condições das instalações elétricas em função do nível de curto-circuito existente no equipamento e a distância de trabalho em relação ao ponto onde possa ocorrer o arco.
A NFPA 70E também possui um método simplificado para determinação do EPI adequado para proteção contra arco elétrico de acordo com o nível de tensão, o tempo para eliminação do arco e a corrente de curto-circuito. As tabela 2 e 3, adaptadas , apresentam os requisitos da tabela 130.7 (C)(9), da norma NFPA 70E (2009) quanto à classificação dos riscos. Os riscos são classificados de 0 a 4, sendo 0 para menor risco e 4 para o risco maior de acordo com as tarefas realizadas em equipamentos energizados.
De acordo com o levantamento realizado na empresa, foi diagnosticadas algumas tarefas realizadas pelos eletricistas fora da subestação, em tensão de até 600 V e com corrente de curto circuito máxima de 42kA, compiladas e apresentadas na tabela 2.
Tabela 2 – Tarefa e categoria de risco, conforme NFPA 70E.
Tarefa Executada em Equipamentos Energizados
Cat. de Risco
Execução de termografia infra-vermelha e outras inspeções
1
Acionamento de disjuntor ou chave fusível com porta fechada
0
Trabalho com condutores elétricos e partes de circuitos energizados, incluindo verificação de tensão
2
Trabalho com circuitos de controle com condutores elétricos ou partes de circuitos energizados, incluindo medição de tensão
2
Inserção ou remoção de equipamentos plug-in em barramento blindado (busway)
2
Para trabalhos realizados na subestação, cubículos e trafos, os colaboradores deverão utilizar vestiuário conforme a categoria de risco indicada na tabela 3, com tensão de 1 a 38kV, corrente de curto circuito máxima de 42kA.
Tabela 3 – Tarefa e categoria de risco, conforme NFPA 70E.
Tarefa Executada em Equipamentos Energizados
Cat. de Risco
Execução de termografia infra-vermelha e outras inspeções sem contato fora da superfície de aproximação restrita
3
Acionamento de disjuntor ou chave fusível do involúcro fechada
2
Trabalho com condutores elétricos e partes de circuitos energizados, incluindo verificação de tensão
4
Aplicação de aterramento de segurança, após teste de tensão
4
Abertura compartmentos de transformador de tensão ou transformador de potência
4
Desconexão externo da chave (acionamento com vara de manobra)
3
Verificação da isolação de cabos, em entradas de inspeção ou espaços confinados
4
Correlacionando as informações das tabelas 1, 2 e 3, é possível determinar o tipo de vestuário necessário, de acordo com a tarefa realizada. Este trabalho não foi orientado em determinar todos os EPI’s e EPC’s exigdos, é apenas focado na categoria de risco e ATPV.
8. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO PARA ARCO ELÉTRICO
Para reduzir a energia incidente liberada, permitindo a utilização de EPI’s mais simples ou mesmo a eliminação de sua necessidade, algumas técnicas podem ser aplicadas. Entre elas, destaca-se a utilização de detectores de arco incorporados aos réles de proteção.
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