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Aplicação do Mapeamento de Fluxo de Valor em um Processo Produtivo caseiro de pão de mel

Por:   •  19/1/2018  •  11.610 Palavras (47 Páginas)  •  416 Visualizações

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2.17. Classificação de Atividades pelo MFV

2.18. Cuidados na Implantação do MFV

2.19. Família de Produtos a ser Submetida ao MFV

3. Resultados

3.1. MFV Atual

4. Conclusão

Referencias Bibliográficas

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Introdução

O Mapeamento do Fluxo de Valor (MFV) foi desenvolvido por Mike Rother e John Shook e teve sua origem nas fabricas da Toyota na década de 80, porém somente a partir dos anos 90 é que passou a ser mais conhecido. Ele foi inicialmente voltado para aplicação em processos de manufatura, mas também pode ser adaptado para outros segmentos.

Essa técnica é utilizada para representar visualmente o fluxo de informações e materiais, que agregam valor ou não, de uma família de produtos. Ela consiste no mapeamento do Estado Atual, para demonstrar como ocorre a movimentação de materiais e informações nos processos e para a identificação dos desperdícios e gargalos existentes, e na elaboração do Mapa de Fluxo de Valor Futuro, que apresenta a situação ideal, ou seja, nele são mostradas melhorias, a partir dos princípios enxutos, para solução de problemas e eliminação de desperdícios encontrados no Estado Atual.

Para realização do mapeamento do fluxo de valor pode-se seguir os seguintes passos: escolha da família de produtos a ser analisada, identificação dos processos envolvidos na produção dos produtos selecionados e seus pontos de início e fim, reunião de dados e preparo e transformação dos dados em representação visual.

Os principais benefícios que a utilização do MFV pode proporcionar para uma organização são: otimização do fluxo, identificação dos desperdícios e suas fontes, facilita a implantação dos princípios enxutos, possibilita a compreensão da agregação de valor desde o fornecedor até o consumidor, permite a visualização integrada dos processos, a definição da capacidade real da empresa, a otimização da utilização de equipamentos, é uma base para definições de investimentos, fornece uma linguagem comum para tratar dos processos de manufatura e apresenta a relação entre o fluxo de informação e de material.

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Cenário atual da confeitaria

Com o passar dos anos as modificações ocorridas na vida cotidiana e também no estilo de vida das pessoas, fez com que houvesse um aumento no consumo de alimentos práticos, geralmente encontrados em lanchonetes, padarias e confeitarias. A crescente busca por produtos diferenciados e de qualidade, está fazendo com que estes tipos de estabelecimentos, cada vez mais procurem se especializar para atender as demandas de seus clientes.

O mercado da confeitaria vem passando nos últimos anos por esse crescimento e transformações. Um artigo publicado pelo Propan (Programa de Apoio à Panificação) sobre o desempenho do setor de panificação e confeitaria brasileiro em 2014 apontou que:

“Um Levantamento do Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC) em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), através de pesquisa em mais de 1.200 empresas de todo o país, abrangendo representantes do setor de todos os portes, revelou o desempenho do setor de panificação em 2014. O índice de crescimento das empresas de Panificação e Confeitaria em 2014 foi de 8,02% com o faturamento atingindo R$ 82,5 bilhões... Entre 2010 e 2014, o faturamento das empresas de Panificação e Confeitaria cresceu 46,5%... O setor representa cerca de 850 mil empregos diretos e 1,85 milhão de forma indireta... As vendas de produção própria representam 55% do volume de faturamento por departamento, ou R$45,37 bilhões”.

Com o intuito de salientar as informações sobre o cenário da confeitaria atual Brito (2009) comenta que o artigo ‘Estudo de Tendências: Perspectivas para a Panificação e Confeitaria 2009/2017’ lançado durante o II Seminário Tecnológico da Panificação e Confeitaria, realizado por meio de um convênio entre Sebrae e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e confeitaria (Abip), afirma que

“as panificadoras atualmente passam por um intenso processo de transformação. Elas constituem um setor onde não há crise, ao contrário, seus empresários só falam em crescimento constante. As mudanças de comportamento, necessidades e preferências do consumidor ditam os novos tempos da panificação e confeitaria no País e no mundo. Em termos de gestão, o negócio também está mudando bastante e se tornando mais sofisticado, abrangendo práticas dos setores industrial, de comércio e de serviços... A gestão das panificadoras e confeitarias está cada vez mais planejada, profissional e tecnológica”.

Ainda segundo o mesmo estudo aproximadamente 63,2 mil panificadoras compõem o mercado da panificação e confeitaria no Brasil, das quais 60 mil sendo micro e pequenas empresas, e como ressalva a coordenadora do Sebrae Nacional “a Panificação e confeitaria é o segundo setor que mais cresce no Brasil, no segmento de foodservice (alimentação fora do lar)”.

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Descrição da Empresa escolhida

Apesar de se tratar de um sistema de produção novo e estar em processo de inserção no mercado, o sistema de produção caseira de pães de mel analisado, vem obtendo bons resultados em vendas.

A produção trabalha com três tipos de recheios, brigadeiro, doce de leite e beijinho. O fato de oferecer produtos customizados de acordo com a necessidade e desejo do cliente está sendo um diferencial na produção dos pães de mel em relação aos produtos concorrentes, visto que estes nem sempre oferecem produtos personalizados.

Atualmente a produção de pães de mel é feita em um espaço de aproximadamente 40 m² na cidade de Dourados. O processo dispõe de dois produtores que são responsáveis por todas as atividades relacionadas ao sistema produtivo (desde a escolha e compra da matéria prima, processamento dos materiais até as vendas dos produtos acabados), quatro fornecedores sendo eles o Atacadão (fornecedor da matéria prima para a massa e os recheios), a Faça festas (fornecedor da matéria prima para a embalagem), a Triunfo (fornecedor da matéria prima para cobertura) e a Apícola (fornecedor

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