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A Viabilidade econômica de uma micro cervejaria artesanal

Por:   •  9/7/2018  •  3.270 Palavras (14 Páginas)  •  331 Visualizações

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De acordo com Reinold, 2008, produtores em escala necessitam reduzir custos, produzir cervejas com longa vida de prateleira e que suportem os trajetos de distribuição. Isso faz com que estes produtos sejam muito semelhantes entre si, restando a diferenciação na embalagem e campanhas de marketing. Já produtores especialistas regionais desenvolvem produtos diferenciados em termos de paladar e matéria prima, ocupando os espaços que os produtos massificados não alcançam. Nichos de consumidores interessados neste tipo de produto estão crescendo, e mesmo sendo ainda um número reduzido, possuem um alto poder aquisitivo, o que aumenta a oportunidade de novos negócios no setor (Estadão, 2014).

O objetivo deste trabalho é analisar a viabilidade econômica da implementação de uma microcervejaria artesanal em Gurupi, Tocantins.

Material e Métodos

O local escolhido é onde residem os sócios empreendedores, sendo o diferencial e principal vantagem do negócio ser a primeira microcervejaria artesanal do estado. Como desvantagens, pode-se citar a distância dos fornecedores e outros mercados consumidores.

A marca foi criada pelos próprios empresários e o produto em si é o principal meio de divulgação. Serão também criadas páginas em redes sociais e um site, que serão administrados pelos empresários. Inicialmente, a produção não comercializada será enviada para distribuidores e imprensa como brindes, assim como oferecida a ocasionais visitantes do local de produção, como degustação.

Por ser pioneira, a empresa não possuirá concorrentes diretos, mas concorrerá indiretamente e localmente com cervejarias artesanais de outros estados e cervejas importadas. Os produtos serão comercializados para distribuidoras, lojas, bares e restaurantes, inicialmente em Gurupi, Palmas, Goiânia, Brasília, Belém, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de janeiro e outras capitais, alcançando outras cidades de acordo com a aceitação do produto.

A análise pressupõe que a fábrica funcionará em um prédio alugado (Tabela 1), com cozinha industrial já em conformidade com a resolução RDC nº 216/MS/ANVISA, que trata sobre as boas práticas na produção e manuseio de alimentos para comercialização. Os empresários empregarão capital próprio para financiar o projeto.

Foi considerada a contratação de 1 funcionário, responsável pela limpeza, recebimento de insumos e auxilio na produção, realizada pelos proprietários. Foram considerados contratos de prestação de serviço para o contador e responsável técnico, dado que não há necessidade de dedicação exclusiva desses profissionais. O gasto de energia foi estimado com base no consumo dos equipamentos e o valor médio do kwh fornecido pela Energisa (excluída a da produção). As despesas administrativas, como internet, telefone, água (excluída a da produção) e outras foram baseadas em gastos de outras empresas de mesmo porte, mas outros segmentos. A depreciação foi baseada nas Instruções Normativas SRF nºs. 162/98 e 130/99 (Tabela 1). Após o final da vida útil os equipamentos serão utilizados como peças de decoração ou para produção não comercializável, como teste de novas receitas, ou seja, foi assumido valor residual nulo para esses itens.

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Tabela 1 – Custo fixo

Custos fixos

Valor mensal

R$

Aluguel de cozinha industrial¹

2.000,00

Auxiliar¹

2.000,00

Contador¹

1.000,00

Responsável técnico¹

1.000,00

Energia²

700,00

Despesas administrativas¹

500,00

Depreciação³

585,00

Total custo fixo

7.785,00

Fonte: ¹Dados originais da pesquisa realizada na cidade de Gurupi entre julho e agosto de 2016; ² Energisa (2016); ³ Instruções Normativas SRF nºs. 162/98 e 130/99

O custo dos equipamentos está ilustrado na Tabela 2. A produção inicial será de 2.465 litros/mês, visando estar abaixo dos 30 mil litros/ano, para se enquadrar à categoria de cervejaria artesanal, de acordo com a portaria SDA/MAPA 142/2012, o que facilita os trâmites de abertura da empresa.

Para a brasagem a empresa contará com um Ezbrew K60, resfriador de mosto, 20 tanques de fermentação de 100 litros cada, moinho, equipamentos de medição (termômetro, balança, refratômetro, densímetro, proveta), tapadora manual de garrafas e kit caseiro de panelas para utilização em cursos. Alguns equipamentos serão adquiridos em duplicidade para evitar que a produção pare devido a possíveis manutenções. Todos os preços foram considerados com o frete incluso (Tabela 2).

Foram considerados ainda equipamentos de ar condicionado, para resfriar o local onde ocorrerá a fermentação, uma câmara fria para a fase de maturação e armazenamento do produto final, e um computador. Foi previsto um montante para capital de giro e gastos estimados com despachantes e documentos para os registros municipais, estaduais e no Ministério da Agricultura [MAPA] (Tabela 3). Materiais de escritório assim como outras despesas decorrentes destes foram agrupados como despesas administrativas.

Foi considerado o parcelamento do investimento com equipamentos (Tabelas 2 e 3) em dez vezes, enquanto os registros, alvarás e capital de giro em uma única parcela no mês inicial.

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Tabela 2 – Equipamentos para brassagem

Equipamentos

Valor Unitário

R$

Quantidade

Unidades

Valor Total

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