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INDUÇÃO DE CICLICIDADE EM NOVILHAS PRÉ-PÚBERES COM UTILIZAÇÃO DE PROGESTERONA INJETÁVEL OU DISPOSITIVO INTRAVAGINAL PREVIAMENTE AO PROTOCOLO DE IATF

Por:   •  26/10/2018  •  2.864 Palavras (12 Páginas)  •  330 Visualizações

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Tratar novilhas pré-púberes com uso de hormônios, antemão do início do protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF), pode proporcionar efeitos benéficos (HALL et al., 1997). De acordo com Day; Anderson, (1998), a utilização de progestina reduz a quantidade de receptores de estradiol no hipotálamo, que restringe a retroalimentação negativa do estradiol na produção de GnRH, resultando em uma maior liberação de LH, consequentemente levando a ovulação, sendo este o engenho responsável pela indução de ciclicidades nos tratamentos com progesteronas. O aumento controlado da concentração sérica de progestina é indispensável para que se normalize a atividade luteal, chegando à ovulação (PETTERSON; CORAH; BRETHOUR, 1990).

Ao avaliar a resposta reprodutiva de novilhas de corte pré-púberes, exposta a tratamento com progesterona injetável ou com dispositivo intravaginal de liberação lenta de progesterona previamente utilizado pode-se antecipar o início do protocolo de (IATF), a vida reprodutiva dessas fêmeas, e, por conseguinte a viabilidade da produção da mesma.

Com base nas infotmações expostas, o estudo teve como objetivo avaliar o efeito da progesterona injetável na indução de ciclicidade de novilhas Nelore, em comparação ao dispositivo intravaginal de liberação de progesterona de 4º uso devido possuir um nível de progesterona menos concentrado, que em novilhas terá melhores efeitos previamente ao protocolo de IATF.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado em duas propriedades, localizadas no município de São José do Xingu e em Santa Cruz do Xingu, ambas no estado de Mato Grosso, Brasil. O experimento aconteceu entre o período de novembro de 2015 e de fevereiro de 2010. Foram utilizadas 519 novilhas pré-púberes da raça Nelore (Bos indicus) com média de 24 meses de idade, criadas em sistema extensivo, recebendo suplementação mineral com 80% de fósforo, com condição de escore corporal entre 2,5 a 3,5 (condição de escore corporal de 1 a 5, segundo proposição de WILDMAN; JONES; WANGNER, 1982).

As fêmeas foram submetidas no início do experimento ao exame de ultrassonografia (US) para avaliação ovariana, onde apenas as novilhas que não tiveram corpo lúteo (CL) foram enquadradas na indução. Foram divididas, aleatoriamente a cada três animais, em dois grupos: indução hormonal através de implante intravaginal (Grupo 1 n:265) e o outro através de hormônio injetável Sincrogest® (Grupo 2 n:254), mantendo assim um número equilibrado de escore corporal e idade.

2. 1 PROTOCOLO DE INDUÇÃO

O Grupo 1 recebeu um implante intravaginal de 4° uso 24 dias antes do início do protocolo de inseminação (D-24). Passado 12 dias com o implante (D-12), o mesmo foi retirado e administrado por via intramuscular 1 mg de Cipionato de Estradiol.

Após 12 dias, D0, as novilhas foram avaliadas por exame US, e as que apresentaram CL, foram submetidas ao início do protocolo de inseminação artificial a tempo fixo (IATF).

[pic 2]

Figura 1. Esquema de protocolo de indução com dispositivo intravaginal.

No Grupo 2, foi administrada uma dose de 1,0 mL via intramuscular de progesterona (P4) injetável (SINCROGEST®) 24 dias antes do início do protocolo de IATF (D-24). Após 12 dias (D-12), as novilhas receberam uma dose intramuscular de 1 mg de Cipionato de Estradiol. Após 12 dias, D0, as mesmas foram submetidas a US, para avaliação de ovário, se havia ou não CL. As que apresentaram ter ovulado e com presença de CL foram submetidas ao protocolo de IATF.

[pic 3]

Figura 2. Esquema de protocolo de indução com progesterona injetável.

2.1.1. Protocolo de IATF

No início do protocolo, dia 0 (D0), as novilhas receberam implante intravaginal de 2° uso juntamente com 2 mg de Benzoato de estradiol intramuscular. Dia 7 (D7), 0,265 mg de prostaglandina intramuscular. Dia 9 (D9) foi retirado o dispositivo intravaginal e as novilhas receberam uma dose de 300UI de gonodotrofina coriônica equina (ECG) e 0,6 mg de cipionato de estradiol. No dia 11 (D11) foi realizada a inseminação artificial IA. [pic 4]

Figura 3. Exemplo de protocolo de IATF.

As fêmeas não foram submetidos ao repasse com touros.

Análise estatística

As variáveis analisadas referentes a cada tratamento foram: taxa de indução, definida como a porcentagem de fêmeas que manifestaram cio após a aplicação dos tratamentos divida pelo total de fêmeas do experimento; e taxa de prenhez, definida como a porcentagem de fêmeas prenhes dividas pelo total de fêmeas induzidas ao protocolo de IATF.

Para fins de análise, as informações de cada animal foram agrupadas conforme o grupo de tratamento, a resposta de indução ao cio (manifestação ou não) e taxa de prenhez (sim ou não). Os resultados obtidos no experimento foram analisados por meio de teste t-Student, com significância de 5%.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1 estão contidos os dados relativos aos índices de indução com dispositivo intravaginal de liberação de progesterona de 4º uso e progesterona injetável nas novilhas das duas propriedades. Pode ser observado que não houve diferença entre os grupos tratamento, (P>0,05).

Tabela 1 – Comparação entre os métodos de exposição hormonal com relação á taxa de indução de fêmeas Nelore

Fazenda

Tratamento

Média de ECC

Taxa de Indução

01/maio

N

%

Fazenda Alegria

Dispositivo Intravaginal

3

(89/115)

77

Sincrogest® Injetável

3

(87/116)

75

Fazenda Filipina

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