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TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO FORENSE

Por:   •  8/12/2018  •  1.830 Palavras (8 Páginas)  •  290 Visualizações

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Entrevista Cognitiva

Para que se possa ajudar a busca por boa quantidade de informação, Fischer e Geiselman (1992) desenvolveram a Entrevista Cognitiva, a qual já havia sendo estudada durante trinta anos. No início deste estudo, apontaram-se com o desenvolvimento de técnicas cognitivas de recuperação de informações, como:

- Relato livre;

- Recriação do contexto;

- Mudança de perspectiva;

- Relato em ordem inversa ;

Após separadas tais técnicas, perceberam que esta somente não bastava, e sim, que era preciso um ambiente para que o entrevistado se sentisse a vontade a prestar tais informações, sendo assim, começaram a revisar as técnicas a fim de estabelecer um rapport (técnica usada para criar uma ligação de sintonia e empatia com outra pessoa) e construir perguntas que o entrevistado compreendesse, utilização de técnicas de memória, entre outras.

A partir da criação dessas novas técnicas da entrevista, foram criadas novas propostas, inclusive ao uso desta entrevista com crianças. Quando se começou a pensar em usá-las com crianças, observou-se que precisaria de mais cuidado, sendo assim, esta foi utilizada em diversos países e em todas elas, destaca-se o uso da narrativa livre. Esta entrevista foi adotada por instituições que estudavam e faziam intervenções em abuso sexual de crianças.

Para a mentoria deste tipo de entrevista, inicialmente foi criada com o intuito de casos de investigação de crimes, entre outros ramos.

Comparando-se a formas de entrevistas tradicionais, a entrevista cognitiva se destacou em relação à sua eficácia no âmbito jurídico.

Quando se começou a discutir os resultados da prática dessa entrevista, foi ressaltado que o psicólogo precisa ser um “facilitador” quando for “passar o controle da situação” de informações para o próprio entrevistado, sendo assim, nesta técnica não existe um programa já formado com perguntas prontas, ou seja, o entrevistador vai perguntando de acordo com a demanda do entrevistado. O psicólogo enquanto entrevistador, no momento da entrevista precisa estar com um semblante amigável, enfim, o psicólogo precisa mostrar empatia com o entrevistado.

Numa estrutura geral de entrevista, é preciso que o entrevistador siga os passos deste tipo de entrevista:

Fase 1- Cumprimento e personalizando a entrevista.

Fase 2- Estabelecer um rapport.

Fase 3- Explicando o objetivo da entrevista.

Fase 4- Recriando o contexto.

Fase 5- Iniciando um relato livre.

Fase 6- Parte interrogativa.

Fase 7- Perguntando de forma compatível com o relato do entrevistado.

Fase 8- Lembrando-se de diferentes perspectivas.

Fase 9- Lembrando em ordem inversa.

Fase 10- Síntese.

Fase 11- Encerramento.

Para que se possa finalizar, o autor ressalta que o entrevistador pode utilizar interferências no uso da técnica de três formas: Treinamento adequado, Gravação da entrevista seja em áudio ou vídeo e Preparação para a entrevista. Sendo assim, esse tipo de entrevista tende a dar certo no âmbito jurídico.

5.3 O Uso dos Testes Psicológicos

O objetivo dos testes psicológicos é avaliar o estado mental dos indivíduos com mais clareza.

Essa possibilidade tem sido percebida pelo sistema judiciário que tem gerado solicitação crescente de laudos psicológicos (Ávila Espada e Rodríguez-Sutil, 1995).

Os testes é uma forma de os psicólogos medirem as habilidades funcionais, deficts, personalidade e status mental dos indivíduos.

É de extrema importância entender que o processo da avaliação psicológica forense é amplo e profundo, e os testes devem ser minuciosamente escolhidos para o que esta sendo estudado sobre o histórico pessoal do individuo.

Melton e colaboradores (1997) aconselham os psicólogos a reconhecer alguns fatores para definir quando e como usar os testes psicológicos, tais como: relevância à questão legal especifica, a natureza hipotética dos resultados do teste, limitações na reconstrução de contextos e considerações sobre a validade aparente.

Rovinski e Elgues (1999) realizaram uma pesquisa onde mostra que 87% dos psicólogos forenses usam testes projetivos e gráficos (Machover, HTP, Desenho da família, T.A.T), fora a entrevista clinica.

Os testes tem o objetivo de avaliar estados psicopatológicos, traços de personalidade e inteligência geral, porem nem sempre são eficazes para atender as necessidades impostas pela demanda legal, referente à credibilidade e a relevância.

5.3.1 Guia para o uso de testes no contexto forense

A Resolução n° 02/2003, editada e revisada pelo Conselho Federal de Psicologia através das Resoluções 06/2004 e 05/2012, regulamentou, no Brasil, a utilização dos testes pelos psicólogos. Nessas resoluções estão definidos o conceito e a utilização dos instrumentos, exigindo-se que estes últimos sejam aprovados por uma comissão de avaliação do próprio CFP (art. 8 e 18) para serem utilizados. Caso o psicólogo desrespeite essa determinação o mesmo poderá ser punido com um processo administrativo pela falta de ética. Para consultar os testes aprovados o psicólogo deve acessar o site do Conselho Federal de Psicologia através do SATEPSI.

É de extrema importância ter cuidados para a escolha dos testes referente à limitação do sujeito e do ambiente onde o teste será realizado.

5.3.2 O Rorschach em diferentes demandas do contexto Forense

O teste psicológico de Rorschach trata-se de um teste projetivo, do qual avalia a personalidade de um sujeito a partir das interpretações ditas mediante ao que vê no cartão apresentado. Este é um dos testes mais utilizados na área da psicologia forense, a aplicação do teste não sofre uma “medição direta”

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