Resumo - Os Tres Ensaios da Teoria da Sexualidade
Por: Juliana2017 • 17/4/2018 • 746 Palavras (3 Páginas) • 356 Visualizações
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Sabe-se, então, que a puberdade é marcada pela relação com o objeto sexual. O primeiro objeto da criança é o seio materno. Após a perda deste objeto, o desenvolvimento torna a pulsão autoerótica, somente depois é que a relação originária será restabelecida. Assim, “o encontro do objeto é, na verdade, um reencontro”.
Freud afirma que é necessária uma estimulação da pulsão por parte da mãe (dos pais) para o seu desenvolvimento, inclusive para erigir a barreira do incesto e para integrar os preceitos morais que exercem papel significativo na posterior escolha do objeto -- nos psiconeuróticos, considerável parcela da atividade sexual que se endereça ao objeto permanece inconsciente devido às resistências à sexualidade. No entanto, esta estimulação deve ser moderada, caso contrário, produzirá crianças mimadas e neuróticas em potencial; é tênue a linha que separa a neurose dos pais da neurose dos filhos. A relação com os pais é, então, de extrema importância para o desenvolvimento considerado normal da vida sexual do sujeito, o amor sexual e o amor não-sexual advém das mesmas fontes, porém este é decorrente da fixação infantil da libido, qualquer adversidade nesse relacionamento implicará em prejuízos posteriormente.
A angústia infantil é apresentada como proveniente da falta da pessoa amada, mas só tendem a esse estado aquelas crianças cuja pulsão sexual foi precocemente desenvolvida, exigente devido aos mimos. A angústia neurótica nasce da libido e mantém relação íntima com esta. A criança transforma em angústia a libido insatisfeita, enquanto que o adulto se angustia diante da solidão.
Freud revisita este ensaio à medida em que progride no desenvolvimento da teoria psicanalítica, inserindo notas de rodapé muito esclarecedoras que integram e dão consistência a outros tentáculos da formulação conceitual.
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