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Plantão Psicológico e o cuidado na urgência: panorama de pesquisas e intervenções

Por:   •  3/12/2018  •  1.342 Palavras (6 Páginas)  •  350 Visualizações

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o indivíduo buscam informações sobre seus respectivos sintomas, tentando fazer um autoconhecimento.

A escuta é primordial neste primeiro momento, pois é necessário estabelecer um espaço de relação para que o indivíduo fale sobre suas angústias e sofrimentos.

O indivíduo necessita de uma escuta autêntica e profissional e uma resposta que o faça refletir na necessidade da consulta. O espaço relacional é criado através dessa escuta, para que se realize uma experiência no contexto cultural contemporâneo.

O plantonista tem a função neste cenário de agir de uma forma com que o indivíduo, suscite movimento de consultar a si mesmo, a forma de abordagem do plantonista fará este movimento, que não poderá ser produzido. Pelo plantonista, mas a postura, presença, e a escuta será uma forma indireta de um convite.

O aluno pode procurar o plantão psicológico com várias motivações, mas entende-se que não será permitido nenhum tipo de manipulação referente à instituição e o psicólogo.

Há dificuldades em lidar com cliente descompromissado com vivências apresentadas por ele mesmo ao plantonista, o diálogo, a atenção é muito importante entre o cliente e o plantonista, através deste contexto haverá uma elaboração de experiências.

O autor também relata um grande desafio enfrentado pelo plantonista, em que uma reunião não se torne uma sessão clínica.

Muitas vezes é procurado o local por clientes que já realizam a tratamento psicoterápico, procurando resultados imediatos, ou seja, mais rápido.

Neste contexto cultural contemporâneo a psicologia este muito presente na vida do indivíduo em relação à cultura psicologizante.

Desafios e seus horizontes infinitos

Nesse tópico temos um conceito muito interessante a ser abordada no processo desafiante de um plantão psicológico, a “experiência elementar” onde a pessoa vive o momento da experiência atenta a cada detalhe, algo que torna a experiência mais rica. Na medida em que entendemos o outro não como um indivíduo com modos de viver e sentir únicos, mas, como um indivíduo em movimento com várias formas de sentir e agir, o conceito de experiência elementar irá colocar em foco não tanto o problema, mas a maneira em que o cliente lida e vive a experiência abordada, e assim, auxilia a pessoa na identificação do que precisa ser trabalhado no momento, levando o cliente a uma tomada de decisão diante da situação descrita.

Na busca de entender as situações e experiências que levam o cliente na busca de uma ajuda, a clareza dos motivos que o levaram até ali, dos elementos e seus significados, a capacidade crítica, a identificação de uma necessidade de cuidados consigo mesmo irá tornar o processo mais leve e breve.

A importância de se introduzir a experiência elementar no processo do plantão psicológico se tornou muito importante, e cabe a nós profissionais buscar a cada dia a eficácia e a elaboração de um trabalho ético e comprometido.

Em meio a tantos desafios em torno de uma modalidade de trabalho tão desafiante e gratificante, ainda nos escapa detalhes importantes a serem abordados nesse processo, uma atenção maior a pessoa, as experiências descritas, ao movimento de escuta, ao que não se pode perder durante o contato com o cliente, o que dificulta um resultado pleno e eficaz.

Com isso entendemos que um processo que tem características que não podem ser controladas, que possuem um mistério em torno de si, onde sentimentos, comportamentos e elaboração de experiência podem ser identificados durante o momento de silêncio, deve ser tratado como único, e onde se busca cada vez mais que o cliente encontre através de sua própria elaboração, a resposta que tanto precisa.

Referência Bibliográfica:

Mahfoud, M. (2013). Desafios sempre renovados: Plantão psicológico. Em M. A. Tassinari, A. P. S. Cordeiro, & W. T. Durange (Orgs.), Revisitando o plantão psicológico centrado na pessoa (pp. 33-50). Curitiba, PR: CRV.

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