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PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO: CONSCIENTIZAR PEDESTRES E CONDUTORES DE SEUS COMPORTAMENTOS DE RISCO NO TRÂNSITO, PARA RESGATAR A RESPONSABILIDADE PELA VIDA.

Por:   •  19/5/2018  •  2.135 Palavras (9 Páginas)  •  487 Visualizações

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Tornar cada indivíduo, agente ativo com o fim de reduzir a violência desenfreada ao transitarmos, através da psicanálise e da educação desde a pré-escola até a universidade incluindo as autoescolas, aplicando melhor metodologia de ensino e acompanhamento psicanalítico em grupos.

- REVISÃO DE LITERATURA

O estudo será um artigo científico com análise e reflexão baseando-se em trabalhos científicos, artigos de revistas, periódicos, livros e sites já publicados, a fim de corroborar com os mesmos, pois se acredita na relevância da educação e análise do comportamento humano para um trânsito seguro, com incentivo à redução estatística dos acidentes, devendo-se para isso, inserir este tema desde a Educação Infantil onde a criança crescerá com uma visão diferenciada de cuidado e respeito ao seu semelhante, até o Ensino Superior, com capacitações frequentes e campanhas de conscientização onde o adulto possa acreditar que sempre poderá mudar comportamento desde que tenha vontade, estímulo e consciência do seu compromisso com a vida humana.

§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.

O § 2º do CTB cria um direito aplicável, a todos, indistintamente, o que não significa que por ser direito, não represente igualmente uma obrigação, pois a segurança no trânsito depende da participação de toda a sociedade, não sendo possível esperar que apenas os órgãos e entidades de trânsito se responsabilizem pela garantia a esse direito. Neste sentido, ressalta-se que a segurança do trânsito está inserida na segurança pública, prevista no artigo 144 da Constituição Federal: “A segurança pública, dever do Estado, direito e RESPONSABILIDADE de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio...”

Desde a história da criação do primeiro automóvel, seu desenvolvimento e modernização, ao crescimento desordenado das cidades e elevado aumento da frota de veículos nos dias atuais, O trânsito transformou-se um tema de preocupação mundial. Em contra partida há ainda pouco investimento do governo na estrutura física e organização do trânsito que deveria garantir fluidez, capacidade, segurança, economia, para facilitar deslocamentos entre locais, a circulação de uma via a outra, o acesso às edificações, ao ambiente urbano, área de estudo da Engenharia de Trânsito.

Numa análise comportamental, dentro do sistema viário Homem - Via - Veículo, o homem é o mais complexo dos subsistemas por envolver tanto os processos internos: como emocionais e psicológicos entendidos como subjetivos, como os externos. Seus comportamentos internos ou externos, conscientes ou não, tem sido influenciados por esse crescimento urbano descontrolado gerando aumento do estresse, do corre-corre, da falta de tempo, além de sermos uma sociedade consumista que valoriza o “ter” em detrimento do “ser” e tudo isso acaba impulsionando o ser humano a estar sempre em velocidade no seu dia a dia em tudo que faz dentro ou fora de um veículo. Ele acredita ainda que essa máquina que ele dirige pode dizer pelo status do carro, se ele é alguém mais poderoso do que o seu próximo. Tudo isso tem contribuído para um número cada dia mais alarmante de desastres cada vez mais sérios ao transitar. O estudo do ser humano com suas reações às variáveis internas e externas do dia a dia faz parte do estudo da Psicanálise do Trânsito (ou psicologia do trânsito, matéria recente em termos de estudo de trânsito).

Só podemos olhar o outro e sua história, se temos conosco uma abertura de aprendiz que se observa em sua própria história. Nesse sentido, a ação de olhar é um ato de estudar a si próprio, a realidade, o grupo, à luz que nos inspira, pois sempre só vejo o que sei. (PIAGET apud ARANHA,1996)

Encontram-se aqui o condutor, o pedestre e a máquina super valorizada que cria no humano a sensação de maior poder, traçando seu caminho pela cidade, pelo trânsito, nos revelando à fabricação de um quotidiano que levou o homem comum à ruptura com a própria natureza, construindo um mundo onde a lei é: “diga o que consomes que te direi quem és!”

Numa palavra: quando o homem recria o mundo à sua imagem e este mundo vai recriando, vai produzindo seu homem, é como se estivéssemos diante de um relógio sem ponteiros, cujo eixo só serve para dar corda e volta para o mecanismo, ou diante de um jogo de espelho sem corpo a refletir. A rigor, o relógio mostra algo e algo é refletido pelos espelhos, mas isto que se patenteia, sendo miolo do projeto humano, simplesmente não pode ser reconhecido pelo próprio homem, pois é a denuncia de seu desconhecimento interno, da falta de proporção entre o que deseja para si e o que lhe convém” (HERRMANN, 2001, p.21)

Na definição de VASCONCELOS, trânsito traz uma visão multidisciplinar numa relação com o direito, psicanálise, engenharia, política, pedagogia, entre outras áreas do conhecimento. É importante compreender como o trânsito funciona e as suas várias faces para interagirmos melhor com este ambiente do nosso dia a dia, aprendendo a respeitar o sistema de normas e regras, bem como uns aos outros, conscientizando-os da necessidade da boa convivência e cooperação.

“O trânsito é uma disputa pelo espaço físico, que reflete uma disputa pelo tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos - é uma negociação permanente do espaço, coletiva e conflituosa. E essa negociação, dadas as características de nossa sociedade, não se dá entre pessoas iguais: a disputa pelo espaço tem uma base ideológica e política; depende de como as pessoas se vêem na sociedade e de seu acesso real ao poder". (VASCONCELOS, Eduardo A. O que é trânsito. São Paulo: Brasiliense, 1991).

Por isso a importância de entender as áreas do conhecimento, com olhar holístico inserindo-as na Educação para o Trânsito, percebendo-se a necessidade de um estudo profundo, onde se inter-relacionem e busquem num fim comum, a melhor maneira de fazer funcionar nosso trânsito de maneira segura e pacífica.

Todos fazem parte do sistema viário e, portanto, a educação se estende por meio do comportamento do homem nas vias públicas, pois se participa do trânsito desde antes de nascer, na barriga da mãe, até a morte.

É nesse cenário de segurança x violência que o cidadão precisa ser cobrado nos seus deveres, com ações punitivas, mas também sensibilizado

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