Resenha dos capítulos 4 e 5 do livro " Comportamiento político y electoral" de Anduiza e bosch
Por: Sara • 12/7/2018 • 1.340 Palavras (6 Páginas) • 372 Visualizações
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A origem dos valores políticos dos cidadãos é explicada a partir das seguintes seções: socialização primária, os valores explicitamente políticos aprendidos na infância através da família que tendem a se consolidar ao longo da vida influindo muito no voto; valores pré-políticos, valores que se referem a questões facilmente politizáveis como, por exemplo, a classe social subjetiva, originando nossos valores políticos, ou seja, influindo no nacionalismo, na decisão de votar ou não, esquerda ou direita ; mobilidade, uma mudança de posição social ou uma mudança de residência que altera os valores políticos e ;socialização secundária, se dá através da escola, mídia ou companhias e pode alterar ou reforçar valores políticos.
Em seguida, o texto explica a identificação com um partido através do modelo Michigan que pressupõe que a maioria dos americanos utilizam esse valor para processar informações políticas. O modelo explica que os partidos funcionam como etiquetas para os americanos e se identificar, simpatizar com um partido não significa ser militante, a partir de uma pergunta sobre a direção, democrata ou republicano, e outra depois sobre a intensidade, fortemente ou fracamente, foi construída a escala. A escala presume que a maioria dos cidadãos se identifica com um partido e que a maioria vota no partido com o qual se identifica, essas atitudes tendem a se repetir ao longo do tempo configurando o voto normal e esse ritual antropológico só consolida a identificação com o partido. Esse voto normal também pode ser aplicado ao coletivo e, assim, facilitar a previsão dos resultados eleitorais trazendo uma certa estabilidade eleitoral mas que não impossibilita alterações de voto.Essas alterações de voto seriam o voto desviado, motivado por uma antipatia pelo atual candidato ou escândalos do partido em que geralmente se vota mas nas próximas eleições ocorreria a "tendência de voltar pra casa".
Logo após, duas críticas são feitas ao modelo de Michigan: a crítica da tautologia, afirma que o modelo faz o mesmo que dizer que "a inflação é a causa da subida dos preços" ao explicar a variável voto como resultado da variável identificação com um partido; a crítica do bipartidarismo, o modelo não faz tanto sentido quando aplicado em sistemas multipartidários ou unipartidários., a dificuldade ao aplicar o modelo em outros países com apenas um partido ou com mais de dois porque este é baseado no sistema bipartidário e parte do princípio de que quanto mais se identifica com um partido mais se afasta do outro.
A ideologia esquerda-direita e sua influência no voto é explicada no texto pelo modelo ideológico do voto. Para funcionar, o modelo pressupõe que a maioria possui uma orientação ideológica de esquerda ou direita, que a maioria sabe identificar essa orientação nos partidos e que a maioria vota no partido de acordo com sua orientação. Assim como na versão americana, o voto reforça a ideologia, sua repetição se torna um voto normal, outras adaptações estão presentes como a forma coletiva do voto normal,o voto desviado seguido de home tendency . Na Europa é esse o valor político que mais impacta no voto e, por isso, essa adaptação do modelo de Michigan se encaixou bem.
Por fim, em alguns países não se verifica uma forte relação entre a ideologia de esquerda ou direita e o voto porque um outro valor político impacta mais, o nacionalismo. No texto, esse impacto é demonstrado pelo exemplo da Irlanda em que muitos eleitores de esquerda não votam no partido dos trabalhadores, tipicamente de esquerda, para votar no partido nacionalista irlandês.
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