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O Sentido sexual dos sintomas

Por:   •  25/12/2018  •  1.312 Palavras (6 Páginas)  •  350 Visualizações

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Duas observações extraídas da prática psicanalítica.

1) Os sintomas neuróticos são substitutos do prazer sexual.

2) A sexualidade ‘pervertida’ não seria senão uma sexualidade infantil cindida (dividida) em impulsos separados

Na neurose histérica os sintomas podem ocorrer em qualquer órgão. Nos sintomas histéricos os órgãos metaforicamente substituídos pelos genitais são justamente aqueles que não possuem significação sexual. Para algumas pessoas existe uma dificuldade em obter uma satisfação sexual normal que as leva a inclinações pervertidas , já presentes de forma latente.

Na neurose obsessiva, as fantasias não são colocadas em ação, e têm por alvo igualmente objetos considerados proibidos, há uma agressividade, muitas vezes ocultas nos rituais, e como consequência uma culpa têm a mesma função que o sintoma somático do histérico.

Freud, por suas observações clínicas observou que as perversões começariam na infância, onde a criança é um "perverso polimorfo" - capaz de experienciar prazer de múltiplas maneiras, em múltiplas zonas do corpo e com múltiplos objetos.

As fantasias infantis girariam em tornos das figuras parentais, e no campo da função materna – ser o falo da mãe, ou no campo das normas e da lei – função paterna. Ou seja, apontariam para o objeto proibido e puniriam o sujeito por disputá-lo com a figura rival, em especial no obsessivo, na histeria o prazer na relação fica associado ao temor de ser transformado em objeto, em ser o objeto (dai a sedução – ligado a função materna), enquanto o obsessivo o prazer na relação com o outro fica associado à agressividade, na medida em que se julga transformar o outro em objeto dos próprios interesses, do próprio desejo, bem como excluir o rival.

Freud ressalta no texto, que, do ponto de vista da organização, a homossexualidade não é uma perversãopois há impulsos homossexuais em todos os neuróticos, advindos da ambivalência de ódio e amor as figuras parentais. Sendo assim, a questão da homossexualidade aparece apenas como uma inversão do objeto e não como uma organização perversa. A homossexualidade, desta forma, pode aparecer em qualquer organização. Traz exemplos de histeria e paranoia relativos a questão.

Sobre a sexualidade infantil ressalta e explica que as crianças são desprovidas daquilo que transforma a sexualidade em função reprodutiva. Sendo assim, o abandono da função reprodutiva e a permanência da obtenção de prazer é o aspecto comum de todas as perversões. a sexualidade infantil não é barrada pela castração. Ou seja, a criança não remete os seus comportamentos sexuais a questão da lei, como na neurose – dai ser perverso polimorfa.

As observações acerca da atividade sexual de uma criança pode começar antes dos 3 anos. Não se pode esclarecer mas também não se pode enganar as crianças quanto a isso. E a curiosidade vem em querer saber de onde vem os bebes. Aqui as fantasias envolvem a exclusão do rival (reprodução sem o homem, como a mãe que come sementinha, a cegonha), ou as fantasias da criança que se nasce semelhante a excreção. Os meninos que supões que as mulheres um dia tiveram penis, e este caiu ou foi cortado. Mais tarde, amedronta-se com tal possibilidade e qualquer ameaça feita sobre seu órgão genital gera nele um retraimento.

O menino, então, entra no complexo de castração, que está diretamente relacionado a saída do complexo de Édipo e, consequentemente, na organização psíquica da criança, pois é o que posteriormente implicará em um posicionamento diante do desejo da mãe e nas questões posteriores relativas ao final do Édipo.

No caso das meninas, elas invejam os meninos por não possuírem um pênis e desenvolvem assim o desejo de ter um pênis. De acordo com o autor, este fenômeno se desdobra em um desejo de ser homem, o que pode transcorrer em problemas relativos ao papel feminino na idade adulta, na neurose.

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