O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO
Por: eduardamaia17 • 16/11/2018 • 1.279 Palavras (6 Páginas) • 520 Visualizações
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Para Sartre essa angústia não conduz a não atividade, a não ação, que é orientada pela pluralidade de possibilidades e quando escolhem uma opção se dão conta que ela só tem valor por ter sido escolhida. Quanto ao falar de desamparo, Paul Sartre faz menção a uma citação de Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Afirmando ser este o ponto de partida do existencialismo. Segundo ele, tudo é permitido e por consequência o homem está desamparado porque não encontra nele próprio e nem fora dele nada para se agarrar, se prender. E não encontra desculpas por começo. Já que a existência precede a essência, nada jamais poderá ser explicada com sentido de uma natureza humana dada e definida, ou seja, não existe uma determinação, o homem é livre, o homem é liberdade.
Depois de esclarecer esses pontos, Sartre acredita ter respondido as críticas feitas pelos comunistas e cristãos, ressaltando mais uma vez que o existencialismo não pode ser considerado como uma filosofia que permanece imóvel, já que o homem é definido pela a ação. O existencialismo diz que a única esperança esta em sua ação e que só o ato permite ao homem viver. Porém, apesar de tudo o existencialismo ainda era acusado de aprisionar o homem na sua subjetividade, acusações que Sartre associou a uma má interpretação. Com isso, mais uma vez Sartre assume o existencialismo como de fato tem como ponto de partida a subjetividade do indivíduo, justamente por ser uma doutrina que tem como base a verdade, realista, contrarias a teorias utópicas, bonitas, baseadas em esperanças mais sem fundamentos reais. Como ponto de partida, Paul Sartre afirma que não poderia existir outra verdade se não: “Penso logo existo”, pois é aqui que o ser aprende e apreende a verdade absoluta da consciência, e toda teoria que considera o homem fora desse momento em que ele apreende a si mesmo é, de partida, uma teoria que supre a verdade, pois, fora do cógito cartesiano todos os objetos são apenas prováveis e uma doutrina de probabilidades que não estejam ancorados na verdade desmoronam do nada.
O existencialismo, pois, na medida em que pode dar origem a vontades revolucionarias, deve ligar-se antes de qualquer coisa a uma operação de autocrítica. Não penso que o faça de bom grado, mas deveria fazê-lo. Sartre afirma que o existencialismo é um esforço para tirar todas as consequências de uma posição atéia coerente. O seu objetivo não é mergulhar o homem no desespero, mas ele parte do desespero original do homem, que é a atitude de descrença. Segundo Sartre, o existencialismo não é um ateísmo no sentido de que se esforça por demonstrar que Deus não existe. Ele afirma que o problema não está em sua existência, mas em que o homem deve se reencontrar e se convencer de que nada pode salvá-lo de si mesmo, nem mesmo uma prova válida e concreta da existência de Deus.
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