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O Desenvolvimento Humano Velhice

Por:   •  30/4/2018  •  4.616 Palavras (19 Páginas)  •  329 Visualizações

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medida de controle emocional por meio da oração, criação de estados emocionais positivos, redução do estresse e a fé em deus como forma de interpretação dos infortunes.

Com o grande número de idosos ativos e saudáveis, houve uma mudança no conceito de envelhecimento, há dois conceitos o envelhecimento bem sucedido e o envelhecimento ideal, que em partes substituiu a idéia de que o envelhecimento resulta de processos inevitáveis e intrínsecos de perdas e declínios.

A teoria do desengajamento proposta por Cumming e Henry foi uma das primeiras teorias influentes da gerontologia, que diz que uma velhice bem sucedida é caracterizada pelo mútuo afastamento entre idosos e sociedade, enquanto a teoria de atividade desenvolvida por Neugarten e outros, sustenta que para envelhecer bem uma pessoa deve permanecer tão ativa quando possível.

Quando a vida adulta tardia chega novos esquemas de vida surgem, como por exemplo, a moradia desse idoso. Nos países em desenvolvimento os idosos vivem normalmente com os filhos adultos e os netos em domicílios multigeracionais, embora esse costume esteja declinando, a maioria dos idosos vivem sozinhos ou com cônjuge.

A maioria dos idosos de países industrializados prefere se possível ficar na própria casa ou na sua comunidade, o envelhecer em casa faz mais sentidos para idosos que conseguem cuidar de si mesmo ou precisam de cuidados mínimos.

O uso de instituições não familiares para cuidar de idosos fragilizados varia grandemente em todo o mundo. O número de residente em casa de repouso aumentou deste os anos de 1970 por causa do crescimento da população de idosos.

É muito importante que haja relações sociais na velhice, pois o apoio emocional ajuda as pessoas mais velhas a manter satisfação na vida, em fase de estresse e traumas como a perda de um cônjuge ou um filho, uma doença altamente letal ou um acidente, os laços positivos tendem a melhorar a saúde e o bem-estar.

Estudos realizados por Capitanini (apud, 2000; ALTMAN, Mirian, 2001) afirma que na sociedade atual os idosos tem um tipo de vida que conduz ao sentimento de solidão, apatia e insatisfação, e esses sentimentos ocorrem principalmente em idosos que morar em cidade grande.

Nessa fase de envelhecimento ocorrem grandes modificações físicas e intelectuais, há também mudanças significativas na personalidade que gera sentimentos constantes de insegurança, medo e tensão que se revelam por comportamentos rígidos, conservadores e não adaptado.

Atualmente já é possível construir uma articulação entre a psicanálise e o envelhecimento, embora Freud não tenha elaborado nenhum trabalho específico para o idoso, Fred apenas trata de temas que ajudam a pensar no envelhecimento.

Freud afirma que: “O luto é uma reação natural pela perda de uma pessoa amada”. Ele trata o luto como um processo psíquico que o individuo percorre com o sofrimento, quando perde um objeto amado e vai lentamente se desligando dele.

Hoje o idoso tem outra configuração, pois a sociedade consumista e a mídia alteram bastante a imagem do individuo que envelhece. Os parâmetros sobre idade mudaram tanto quanto a psicanálise.

Banchi (apud, 1993; ALTMAN, Mirian, 2001) também chama atenção para o fato de que o envelhecimento implica em um conjunto de renuncia e narcisismo que se opõem aos desejos infantis, se por todo o tempo, ser investido sem obrigação de reciprocidade e dispor do objeto amado.

Ainda segundo o autor, na velhice existe um trabalho de aceitação da realidade que pode dar lugar ao sentimento de castração em seu próprio ser, pois não é o outro que vai perder, mas a si mesmo, desta forma o trabalho do luto e do eu e do corpo constitui-se em uma problemática depressiva.

Com o avanço do conhecimento científico, hoje em dia é possível diferenciar-se o envelhecimento normal (senescencia) com as possíveis doenças associadas (senilidade), diferenciação que constituiu um importante critério para o diagnostico e tratamento adequado.

5. Desenvolvimento

a. Envelhecimento

O processo de envelhecimento apresenta um fenômeno culturalmente construído, que varia de sujeito para sujeito e de época para época, pelo que defini-lo se torna uma tarefa complexa, uma vez que cientificamente é encarado de formas distintas. Contudo, há uma ideia comum e transversal a todos os autores: é um processo irreversível, que se inscreve no tempo (Papaléo-Netto, 2007).

Ao longo do processo de envelhecimento, o ser humano vai se tornando cada vez mais sensível ao meio ambiente devido à diminuição de suas capacidades de adaptação (Rosa, Matsudo, Liposcki, & Vieira, 2005). É necessário cuidar para que esse processo seja saudável e ativo, o que significa estimular o idoso a praticar sua independência e autocuidado. Caso isso não seja possível, é importante cuidar para que as necessidades do indivíduo sejam supridas, pois o envelhecimento motor do idoso modifica sua interação consigo mesmo, e com as outras pessoas à sua volta.

O envelhecimento tem ganhado maior visibilidade e vem sendo considerado um processo natural da vida, permeado por mudanças físicas como perda de força física, flexibilidade, resistência, mobilidade articular, equilíbrio estático e dinâmico, limitação da amplitude de movimento de grandes articulações que ameaçam a independência do indivíduo e que interferem na realização de suas atividades da vida diária, outras alterações como na marcha, nos sistemas visuais, cardiorrespiratório, viscerais, neurológicos e imunológicos, enfim diminuição da coordenação corporal, psicológicas e sociais, em alguns casos essas alterações limitam a interação do idoso com o meio ambiente.

b. Qualidade de vida na velhice

Embora o termo qualidade de vida seja uma questão complexa e difícil de ser definida, existem autores que explicam o que ela pode significar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, afirma que qualidade de vida é a percepção do indivíduo acerca de sua posição na vida, de acordo com o contexto cultural e sistema de valores com os quais convive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.

Pesquisas indicam que hoje em dia a expectativa de vida das pessoas está crescendo cada vez mais, porém de nada adianta valorizar os anos a mais se eles não possuírem uma boa qualidade de vida. Identificar os fatores que assegurem uma boa qualidade de vida na velhice deve ser primordial. Vários elementos são apontados como determinantes de bem-estar na velhice: longevidade, saúde biológica,

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