O Comportamento Operante
Por: Lidieisa • 3/10/2018 • 4.693 Palavras (19 Páginas) • 930 Visualizações
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- Extinção operante
A suspensão do reforço tem como resultado a gradual diminuição da frequência de ocorrência do comportamento.
- Resistência à extinção
Tempo ou número de vezes que um organismo continua emitindo uma resposta após a suspensão do seu reforço.
Quanto mais tempo (ou maior número de vezes) o comportamento continua sendo emitido sem ser reforçado, maior será a resistência à sua extinção. Quanto menos tempo o comportamento continua sendo emitido sem ser reforçado, menor será a resistência à sua extinção.
Fatores que influenciam a resistência à extinção
Basicamente, três fatores influenciam a resistência à extinção de um comportamento:
- Número de reforços anteriores
O número de vezes que um determinado comportamento foi reforçado até que o reforço fosse suspenso. Quanto mais um comportamento é reforçado, mais resistente à extinção ele será.
- Custo da resposta
“Se for mais difícil, desisto mais rápido”.
Quanto mais esforço é necessário para emitir determinado comportamento, menor será a resistência à extinção.
- Esquemas de reforçamento
Quando um comportamento às vezes é reforçado e às vezes não o é, ele se tornará bem mais resistente à extinção do que um comportamento reforçado continuamente.
- Outros efeitos da extinção
O principal efeito da Extinção Operante é o retorno da frequência do comportamento aos níveis prévios (nível operante). No entanto, a extinção produz outros três efeitos muito importantes no início do processo:
- Aumento na frequência da resposta no início do processo de extinção
Antes de a frequência da resposta começar a diminuir, ela aumenta abruptamente.
- Aumento na variabilidade da topografia (forma) da resposta
Logo no início do processo de extinção, a forma como o comportamento estava sendo emitido começa a modificar-se de diversas formas.
- Eliciação de respostas emocionais (raiva, ansiedade, irritação, frustração, etc)
Ao se colocar um comportamento em extinção, respostas emocionais tendem a aparecer.
- Modelagem: aquisição de comportamento
Os comportamentos novos que aprendemos surgem a partir de comportamentos que já existem em nosso repertório comportamental.
A modelagem é um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento-alvo. O resultado é um novo comportamento.
O reforço diferencial consiste em reforçar determinados comportamentos que obedecem a algum critério e em não reforçar outras respostas similares.
Portanto, basicamente usamos na modelagem o reforço diferencial e aproximações sucessivas a fim de ensinar um novo comportamento, sendo uma característica fundamental da modelagem a imediaticidade do reforço, ou seja, quanto mais próximo temporalmente da resposta o reforço estiver, mais eficaz ele será.
2- Aprendizagem pelas consequências: O controle aversivo
2.1 Por que “controle aversivo do comportamento”?
Defende-se que o controle exercido pelos três tipos de consequências (reforço negativo, punição positiva e negativa) é aversivo porque o indivíduo se comporta para que algo não aconteça, ou seja, para subtrair um estímulo do ambiente ou para fazer com que nem mesmo ocorra.
Os organismos tendem a evitar ou fugir daquilo que lhes é aversivo.
O controle aversivo diz respeito à modificação na frequência do comportamento utilizando-se o reforço negativo (aumento na frequência) e punição positiva ou negativa (diminuição na frequência).
De certa forma, a extinção também se configura como algo aversivo, sendo observadas fortes reações emocionais, principalmente quando a extinção segue ao reforçamento contínuo do comportamento (isto é, todas as respostas eram seguidas de reforço.) Contudo, não se considera a extinção como controle aversivo, principalmente ao envolver reforçamento diferencial.
Estímulo Aversivo é um conceito relacional (envolve relações entre eventos) e não funcional. Não existem estímulos eminentemente aversivos que serão aversivos para todas as pessoas. Estímulos aversivos variam de pessoa pra pessoa, o que pode ser aversivo para um, pode ser reforçador para outro. Sendo assim, os estímulos aversivos serão definidos como aqueles que reduzem a frequência do comportamento que os produzem (estímulos punidores positivos), ou aumentam a frequência do comportamento que os retiram (estímulos reforçadores negativos).
Muitas vezes, utiliza-se reforço negativo no lugar de estímulo aversivo, como se a punição positiva fosse a apresentação de um reforço negativo, o que é um erro! Vale lembrar que o reforço negativo produz um aumento na frequência do comportamento, não podendo participar da punição.
2.2 Contingências de reforço negativo
O reforço não se dá apenas com a apresentação de estímulos (como os aplausos para um solo de guitarra), mas também pela retirada de estímulos do ambiente. Por exemplo, quando estamos com dores de cabeça, podemos tomar um analgésico. Nesse caso, concluímos que o comportamento de tomar analgésico é provável de ocorrer em circunstâncias semelhantes no futuro.
Sendo assim, a relação de contingência é chamada reforço (porque houve um aumento na frequência/ probabilidade de um comportamento) negativo (porque a consequência foi a retirada de um estímulo do ambiente).
O estímulo retirado do ambiente é chamado de reforçador negativo. No exemplo anterior, a dor de cabeça era o reforçador negativo.
Alguns exemplos comuns de comportamentos mantidos por reforço negativo
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