O Alumo Manipulador no Contexto Acadêmico
Por: SonSolimar • 7/12/2018 • 3.686 Palavras (15 Páginas) • 316 Visualizações
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Com isso, o intuito do trabalho é desvendar o seguinte problema: Como o manipulador influência no contexto acadêmico? Se numa relação conjugal ou familiar o manipulador pode levar essas pessoas à autodestruição psicológica ou a destruição dessa relação que se torna extremamente desgastante, o que este seria capaz de promover num ambiente acadêmico? Posto que, os indivíduos inseridos neste ambiente geralmente estão extremamente atarefados e frequentemente desatentos para acontecimentos fora de seus focos de estudo e vida pessoal? E, onde se deve atuar para que os manipuladores não atinjam essas pessoas?
Logo, tem-se como objetivo geral perceber que fatores externos levam ao ser humano caracterizar um comportamento manipulador. Uma vez que, a mente funciona totalmente consciente do que está ordenando a ser feito, deve haver algum motivo psicológico ao qual foi capaz de induzir o indivíduo a fazer algo como um reflexo. Será que no ambiente acadêmico há relações ou acontecimentos que levem essas pessoas agirem assim? É o externo que influência a ação ou uma ligação diretamente com o alvo? São essas as respostas que queremos descobrir ao longo da pesquisa.
Como objetivos específicos desta pesquisa, podemos citar:
- Conceituar o manipulador no contexto acadêmico;
- Demonstrar o comportamento do individuo manipulador;
Assim, podemos dizer que este projeto de pesquisa tem como justificativa mostrar a sociedade características de um manipulador, essencialmente no contexto acadêmico. Visto que é necessário que a população saiba como agir ao se deparar com um manipulador, evitando assim, o desgasto mental e emocional, que seria proveniente da submissão ao manipulador.
Sendo assim, o tema é de grande relevância para estudar o manipulador em correlação com as suas características e seu comportamento no contexto acadêmico, colaborando para um mais amplo leque de materiais sobre o assunto e auxiliar no estudo científico da mente. Uma vez que, não só a área acadêmica, mas todas as demais áreas da sociedade a qual estamos inseridos não possuem um amplo conhecimento no campo da manipulação psicológica, a iniciação de mais pesquisas que busquem formas de percepção mais rápida ou de defesa para àqueles que se encontram já imersos numa relação com um manipulador seria de grande importância. Sendo assim, a disponibilização do material na sociedade, evitaria uma quantidade relevante de casos e perdas do controle mental.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A convivência diária com pessoas que não estamos habituados instiga o desejo do ser humano de aproximação ou de criar uma relação de amizade. Entretanto, a amplitude de caráter com os quais estamos lidando faz com que fiquemos vulneráveis a interceptação que cada um pode promover na nossa vida. E dentre elas pode existir a pessoa com caráter manipulador. A manipulação de algo consiste em modificar algo para um determinado fim. Dessa maneira, assim como os farmacêuticos, químicos e outros, pessoas manipuladoras têm o objetivo de transformar a personalidade de indivíduos para que lhe satisfaçam em algum aspecto. Biologicamente o homem necessita de interação com a sociedade e psicologicamente precisa sentir-se bem aceito ou estar em um lugar de destaque. Sendo assim, no campo acadêmico há muitas etapas a serem atingidas e muitas pessoas qualificadas que as atingem. A existência de manipuladores em locais assim é inevitável, muitas vezes o ser humano age com manipulação sem ao menos perceber. E, para o manipulado, muitas vezes é difícil a percepção de que está sendo motivado a agir contra a sua vontade ou até mesmo que o que acha que é a sua vontade, na verdade é do desejo do manipulador.
(…) Como se sobrevive cinco anos na prisão? Você não pensa em anos, nem em meses ou semanas. Pensa no hoje – como passar por ele, como sobreviver a ele. Quando acorda na manhã seguinte, outro dia se passou. Os dias se somam. As semanas se atropelam. Os meses se transformam em anos. Você percebe o quanto é forte por ser capaz de viver e sobreviver quando não tem alternativa alguma. (GRISHAM, 2013, p.19)
Grisham (2013) relata em seu livro à história de um negro que foi para a prisão por um crime que não havia cometido e que teve uma oportunidade de diminuir sua pena. Assim, ele usa um conhecimento para persuadir o juiz a aplicar uma lei de diminuição de pena que ocorre quando o réu ajuda em alguma investigação. No trecho citado acima, podemos imaginar a prisão como o ambiente acadêmico onde o manipulador está presente e pensarmos no manipulado como o réu. Será que é agradável permanecer num ambiente onde você não pode ser livre, onde a sua vontade não importa e tem que fazer o que lhe é ordenado? É evidente que não, uma vez que, no ambiente acadêmico a realização de trabalhos e estudos pode ser afetada pela manipulação atingindo diretamente a vida futura do manipulado e gerando consequências para o mesmo tais como notas abaixo do esperado, reprovação e outros que leva o indivíduo a se sentir incapaz e sem perceber que o que está ocorrendo e devido às escolhas que têm feito para realizar as vontades e desejos do manipulador.(GRISHAM, 2013)
Na questão do reconhecimento de seu próprio valor, lembre-se de que, por definição, isso tem que vir de você mesmo. Você tem valor não porque outras pessoas dizem isso, ou por causa do que você consegue realizar, ou ainda em virtude do que já conseguiu. Muito ao contrário, você é a pessoa valiosa porque você mesmo diz isso, porque acredita nisso, e mais importante que tudo, porque AGE como se tivesse valor. (DYER, 1978, p. 50)
Com o decorrer da relação de manipulação, as pessoas começam a se sentir incapazes. Pois em alguns casos os manipuladores quando satisfeitos começam a desprezar a vítima e estas, ao acharem que existe uma reciprocidade na relação caminham para uma visão insatisfatória sobre si mesmo. Com baixa autoestima o ser humano passa a não desejar viver, deseja se isolar, uma vez que, o cérebro capita as ações que o manipulador toma para consigo e trabalha de forma a entender que não tem agido para o seu bem estar e sim, para o bem estar do outro. Contudo, quando o manipulador necessita novamente de você – para ele é como o “pão de cada dia” fazer você agir de determinada maneira –, você não consegue dizer não e, quando tenta, ele usa de diversos argumentos para mexer com o psicológico, persuadindo com frases chantagistas como exemplifica um artigo anônimo, “você sabe o que está fazendo?”, “a decisão
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