Influências Etnoculturais na Percepção da Dor
Por: kamys17 • 5/12/2017 • 1.051 Palavras (5 Páginas) • 442 Visualizações
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Estudos tem demonstrado que as diferenças étnicas entre pacientes e doentes tem apontado para uma desigualdade no tratamento conferido a grupos historicamente subalternizados (mexicanos-americanos ou asiáticos, africanos e hispânicos), estes estudos apontam para uma menor probabilidade desses grupos receberem analgesia adequada no serviço de urgência ou de lhes serem prescritas determinadas dosagens de analgésicos potentes, como os opióides, tal realidade não se aplica aos caucasianos.
Gênero e recurso aos cuidados médicos concernentes à dor
Segundo Gagnon (2010) “o gênero feminino é associado a uma maior utilização dos serviços de saúde e a uma maior prevalência de determinados quadros de dor”, a relação que se estabelece com esse sistema é elemento crucial na percepção de dor dessas pacientes e fortalece as estratégias de coping utilizadas para lidar com esta.
Um estudo realizado com mulheres com artrite constatou que as mesmas reportavam 40% mais dor e dor mais intensa se comparado aos homens, entretanto eram capazes de utilizar estratégias de coping mais ativas para lidar com a dor, à exemplo de falar sobre a dor, apresentar mais indicadores não verbais de dor, tais como expressões faciais de dor, comportamentos como conter ou massagear a zona dolorosa, entre outros.
Segundo Unruh (1996) apud Nogueira e Casetto (2006), muitos estudos sugeriram que a depressão estava mais associada às mulheres do que aos homens com dor crônica, mas não foram todos que indicaram maiores níveis de depressão nas mulheres com dor. O universo de homens e mulheres entrevistados por Nogueira e Casetto (2006) proporcionou resultados quantitativos e qualitativos importantes no que tange as diferenças entre homens e mulheres quanto à atribuição de causalidade da dor, ao impacto da condição dolorosa, aos comportamentos adaptativas à dor e às estratégias de enfrentamento da dor.
Na literatura revista, pareceu haver um consenso quanto às diferenças entre homens e mulheres na percepção da dor, assim como no limiar e na tolerância. Essas diferenças são cruciais no desenvolvimento de novas estratégias psicoterapêuticas para esse tipo de paciente.
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