História da Psicologia Escolar

...

e profissionais do âmbito escolar. Segundo Mitsuko , a crítica voltada para a psicologia da educação nasce também nesse época, segundo ela se direcionavam a maneira como a psicologia foi entendida é utilizada. Entre as décadas de 60 e 70, 80% do ensino público no país é efetivado, o que gerou questionamentos sobre os limites entre a atuação do psicólogo, orientador e coordenador.

No início dos anos 80 os alunos de classe média migram para as escolas privadas, o que refletiu na queda da qualidade do ensino público.

Segundo Mitsuko , quando a criança é levada a clínica isso isenta a escola e professor da culpa do não aprendizado, pois o problema fica sendo da criança.

No período de transição dos anos 70 para 80 o Brasil vivia uma luta pela democracia onde psicólogos eram engajados nesta luta contra a ditadura, passando a refletir sobre a reconstrução civil do país. E a educação estimulava as pessoas a refletir. Mitsuko diz ver diferenças entre a derrubada da ditadura e a construção de uma democracia, para ela não era somente uma crítica sobre a psicologia da educação atual e sim buscar a construção de uma nova psicologia. Em 1976 nasce o instituto de psicologia escolar em São Paulo, fundado por Maria Helena de Souza Patto , já com a intenção de compreender o âmbito escolar e não de culpar a criança pelo fracasso.

Nos anos 90 o foco era outro, era questionar se a cultura construída pela própria escola não seria diferente da cultura construída pela sociedade, e que a criança não necessariamente teria que aprender o modo escolar mas sim o modo social de funcionamento. Em 1990 é criada a ABRAPEE ( associação brasileira de psicologia escolar e educacional), buscando redefinir o papel do psicólogo escolar nas instituições e na formulação de políticas públicas para a educação. Winter diz que sonhava com tal feito desde a década de 60, para que pudessem ter algo específico da área de psicologia educacional e não buscar inúmeras revistas para encontrar um artigo sobre o assunto. A associação foi fundada por doutores, que viram a necessidade de ter um espaço para discutir e congregar sobre a área.

Foi criada uma escola modelo, que é a escola de aplicação. Ela se caracterizava pelas crianças sentadas em círculo no chão, gravadores de rolo ( na época era tecnologia de ponta) utilizados como instrumento pedagógico para proporcionar aprendizado. Para a pedagoga, o grande problema da educação é conseguir transformar um experimento pequeno e em um ambiente controlado em algo grande e em larga escala e em um ambiente que não se consegue controlar.

Para Mitsuko não adiantaria ampliar o acesso à escola se não houvesse projetos que aumentassem a qualidade do ensino. Nascimento diz que antes o departamento de psicologia e pedagogia eram separados e distintos e que com o passar do tempo percebe-se que a junção deles será benéfica e ela ocorre e atualmente existem os núcleos, e neles estão tanto o psicólogo quanto o pedagogo para cuidar da educação infantil, inclusiva e etc.

Lineu Kohatsu pontua que a escola pública trabalha com todo tipo de educação, inclusive a educação inclusiva. Para Mitsuko é papel da psicologia escolar e educacional contribuir juntamente com demais áreas e neurociências para a construção do conhecimento das crianças. Sonia Rushie diz sobre o educador ter o corpo enrijecido e ela trabalha com o psicodrama (técnica de psicoterapia de grupo que tem a ação como um dos métodos) a trabalhar com o corpo dos educadores para que compreendam as crianças. Gisele Scalice desenvolve projeto de artes plásticas com as crianças, visando desenvolver nas crianças e nas educadoras a sensibilização para a arte, também utilizam métodos tecnológicos para atrair a atenção das crianças , jogos matemáticos com o professor de matemática por exemplo é uma das maneiras que integram o professor e as crianças com a tecnologia.

“A escola surge quando se precisa disseminar o conhecimento escrito.” De acordo com as educadoras, a escola sempre visa a informação, transmiti-lá, mediá-la.