A Psicologia Escolar
Por: Rodrigo.Claudino • 14/1/2018 • 2.702 Palavras (11 Páginas) • 439 Visualizações
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fizemos pesquisas e uma entrevista com uma psicologa formada em 1989 e com especialização na área educacional. O grupo desenvolveu as perguntas com base nas pesquisas feitas para que pudéssemos responder algumas perguntas relacionadas ao tema e suprir as dúvidas que muitas pessoas possuem e que também foram respondidas ao longo da pesquisa.
Entrevista com a psicóloga escolar: Lunalva
Escola: Isaac Newton / Unidade Taguatinga – DF
Entrevistador: Lucas
Em sua opinião, qual o papel do psicólogo dentro da escola?
A função do psicólogo dentro da escola é trabalhar a dificuldade dos alunos tanto de dificuldade no aprendizado como também no comportamento, já com os professores além do comportamento, também avaliamos seu desgaste emocional dentro e fora da sala de aula.
Como é realizada uma intervenção dentro do ambiente escolar?
A maior parte das vezes é difícil, pois a escola apenas quer que cuidemos do aluno e algumas vezes o professor que indica determinado aluno não quer participar da conversa por achar que o problema não tem a ver com ele. Também ocorre a situação inversa, onde o aluno não quer participar de nenhum tipo de trabalho com o professor, pois pensa que não será ouvido como se deve, já que o professor sempre estará contra ele. Isso afeta o ambiente entre ambos dentro da sala de aula quando na verdade seria mais fácil entender a situação e tentar resolve-la se ambos trabalhassem juntos para resolvê-lo.
Existe muita diferença do trabalho na rede pública para a rede particular?
Eu não trabalhei na rede pública, mas de acordo com o que conheço de outros psicólogos que trabalharam em ambas as áreas é muito mais fácil trabalhar na rede pública devido ao fato de que na particular eles acham que tudo é praticamente perfeito e em quase todos os casos quando determinado aluno tem problemas o encaminham para algum psicólogo fora da escola, então quase nunca ocorre um trabalho desse tipo enquanto na rede pública é muito mais fácil discutir e fazer um trabalho tanto com o aluno quanto com o professor, pois além da aceitação deles serem maior, também possuem falta de recursos, embora ainda não seja fácil.
Você acha que a formação do psicólogo pode intervir na forma como ele atua dentro da escola?
Sim, pois durante a formação dos alunos dentro do curso a psicologia educacional é praticamente deixada de lado em relação à maioria das outras áreas principalmente em relação a parte clínica. Para que desde modo muitos dos psicólogos que se formam tenham mais conhecimento e interesse na área escolar e para que também não cheguem a um ambiente totalmente diferente do que esperam.
O que o psicólogo pode fazer em relação a medicação?
O psicólogo não pode trabalhar em nenhuma circunstância com medicação, tudo o que ele pode fazer é discutir os problemas com o aluno, a escola, a família e sobre a necessidade e a validade de determinadas medicações com as unidades de saúde, mas apenas no sentido de discussão.
Você acha que existe muito preconceito das pessoas com o psicólogo escolar?
Sim, pois as pessoas acham que queremos muitas vezes apenas rotular os alunos como loucos ou doentes e que assim a escola e os outros alunos vão deixa-los sozinhos, quando apenas queremos entender o que exatamente esta ocorrendo com o aluno.
Que dicas você daria para quem almeja ser um psicólogo escolar?
Primeiro passo é conhecer a partir de dentro a escola, o sistema de ensino, a legislação educacional e as políticas que se fazem presentes. Essa é a melhor forma de se preparar para ser um psicólogo escolar.
Como o psicólogo pode trabalhar em relação a drogas dentro da escola?
As drogas já se tornaram uma coisa comum no nosso dia a dia e quando um determinado aluno ou um grupo aparece com esse problema, tento resolver de mente aberta da mesma forma que os outros, também incentivando a prevenção contra drogas, embora não seja exatamente nossa função dentro da escola.
Psicologia Escolar
Surgimento no Brasil
A psicologia escolar no Brasil teve início em 1906, no Rio de Janeiro, quando Manoel Bonfim fundou laboratório de pedagogia experimental. Inicialmente a função do psicologo junto a escola era apenas medir as habilidades e classificar as crianças quanto a sua capacidade de aprender e se desenvolver em grupos.
Após Freud desenvolver um estudo alegando que a família faz um papel importante no desenvolvimento da criança, as escola do Rio de Janeiro e Bahia começaram a desenvolver um modelo clinico escolar, mas apenas na década de 70 chegou ao Brasil às ideias produzidas nos Estudos Unidos, que utilizava a teoria da carência cultural. Esta teoria alegava que existe uma certa diferença entre as crianças de classe média e as crianças carentes, sendo assim as crianças carentes deveriam ter uma educação diferenciada, a partir daí o psicologo passa a ter um papel individual na vida do estudante.
Ragonesi (1997) nos diz que “o melhor lugar para o psicólogo é o lugar possível, seja dentro ou fora de uma instituição”, quando relacionado ao psicologo escolar o mais importante é que ele seja inserido no processo educacional das crianças e assuma o compromisso teórico e prático dentro da instituição.
O que é ?
As concepções de teoria e metodologia que cercam a prática profissional no campo da psicologia escolar são diversas, já que a psicologia é uma ciência que estuda diversos aspectos do comportamento humano. Psicólogos escolares são profissionais que atuam em instituições escolares e educativas, além dos processos de ensino-aprendizagem, do desenvolvimento e da escolarização, de acordo com a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional – ABRAPEE –, entre as temáticas de estudo dessas áreas é possível citar a inclusão de pessoas com deficiências, políticas públicas em educação, gestão psicoeducacional em instituições, avaliação psicológica, entre outras.
É comum a confusão entre as Psicologias Educacional e Escolar, ambas surgiram juntas, porém apesar de serem semelhantes, possuem suas
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