Psicologia Escolar e Educacional
Por: YdecRupolo • 12/2/2018 • 3.863 Palavras (16 Páginas) • 1.079 Visualizações
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8 REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO[pic 9][pic 10]
Psicologia Escolar e Educacional tem se constituído historicamente como importante campo de atuação da Psicologia. Psicólogos escolares e educacionais são profissionais que atuam em instituições escolares e educativas, bem como dedicam-se ao ensino e à pesquisa na interface Psicologia e Educação.
As concepções teórico-metodológicas que norteiam a prática profissional no campo da psicologia escolar são diversas, conforme as perspectivas da Psicologia enquanto área de conhecimento, visando compreender as dimensões subjetivas do ser humano.
Algumas das temáticas de estudo, pesquisa e atuação profissional no campo da psicologia escolar são: processos de ensino e aprendizagem, desenvolvimento humano, escolarização em todos os seus níveis, inclusão de pessoas com deficiências, políticas públicas em educação, gestão psicoeducacional em instituições, avaliação psicológica, história da psicologia escolar, formação continuada de professores, dentre outros.
Este trabalho tem por objetivo apresentar a Psicologia Escolar e Educacional no Brasil, seu Histórico, Precursores, Áreas de Atuação do PEE, Especializações na Área e Remuneração do Profissional.
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HISTÓRICO DA PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL
Um dos primeiros movimentos da psicologia escolar no século XIX estava ligado aos trabalhos realizados por Stanley Hall, nos Estados Unidos. Dentre eles, destacam-se a publicação de um artigo no ano de 1882 sob o título: “O conteúdo da mente das crianças quando ingressam na escola”, e o surgimento de clínicas e revistas de divulgação de pesquisas ligadas, principalmente, à área da psicometria e da psicologia experimental (NETTO, 2001)
No cenário europeu, sobressaía a psicologia escolar desenvolvida na França, caracterizada principalmente pela intervenção psicológica junto aos alunos com necessidades escolares especiais e pelos trabalhos desenvolvidos por Alfred Binet, que focalizava, dentre outros objetivos, o desenvolvimento de instrumentos psicométricos capazes de avaliar a inteligência humana (GOMES, 2004).
A primeira escala métrica de inteligência infantil foi desenvolvida por Binet, na França, em1905. “Sua passagem para o laboratório de pedagogia experimental foi um passo decisivo na constituição do primeiro método em psicologia escolar, do qual até hoje não se libertou: a psicometria” (PATTO, 1984). Tinha como objetivo desenvolver instrumentos que possibilitassem a seleção, adaptação, orientação e classificação de crianças que necessitassem de educação escolar especial.
Houve repercussão desse estudo em todo o mundo. As escolas europeias e as localizadas na América do Norte adotaram os testes, que estavam sendo estudados em larga escala, e com eles, as consequências pedagógicas que deles advêm, como, por exemplo, a divisão de crianças em grupos homogêneos, separação em normais e anormais e uma seleção do que seria ensinado a cada um deles.
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INÍCIO DA PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL NO BRASIL
Por volta de 1906, no Rio de Janeiro, Manoel Bonfim fundou o Laboratório de Pedagogia Experimental, planejado por Binet (Paris), junto ao Pedagogium, órgão fundado a fim de incentivar melhorias educacionais, que se transformou em um centro de cultura superior, em 1897.
Durante o período de 1889 a 1930, conhecido como República Velha, instrumentos psicológicos na medição e classificação de indivíduos em instituições médicas e educacionais começaram a ser utilizados em grande escala, o que demonstra a influência da psicologia norte-americana, principalmente no que se refere ao trabalho do psicólogo desenvolvido junto às instituições escolares (CRUCES, 2006).
A psicologia escolar norte-americana e a francesa configuraram-se como as duas principais fontes de influência na área por todo o mundo, inclusive no Brasil. A psicologia escolar no Brasil se configurou mais como um campo de aplicação na medicina e na educação do que como uma ciência experimental, voltada para a pesquisa básica e produção de conhecimentos.
Para Cruces (2006, p.20), a psicologia desenvolveu-se no Brasil principalmente para atender problemas da educação, sobretudo a formação de professores, mas não como área específica de atuação em psicologia escolar. Nessa perspectiva, foram criados, em vários estados brasileiros, laboratórios de psicologia ligados às escolas normais, onde eram desenvolvidas pesquisas junto aos alunos com necessidades especiais e dificuldades de aprendizagem (Antunes, 1999).
Segundo Cruces, (citado em ALMEIDA 2006. p.17):
Poderemos encontrar ideias psicológicas no Brasil desde a época colonial. De acordo com Massimi (1986/1987; 1988 e 1990) elas foram elaboradas ao longo da nossa história e podem ser encontradas em obras de autores brasileiros consagrados nas áreas da medicina, moral, teologia, política, arquitetura e outras afins, revelando preocupações com a definição do objeto e dos métodos do saber psicológico.
A Psicologia no Brasil se desenvolveu estreitamente ligada à educação, primeiro campo ao qual se deu a aplicação desta ciência em nosso País. Na realidade, não foi a Psicologia da Educação que derivou da Psicologia, mas sim a segunda que derivou da primeira, pois, historicamente, no Brasil, desde o início do século, a Psicologia da Educação tornou-se o fundamento básico da educação.
A principal característica da atuação em psicologia escolar durante a primeira metade do século XX foi o caráter remediativo com o qual se tratavam os problemas de desenvolvimento e aprendizagem, nos quais se privilegiava o enfoque psicométrico por meio da avaliação da prontidão escolar, da organização de classes para alunos considerados especiais, dos diagnósticos e dos encaminhamentos para serviços especializados.
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Cronologia
1830 - Foi criada a primeira Escola Normal de Niterói;
1846 - São Paulo, primeira escola destinada à formação de professores do ensino elementar;
1879 – Inauguração do 1º Laboratório de Psicologia em Leipzig na Alemanha por Wilhelm Wundt;
1906
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