Grupo em Hospital Geral
Por: Ednelso245 • 9/11/2018 • 1.101 Palavras (5 Páginas) • 323 Visualizações
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É a fantasia inconsciente que impede o desenrolar do processo. Fantasia inconsciente que remeteria as angústias depressivas e paranoides relativas à mudança. As depressivas existiriam porque todo salto qualitativo da dialética implica a perda de uma situação anterior (e de um tipo de vínculo com o mundo construído nela); as paranoides, porque entramos em uma situação psiquicamente nova, para a qual não nos sentimos preparados.
O grupo operativo como técnica de intervenção, possui alguns dispositivos, um deles é a aprendizagem. O “grupo operativo de aprendizagem” não tem sua aplicação restrita aos contextos de educação formal, mas diz respeito a uma possibilidade de intervenção em qualquer campo da vida social. Como qualquer grupo, o grupo operativo de aprendizagem reúne-se para a realização de uma tarefa, um objetivo a ser realizado, compartilhado por todos. A técnica de grupo operativo caracteriza-se como terapia quando a tarefa explícita do grupo é essa.
A respeito da tarefa, nos grupos operativos. Pichon-Rivière prevê esta possibilidade e reserva o termo “tarefa” somente para quando houver elaboração psíquica. Pode acontecer de permitir a realização da tarefa explicitamente colocada, porém sem a elaboração psíquica concomitante.
Assim, a visão de saúde de Pichon-Rivière pressupõe uma ação humana em que figurem integradamente o sentir, o pensar e o agir. Só quando há essa integração é que se pode falar de tarefa.
Uma vez que a tarefa seja enunciada, ela suscita e mobiliza fantasias no grupo que são exatamente aquilo que tem que ser explicitado para que a tarefa possa ser cumprida sem dissociação entre sentimentos, pensamentos e ações (quesito fundamental para a elaboração psíquica e, portanto, para todo o trabalho de grupo operativo)
O dispositivo do grupo operativo de aprendizagem é um grupo verbal cuja tarefa assume a forma de um tema para discussão. O coordenador normalmente não participa da tarefa, ou seja, não entra na discussão, não participa do seu conteúdo, procura apenas ver a “estrutura” que o processo toma, tentando verificar o andamento dialético do grupo.
O que caracterizaria uma intervenção adequada no gruo operativo é seu caráter operativo, ou seja, a possibilidade de restituir o movimento dialético ao grupo, independentemente do modo ou conteúdo da intervenção.
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